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Disciplinar é Amar

Por Noemi Borges

 

 

“Filho meu, não rejeites a disciplina o Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, ao seu filho a quem quer bem.” ( Prov.3:11 e 12).

 

Temos vivido e visto, bem de perto, que dia após dia urge a necessidade de demonstrarmos amor aos nossos filhos, não apenas acariciando, elogiando, presenteando os mesmos acreditando ser esse o modo verdadeiro de o transmitirmos. Ao passo que esquecemos ou nos eximimos que de acordo com a palavra de Deus e seus ensinamentos essa responsabilidade nos foi outorgada pelo próprio mestre. E após tomarmos consciência, ou nos lembrarmos que essa responsabilidade de educar nossos filhos é nossa, dos pais ou seu representante legal e que concomitante a essa outorga está à disciplina dos mesmos.

 

De fato, não é fácil, mas é imprescindível e necessário, não há como um pai responsável e consciente negar esse amor aos seus filhos.

 

Porque relacionar a disciplina ao amor? Porque dessa forma restará mais claro que deixar os filhos fazerem o que bem quiserem seria mais fácil, mas impor as regras, exigir que as cumpram ou até mesmo punir em caso de descumprimento das mesmas torna essa tarefa bem mais complexa, mas necessária.

 

Assistir realities de “EDUCADORES EXPERIENTES” nos remete a noção de que o problema da falta de limites, da ausência de regras nos lares, em quase sua totalidade, é culpa dos próprios pais. Que por sua vez não foram preparados, ou também não foram ensinados por seus pais e, portanto não tiveram referência de família, os papéis de cada um, ou mesmo foram famílias formadas de modo “instantâneo”, a namorada engravidou e formaram uma família, ou criadas “por acaso” namoram e acabam juntando depois vem o filho e formam uma família. Nada contra esses novos formatos de família, mas não houve nesses casos acima uma decisão madura: vamos formar uma família, ser pais de filhos saudáveis, seguros e preparados.

 

Nesse contexto a grande dificuldade em termos crianças, ou melhor, filhos disciplinados, bem educados, saudáveis psicologicamente e espiritualmente também, que saibam respeitar o próximo, os mais velhos e não fazer distinção de cor ou de posição social do seu semelhante. Pois essas virtudes e valores são, ou melhor, deveriam ser ensinados em casa no seio familiar.

 

Assim como no estudo da Sociologia, a família é a base de tudo, é a célula mater da sociedade. Atualmente essa célula foi modificada em seu material genético tornando-se agora sem núcleo sem base definida. Pois a presença e a participação dos pais têm sido cada vez mais diminuídas na educação de seus filhos, transferindo quase que totalmente essa responsabilidade a escola, ou por vezes a igreja. Tendo em vista a necessidade de ambos: o pai e a mãe terem que prover a subsistência dos mesmos e garantir desta maneira o sustento do lar.

 

Toda via isso não justifica abandonar o conceito de disciplina que de acordo com o significado da palavra vem da mesma raiz do verbo “discipular”, que é o mesmo que educar, ensinar e treinar. Deixar de disciplinar as crianças é deixá-los entregues a si mesmos. E a palavra de Deus nos adverte que tais filhos são vergonha para sua mãe. “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.” (Provérbios 29.15).

 

O simples fato de estarem exaustos pela dupla ou tripla jornada de trabalho não nos exime de nossa responsabilidade de disciplinar nossos filhos.

 

Colocar regras e estabelecer limites, dizendo “não”, não é castigar nossos filhos, pelo contrário é demonstrar que nos importamos com eles que eles são importantes para nós e por esse motivo investimos nosso tempo com eles, pois verdadeiramente amamos nossos filhos.

 

Quando a criança entende, compreende que quando ela desobedece ou infringe as regras estabelecidas, que não somos nós os pais que o punimos ou os castigamos, mas sim eles mesmos que escolheram ou que eles próprios caminharam com suas pernas para receberem aquele castigo. Uma vez que a palavra de Deus nos adverte que o pecado traz uma conseqüência ruim. E já em contrapartida a obediência nos garante só e tão somente coisas boas. A obediência gera bênção!

 

 

 

 

 

Noemi Nantes Borges é formada em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim- FDCI, pós graduada pela Associação do Ministério Público do Estado do espírito Santo. É servidora pública municipal Atuando na Educação desde 2008. É contadora de história Infantil.

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