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Leitura Diária


30.03.2021

A PROTOIGREJA VETERITESTAMENTÁRIA - teste

Pr. Ailton Sudário de Souza

 

 

Texto Básico: Gênesis 12:1-7

 

Leitura Diária

 

DIA

TEXTO

 2ª Feira

 1Pedro 2:1-10

 3ª Feira

 Hebreus 11:17-19

 4ª Feira

 Deuteronômio 7:1-7

 5ª Feira

 Êxodo 20:1-20

 6ª Feira

 Mateus 26:26-30

 Sábado

 Efésios 1:1-4

 Domingo

 Gênesis 12:1-7

 

 

  INTRODUÇÃO  

O povo de Deus é chamado no Novo Testamento de Igreja, Corpo de Cristo, rebanho, Israel de Deus, raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo escolhido de Deus, templo de Deus, semente de Abraão (I Pe. 2.1-10).

 

Deus, na sua Palavra, é sempre apresentado como um Deus pessoal que desde o princípio revela o seu propósito de criar um povo para si (Gn 12.3). Povo não restrito apenas aos descendentes físicos de Abraão, mas também os coerdeiros com eles (Ef 3.6). O Antigo Testamento pode ser considerado basicamente como a história do chamamento e criação de Israel, uma nação composta de indivíduos que deveriam se conformar à vontade de Deus (Dt 4.34).

 

Tendo em vista o fracasso de Adão e posteriormente dos descendentes de Noé, Deus buscou no chamamento a Abraão, Isaque e Jacó a formação de um povo do qual viria o Salvador. Embora o povo de Israel tenha se demonstrado “carnal" e sucumbido à falácia da autossuficiência, como Adão, sempre houve um remanescente.

 

Aplicação para a vida: A formação do povo de Deus nos inclui desde o princípio. Somos as outras famílias da terra (Gn 12.1-3). De acordo com o texto bíblico, o que é para você conformar com a vontade de Deus?

 

 

  1. RELAÇÃO DE CONTINUIDADE  

Será que podemos demonstrar o propósito Divino de Igreja na vida de um povo (ou do seu remanescente) que viveu antes que esse termo passasse a identificar o povo de Deus? O que faz com que Israel possa ser chamado de Protoigreja: Igreja antes da Igreja?

 

O Novo Testamento vê Israel e a Igreja em relação de continuidade. Embora possa ver a Igreja como nova criação, também não é difícil visualizá-la como a reconstituição de Israel, o povo de Deus. Jesus afirmou que Abraão, Isaque e Jacó se sentariam junto com Pedro, Tiago e João e com pessoas “do oriente e do ocidente." (Mt 8.11).

 

Pedro, em sua primeira Epístola, após discorrer sobre o fundamento da Igreja, o qual é a pedra viva, eleita e preciosa (1Pe 2.3,6), ou seja, o Cristo, Filho do Deus Vivo (Mt 16.16), refere-se à Igreja como geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido (1Pe 2.9), mas o Apóstolo não para aí. Em seguida, ele aponta a responsabilidade decorrente destes privilégios: anunciar, proclamar o Evangelho, tornar-se povo de Deus e, portanto, portadores de bênçãos a todas as nações (Gn 12.3; 1Pe 2.10). Pedro está claramente demonstrando que as bênçãos e as responsabilidades, antes exclusivas de Israel, não se extinguiram, mas continuam na vida do povo de Deus, a sua Igreja.

 

Aplicação para a vida: Pertencer à Igreja de Jesus é ocupar definitivamente o lugar de Povo de Deus. Este é um grande privilégio, mas ele traz consigo a responsabilidade de anunciar as grandezas de Deus. Qual o seu compromisso com isto?

 

 

  2. ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS  

Vejamos alguns elementos comuns, característicos do Israel veterotestamentário e da Igreja neotestamentária:

 

  2.1 - Fé no mesmo Deus  

Segundo a epístola aos Hebreus, a fé é certeza e convicção do que não se vê, além de ser também o meio de se alcançar bom testemunho (He 11.1-3). Podemos perceber neste texto a palavra fé usada em dois sentidos: primeiro, como certeza e convicção do que se espera, mas não se vê, característico (mas não exclusivo) dos crentes do Antigo Testamento que por esta fé, obtiveram bom testemunho. Em segundo lugar, fé é um conjunto de verdades estabelecidas por Deus e recebidas por seu povo. Nós entendemos a fé assim quando, por exemplo, dizemos que uma outra Igreja Batista é da mesma fé. (1)

1 Apalavra fé também pode ser usada com o significado de virtude - "o irmão fulano é homem de fé”, significa que se trata de um crente que transige com os valores do Reino.

 

A fé é estabelecida no Velho Testamento no mesmo Deus que a Igreja neotestamentária crê. Vejamos um exemplo: Abraão cria na ressurreição dos mortos (Hb 11,17-19), ou ainda melhor, Abraão cria num Deus que pode ressuscitar mortos, e a ressurreição é um dos principais enunciados da fé dos crentes da Igreja de Cristo. Pedro, em seu discurso no dia de Pentecostes, dando seu próprio testemunho e falando em nome dos outros apóstolos, referiu-se a Jesus como ressuscitado por Deus (At 2.32), E Paulo, ao ensinar aos Romanos sobre a graça, corroborou o testemunho dos apóstolos afirmando que os crentes devem ser unidos a Cristo não apenas na semelhança de sua morte, isto é, seu sacrifício, mas também na semelhança de sua ressurreição, isto é, sua vitória definitiva sobre a morte (Rm 6.5)!

 

Aplicação para a vida: A afirmação do apóstolo Paulo, com referência à fé, nos adverte quanto a semelhança que temos com Cristo em sua ressurreição. Temos vivido de maneira a evidenciar nossa certeza de vida eterna?

 

  2.2 - Esperança nas promessas  

No mundo antigo, os acordos celebravam-se por alianças pessoais. Deus escolheu relacionar-se com o seu povo através de um pacto baseado na misericórdia e não em qualquer mérito ou empreendimento humano. É o que se depreende, por exemplo, do texto de Deuteronômio (7.6,7) que demonstra que é de Deus a iniciativa da escolha, independentemente de quaisquer façanhas, capacidades, grandeza numérica ou cultural do povo.

 

São características das alianças feitas entre Deus e o homem:

 

• Em primeiro lugar, a iniciativa divina - pressupõe-se em uma aliança humana, pelo menos duas partes contratantes em condições de igualdade, mas no caso das alianças entre Deus e os seres humanos, nas quais a igualdade jamais será possível, a iniciativa é sempre divina.

 

• Em segundo lugar, as promessas - Deus é quem estabelece as promessas de suas alianças. Ele é o provedor e mantenedor da aliança.

 

• Em terceiro, um selo - geralmente um sinal exterior associado à aliança, uma espécie de garantia externa do que Deus faria internamente.

 

Quando o Senhor estabeleceu sua aliança com Abraão, ficam evidentes, a inciativa de Deus (Gn 12.1), as promessas (Gn 12.2,3) e o selo, neste caso, a circuncisão (Gn 17.9-13). A aliança com Abraão incluía promessas de bênçãos temporais - terra de Canaã, numerosa descendência, proteção e vitória contra os inimigos - que não constituíam um fim em si mesmas, mas eram símbolos e tipos de coisas espirituais e celestes.

 

Com o povo de Israel, no deserto, Deus renova basicamente a sua aliança com Abraão. Estabelece as promessas e compromissos e exige dos israelitas aceitação em fé e obediência. Iniciativa Divina (Ex 19.3), promessas (4-6) e o selo (Ex 20.1-20).

 

A Nova e Eterna Aliança em Cristo, já revelada aos profetas (Jr 31.33; 32.38-40), estabelecida com a Igreja, também tem a iniciativa de Deus que a escolheu como seu povo, antes da fundação do mundo, para ser santa e irrepreensível no testemunho e na vivência do seu amor (Ef 1.4), e para apresentar ao mundo a sabedoria e a graça de Deus. (Ef 3,11). Através desta aliança. Cristo se encarregou de expiar os pecados do povo, sofrendo pessoalmente a punição necessária e satisfazendo todas as condições previstas na aliança anterior com Israel. Ele serviu de maneira excelente e se tornou o mediador de uma aliança mais sublime, eficaz e definitiva (Hb 8.6). Além disso, uma aliança com promessas ainda mais maravilhosas que as das alianças anteriores. Que promessas? Hebreus 8.10, ao mostrar esta aliança como celebrada nos corações, ou seja, não mais dependente de rituais externos ou sacramentos, sintetiza o objetivo da aliança, porém há outras promessas maravilhosas:

 

• o Espírito Santo (I Co 3.16);

 

• o perdão dos pecados (Hb 8.12);

 

• a justificação (Rm 4.25; 5.1);

 

• a adoção como filhos (Jo 1.12);

 

• a graça de uma vida eterna (Jo 3.16) e da glorificação final (Tg 2:5)

 

O selo desta aliança foi o sangue de Jesus (Mt 26.28). O sacrifício voluntário, a morte expiatória e o sofrimento vicário de Cristo deixam claro que esta foi a maior e melhor das alianças. A única que poderia garantir ao homem vida plena com Deus.

 

Aplicação para a vida: Na afirmação do autor, o sacrifício de Jesus Cristo, sela a nova aliança com Deus e garante nossa salvação e transformação interna. Você já possui essa garantia? É capaz de citar transformações internas ocorridas em decorrência deste pacto?

 

  2.3 - Termos simbólicos comuns  

Israel é chamado de congregação pela primeira vez em Êxodo 12.3, no limiar de sua libertação do jugo dos egípcios e depois ao longo das páginas do Antigo Testamento, assim como a Igreja em Mateus 16.18; 18.17 e Hebreus 2.12 e 10.25.

 

Povo de Deus é outra designação comum em Êxodo 3.12 e I Pedro 2.5,10; no Antigo Testamento, por causa da eleição divina, Israel se via como Povo de Deus ao mesmo tempo que considerava todas as nações estrangeiras como gentios, mas havia a previsão de uma nova aliança (Jr 31.31; Ez 37.26) e um novo povo (Is 2.2; Jr 4.2), um povo que teria em si o Espírito infundido por Deus (Ez 36.27).

 

Além destes termos, Israel e a igreja ainda recebem as designações comuns de:

 

• circuncisão - Jeremias 9.26 e Filipenses 3.3;

 

• semente de Abraão – Gênesis 17.9 e Gálatas 3.29;

 

• esposa - Oseias 2.19,20 e Efésios 6.23-26;

 

• sacerdócio santo - Êxodo 19.6 e I Pedro 2.9;

 

• rebanho - Isaías 40.11 e Lucas 12.32.

 

Aplicação para a vida: Qual tem sido a sua postura quanto ao seu chamado, a fé entregue aos santos e a esperança nas promessas? mundo tem conseguido vê-lo como participante da Nova Aliança?

 

 

  CONSIDERAÇÕES FINAIS  

Deus chama o seu povo no Antigo Testamento com o mesmo objetivo que Jesus constitui a sua Igreja no Novo. E no momento fundamental do chamado de Abraão que soa o motivo impulsar da ação Divina (Gn 12.1-3): Abraão, seja você uma bênção. O objetivo da fundação de Israel, além da missão precípua da adoração ao seu Deus, era que fosse uma bênção para as outras nações. O objetivo da neotestamentária Igreja de Jesus, além da missão precípua de adorar o Cristo ressurreto e glorificado, é proclamar "as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz' (1Pe 2.9), ou seja, ser bênção na vida de outros.

 

 

 

SUPORTE PARA PEQUENOS GRUPOS

1. Você é reconhecido como povo de Deus?

2. Como povo de Deus, somos portadores de bênçãos. Você tem abençoado as pessoas à sua volta?

3. Você já firmou uma aliança com Deus?

 

 

 

 

 

Fonte: Revista “Práticas Bíblicas” – Edição 01 – Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

 

 

 

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