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Leitura Diária


12.04.2016

Mateus

 

 

Base Bíblica: Mateus 5-7

 

 

Mateus é o livro que abre o grupo dos quatro Evangelhos. Isso porque é visto como uma ponte entre o AT e o NT, entre os judeus e os gentios. Sua forma literária, com características objetivas à cultura judaica, facilita a transição entre os dois pactos da Bíblia (AT e NT) e “fala” diretamente ao coração dos judeus, apresentando Jesus Como o Messias esperado por eles.

 

A narrativa de Mateus aborda a pessoa e a obra de Jesus e O enfatiza como “Rei Messias” (Mt 27:37). Segundo William Barclay, quando lemos Mateus, voltamo-nos para o livro que pode muito bem ser considerado um excepcional documento “individual” da fé cristã, pois nele temos o relato mais completo e mais sistemático da vida e dos ensinos de Jesus. Isso porque Mateus apresentou os ensinos de Jesus de Maneira temática. O evangelho foi muito usado para ensinar os novos convertidos (principalmente judeus) sobre a vida e a mensagem de Jesus.

 

1.    Visão Panorâmica

 

1.1  Informações básicas

 

a.    Grupo:                       Evangelhos sinóticos

b.    Autor:                        Mateus (publicano, coletor de impostos)

c.    Data:                          60-70 d.C.

d.    Local:                         Antioquia da Síria

e.    Alvo:                          Judeus cristãos

f.     Versículo-chave:      Mateus 28:18-20

g.    Expressão-chave:    Messias (Rei Ungido)

 

1.2  Esboço

 

1.3  Mateus em uma Sentença

 

Mateus mostra Deus agindo na história por meio de Jesus, Rei, e apresenta ensinamentos do próprio Mestre, aplicando-os ao contexto judaico.

 

2.    Temas em Destaque

 

2.1  Evangelho dos Sermões

 

Por volta do 2º século d era cristã, ficou reconhecido que o evangelho estava dividido propositalmente pelo autor em cinco seções. Cada seção se abre com atividades ministeriais de Jesus seguidas de um sermão e se fecha com o uso de expressões conhecidas como colofão (inscrição relativa ao autor). Vejamos essa estrutura no quadro a seguir:

 

 

 

2.2  Evangelho do Rei

 

A repetição freqüente das palavras “reino” e reino dos céus” revelam outro tema importante do registro de Mateus. “Para manter ênfase no rei que surge da linha de Davi, Mateus tem nove referências a Jesus como ‘o filho de Davi’ (título encontrado apenas três vezes em Marcos e Lucas, respectivamente). Como Davi estabeleceu Jerusalém como sua capital, assim lemos em Mateus, e apenas nesse evangelho, a descrição de Jerusalém como ‘a cidade do grande Rei’ (Mt 5:35) e a ‘cidade santa’ (Mt 27:53)” (Tenney, p.171). “O Reino de Deus refere-se à soberania de Deus sobre a criação. Esse termos é usado apenas quatro vezes em Mateus (Mt 12:28; 19:24; 21:31,43) [...] Mateus preferiu do ‘reino dos céus’. Esse título é encontrado 32 vezes em Mateus [...] A palavra ‘reino’, com adjetivos, qualificativos e pronomes, é usada cerca de 60 vezes em Mateus, para intensificar a importância do conceito de realeza” (Broadus, p.97).

 

Não há motivo para colocar em dúvida que Jesus é o grande Rei desse reino (Mt 2:2; 16:28). Por isso, reconhecemos que Jesus tem direito de estabelecer Suas exigências para quem deseja participar dos benefícios do reino (Mt 5:3, 10, 20; 7:21; 19:14,23-24).

 

2.3  Evangelho da Igreja

 

Entre os quatro evangelhos, o escrito por Mateus é o único que apresenta a expressão “igreja” em seu conteúdo (Mt 16:18; 18:17). Nas duas vezes, são palavras de Jesus trazendo a ideia de igreja como aspecto futuro. As passagens identificam a igreja como corpo de Cristo.

 

2.4  Evangelho da Autoridade Messiânica

A mensagem do Evangelho de Mateus é valorosa para toda a humanidade, mas o propósito inicial de sua escrita foi alcançar os judeus em particular. A intenção de ser dirigido aos judeus é vista pelo seguinte fato: Mateus faz cerca de sessenta citações do AT. Uma mensagem dirigida aos judeus deve estar amparada nas Escrituras. Por isso, as primeiras palavras do livro apresentam a genealogia de Jesus Cristo. Somente a um povo que dava imensa importância à genealogia, poderia ser destinado tal evangelho. Some-se a esse fato a ausência geral de explicações sobre os costumes judaicos, o que demonstra que o evangelista escreveu a um povo familiarizado com essas questões.

 

O grande propósito de Mateus era comprovar que Cristo é o Messias, investido de toda a autoridade divina. Cristo afirmou a respeito da lei: “ouvistes que foi dito” (Mt 5:21, 27, 31, 33, 38, 43), “eu, porém, vos digo” (Mt 5:22, 28, 32, 34, 39, 44); sobre o templo Ele disse: “aqui está quem é maior que o templo” (Mt 12:6); ainda falou sobre sábado: “o Filho do Homem é senhor do sábado” (Mt 12:8); e sobre profetas: “eis aqui está quem é maior do que Jonas” (Mt 12:41); e confirma Sua autoridade de Rei dizendo: “eis aqui está quem é maior do que Salomão” (Mt 12:42).

 

3.    As Parábolas do Reino

 

Uma clara intenção de Cristo, nas parábolas, era tornar conhecidos e simples os mistérios do reino àqueles que estavam prontos para ele, assim como tornar obscuros os mesmos mistérios aos rebeldes. Vejam o quadro resumo das parábolas de Mateus 13.

 

 

Merril C. Tenney diz que esse “conjunto das parábolas indica que Jesus não se considerava simplesmente um reformador judaico, mas sim soberano da terra, uma figura de importância mundial” (p.167).

 

4.    A Rejeição ao Rei

 

A maior parte do Evangelho de Mateus retrata a trágica rejeição ao Rei. Só a narrativa da morte e ressurreição de Cristo ocupa 25% do livro. À medida que Cristo Se identificava com fatos e feitos que se chocavam com as tradições judaicas, a liderança se opunha ainda mais a Ele, não O reconhecendo como Messias e Rei.

 

 

 

Mateus estava tentando mostrar ao povo que Jesus é o verdadeiro Rei e que os judeus só poderiam sobreviver espiritualmente reconhecendo o reinado de Jesus Cristo. “O reino messiânico não é um reino racial, político ou nacional; é um reino espiritual. Ele [Mateus] escreveu para ajudar os cristãos judeus a entenderem o significado de Jesus. Contudo havia pouca esperança de que a nação como um todo reconsiderasse e tornasse para o cristianismo, embora Mateus fizesse uma grande argumentação em favor de Jesus como o verdadeiro Messias de Deus” (Tenney, 9.95).

 

5.    Mateus na Prática

 

Embora Mateus tenha escrito aos cristãos judeus, seu evangelho também é um livro que apresenta valores práticos para a igreja do nosso tempo. Vejamos alguns deles.

 

·         Um livro de prática de evangelismo;

·         Um livro que identifica o valor do AR para o cristão;

·         Um livro que mostra a prioridade do reino na vida do cristão;

·         Um livro que apresenta um reino vindouro como herança aos filhos de Deus;

·         Um livro que ensina o valor da Bíblia como palavra de Deus;

·         Um livro que alicerça a idéia de que estamos sob o reinado de Cristo, mas ainda esperamos pelo reinado glorioso.

 

Conclusão

 

O evangelho escrito por Mateus nos apresenta Jesus Cristo como Rei e Messias prometido no AT e cumprido no NT. Ensina, de maneira temática e prática, o valor e os fundamentos do cristianismo. Tristemente relato como o povo de Deus rejeitou a Jesus, mas também mostra quão importante é o Reino de Cristo na vida dos que crêem em Seu nome.

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

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