TV PIBCI

Ação pela Vida


11.03.2017

Amor e Responsabilidade Social

 

 

Mais um ano se inicia e com ele o MAS – Ministério de Ação Social da PIBCI – 1ª Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim ES dá continuidade as suas atividades sociais e necessita do seu apoio.

 

Além da proposta de novos projetos sociais, cercados de expectativas, fé e esperança na certeza de que tudo de acontecerá de acordo com a vontade de Deus, mas para que isto aconteça precisamos nos colocar a disposição do trabalho voluntariado com planejamento, dedicação e responsabilidade, pois a missão desse ministério é de servir com amor e alegria.

 

A IGREJA PRIMITIVA E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

 

Como não poderia ser diferente, a igreja primitiva seguiu o exemplo de Jesus, seu Mestre. A grande sensibilidade de Jesus para com as necessidades humanas, vemo-la agora nas ações daquela primeira comunidade cristã, traduzida no cuidado de uns para com os outros. Após o grande despertamento promovido pela descida do Espírito Santo (At 2), os discípulos do Senhor anunciaram veementemente o Evangelho, o que resultou num crescimento frenético do número de fiéis, os quais se organizaram numa comunidade fiel, calcada na doutrina, na comunhão, fraternidade e oração (At 2.42; 4.31; 5.42). Aqueles discípulos souberam conjugar a prática da evangelização com a prática do serviço social, esta última, parte integrante daquela.

 

Doutrina dos apóstolos. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos”. Compreende-se por “doutrina dos apóstolos” o conjunto de ensinamentos que Jesus passou para os doze apóstolos nos seus três anos de ministério. O Espírito santo estaria encarregado de fazê-los lembrar de tudo o que ouviram (Jo 14.26). Nos seus últimos dias de ministério terreno, a ênfase de Cristo recai sobre dois assuntos imprescindíveis à vida da igreja: evangelização e amor ao próximo (Mc 16.15-19; Mt 28.18,19; Lc 24.47,48; Jo 13.12-15; 34,35; 15.12,17). Foi nessa doutrina que a igreja perseverou, o que é a causa do seu extraordinário êxito.

 

Comunhão. Lucas nos conta que os primeiros discípulos de Cristo “perseveravam na comunhão… e era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns” (At 2.42, 44-46; 4.32-35). Comunhão significa partilhar juntos do mesmo propósito. Como bem expressou o comentarista da lição em apreço, “[comunhão] é relacionamento íntimo e fraternal entre os irmãos”. Essa foi uma marca da igreja primitiva, que se traduzia na forte sensibilidade dos crentes pelas necessidades uns dos outros.

 

Solidariedade. “E perseveravam no partir do pão”. *Em Atos 2.42, pode referir-se tanto às refeições comuns quanto à ceia do Senhor. Era costume, entre os judeus, representar a comunhão entre as pessoas, segurando com as mãos o pão e partido-o em pedaços, em vez de cortá-lo (Lc 22.19; 1 Co 11.24). Era um ato de fraternidade e solidariedade entre irmãos. Essa prática sugere a necessidade de a igreja partilhar, por meio do serviço social, o pão material com os necessitados.

 

Oração. “E perseveravam na oração”. Os crentes primitivos estavam juntos também em oração. Eles estavam em um mesmo espírito, fé e amor, por isso havia uma assídua participação nas reuniões de oração. A oração em conjunto também é uma maneira de desfrutar da comunhão. Os crentes podem orar pelos problemas da comunidade à sua volta e pelas necessidades uns dos outros. Essa era uma prática constante na igreja primitiva.

 

IGREJA E SENSO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL.

 

Para a igreja primitiva, atender às necessidades dos mais pobres não era uma opção, era uma necessidade. O amor de Deus, derramado no coração dos crentes, os constrangia. No entender do apóstolo João, “Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe serra o seu coração, como estará nele a caridade de Deus?” (1 Jo 3.16,17). Logo, há o senso de responsabilidade social daquela igreja não era o resultado de plebiscito que optou por assim fazer, mas era o resultado de valores espirituais e morais profundamente arraigados naquela comunidade cristã.

 

A igreja era caridosa (At 2.45). A caridade é o amor em ação. É o fruto do Espírito (Gl 4.22). A igreja era - e ainda deveria ser - a materialização do amor de Deus. Lucas nos conta que aqueles primeiros crentes “vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade”. Era muito mais que palavras. Era ação. O apóstolo João, mais tarde, lembraria aqueles dias na sua carta universal, ao dizer: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”. Alguém disse certa vez que as pessoas podem até duvidar daquilo que você diz, mas nunca daquilo que você faz. A igreja daqueles dias era uma igreja que fazia, por isso caía na graça de todo o povo (At 2.47).

 

Consciência das necessidades materiais dos cristãos (At 11.27-30). Lucas relata a profecia de Ágabo acerca da grande fome que viria sobre todo o mundo, o que, de fato, ocorreu no governo de Cláudio César entre 45 e 54 d.C. Esse fato também é relatado pelo historiador judeu Flávio Josefo. Agora, a igreja de Jerusalém padecia de grande necessidade. A igreja de Antioquia não perde tempo. Está consciente de suas das necessidades de seus irmãos e de suas responsabilidades. Por mãos de Paulo e Barnabé, os discípulos antioquenses mandaram, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos em Jerusalém. Em outras passagens bíblicas, vemos Paulo levantando ofertas na Acaia e na Galácia para suprir as necessidades daqueles irmãos (Rm 15.26; 1 Co 16.1-3).

 

A igreja primitiva cumpria sua missão social. * A igreja não apenas pregava o Evangelho, mas também atendia àqueles que necessitavam de socorro físico e material. Os seguintes princípios devem nortear o serviço social da igreja:

 

  • Mutualidade – isto é, ser generoso, recíproco, solidário.

 

  • Responsabilidade – trata-se de privilégio e não obrigação (2 Co 8.4; 9.7).

 

  • Proporcionalidade – contribuição de acordo com as possibilidades individuais (2 Co 9.6,7).

 

CONCLUSÃO


A preocupação com o bem-estar do ser humano é uma constante na Palavra de Deus, desde os dias do Antigo Testamento (Lv 23.22; Dt 15.11; Sl 41.1). No Novo Testamento, se evidencia de forma gritante nas ações de Jesus, o qual andou fazendo o bem e libertando todos os oprimidos (Lc 4.18; At 10.38). Finda a sua missão terrena, o Filho de Deus transferiu à sua igreja, como parte de sua missão, o cuidado com os pobres ao dizer “Assim como o Pai me enviou, eu vos envio a vós”. Uma igreja que apenas se importa com a salvação da alma, não atentando para as outras necessidades básicas dos pecadores, sem dúvida é uma igreja que não tem consciência de sua real missão.

 

Referência:

Disponibilizado em: http://pensarfazmuitobem.blogspot.com.br/2012/08/a-missao-social-da-igreja.html. Acesso em 09 de março de 2017.

 

 

 

 

 

Marília Barboza Fernandes

Ministra de Ação Social/2017

 

 

 

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