28.03.2016
Base Bíblica: Efésios 1:10
Ao longo das páginas da Bíblia, como o próprio Senhor Jesus ensinou, encontram-se referências a respeito Dele: E, “começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc 24:27). Assim, não He como fugir da centralidade de Cristo na Bíblia. Cristo é o Criador de todas as coisas (Jo 1:1-3); Ele Oe a porta para a salvação (Jo 10:7); ninguém pode chegar ao Pai senão por Ele (At. 4:12); somente Ele é o Mediador no relacionamento entre Deus e o homem (1Tm 2:5); Ele é o nosso Supremo Pastor (Sl 23; Jo 10). Foi o próprio Senhor Jesus quem disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”. (Jo 5:39).
1. Teologia Cristocêntrica
A figura central da história da humanidade é a pessoa de Jesus Cristo. Ao participar da história (Fp 2:5-11), Jesus, com a própria vida, deu ao homem a oportunidade de ser salvo da condenação eterna. Segundo Bancroft, omiti-Lo da história é o mesmo que omitir da astronomia as estrelas ou da botânica as flores (cf Bancroft, p.97). Jesus faz parte de todo o conteúdo bíblico; Suas pegadas estão desde a criação até a consumação, de Gênesis a Apocalipse. Teologia cristocêntrica significa: Cristo é o centro de todas as coisas. Dr. Pierson faz a seguinte afirmação: “Cristo é tema de toda a Escritura, o Criador de todos os mundos e criaturas, o Controlador de toda a história, o eterno e imutável Jeová” (Bancroft, p.119).
1.1 Cristo Atemporal
Considerando que a humanidade está limitada a um período de tempo, cada ser humano tem sua história escrita numa época determinada. Porém, quando se trata da pessoa de Cristo, não é possível limitar essa existência – Cristo é antes de tudo e será eternamente. Ele mesmo afirmou: “antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo 8:58), e também: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (Ap 22:13 cf Ap 1:17). Cristo nunca esteve ou estará preso a um período de tempo. Ele é Deus, e por isso, está fora do tempo.
1.2 Os Três Estados de Cristo
“Um estado é uma posição que alguém guarda (conserva, mantém) na vida. Por exemplo: aquele que perante um tribunal de justiça resulta culpado, se encontra em um estado de culpa ou de condenação ao que no geral segue uma condição de encarceramento com todos os seus resultados de vergonha e provocações. Na teologia, os estados do Mediador se consideram, geralmente acompanhados das condições resultantes” (Luis Berkhof, p.332).
1.3 A Mensagem Redentora
Todo homem nasce decaído e está condenado à morte eterna. Por essa razão, Deus enviou Seu Filho a fim de morrer e ressuscitar, para Nele acontecer a redenção (Jo 3:16; Rm 5:8). É fato, e deve ser o foco de todos, que o homem necessita de redenção. Ninguém pode conquistar a salvação por si só; ela só é possível por meio de Jesus Cristo. O que precisa ser esclarecido é que Cristo sempre participou da salvação em todas as épocas. Cada período da história do povo de Deus deve ser examinado dentro dos limites do movimento da redenção.
Bryan Chapell considera vital entender a trajetória de Jesus contra a serpente maligna, como prova da centralidade de Cristo na mensagem bíblica. Para ele, “a unidade da história redentora implica a natureza cristocêntrica de cada texto histórico. A história redentora é a história de Cristo. Ele permanece no seu centro, e não menos no seu início e fim” (Chapell, p.317).
2. Cristo em Todo o Antigo Testamento
A extensão completa da presença de Cristo no AT não pode ser apresentada em uma única lição. Por isso, serão indicados alguns exemplos:
3. A Centralidade de Cristo no Novo Testamento
Deus preparou o mundo para o advento de Cristo: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho” (Gl 4:4). O pai enviou Seu Filho no momento exato, no tempo certo, para ser o centro da mensagem redentora descrita no NT. Se pudéssemos resumir a mensagem do NT em um único versículo, ele seria Efésios 1:10: “de fazer convergir nele [Cristo], na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra”.
O conteúdo sobre encarnação, ministério, morte, ressurreição e ascensão de Cristo é extenso e será explorado nas lições seguintes. Neste momento, o fundamental é entender que Cristo é o centro da mensagem bíblica.
Conclusão
“A verdadeira pregação cristã precisa centralizar-se na cruz de Jesus Cristo. A cruz é a doutrina central dos santos escritos. Todas as outras verdades reveladas, ou encontram seu cumprimento na cruz, ou são necessariamente fundamentadas sobre ela. Portanto, nenhuma doutrina da Escritura pode fielmente ser apresentada aos homens, a menos que se torne manifesto o seu relacionamento com a cruz. Aquele que é vocacionado para pregar, portanto, deve pregar a Cristo, pois nenhuma outra mensagem há que proceda de Deus” (Chapell, p.294).
Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br