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Leitura Diária


05.09.2016

Controlando os Desejos do Coração

 

 

Texto Básico: 1Reis 21.1-29

 

Texto Devocional: Salmo 37.1-11

 

Versículo-Chave: Salmo 37.4: “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração.”

 

Alvo da Lição: Alertar o aluno para a importância de alegrar-se no Senhor e cuidar para que os

desejos do coração sejam santos e agradáveis a Deus.

 

 

Leia a Bíblia diariamente

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Há pessoas que passam pela vida e deixam marcas positivas que serão sempre lembradas – gente como os “heróis da fé” registrados em Hebreus 11, pessoas que mesmo depois de mortas ainda falam (Hb 11.4). Há outras pessoas que passam pela vida para sua própria perdição – são pessoas que quando morrem não deixam de si saudades, à semelhança do rei Jeorão, cuja história é contada em 2Crônicas 21.1-20.

 

Acabe e Jezabel formam um casal de história lamentável, tanto pelos pecados que cometeram como pelo mal que fizeram o povo de Israel cometer. A história de Acabe e Jezabel toma um considerável espaço na Bíblia, mas é no capítulo que estudamos na lição de hoje que podemos conhecer mais claramente a fonte de todo o pecado. Nesse texto conhecemos o coração de Acabe, e no coração é que são definidas as atitudes das pessoas.

 

Aqui somos informados de que nossos desejos controlam nossas ações, e por isso devemos tomar alguns importantes cuidados com os desejos do nosso coração.

 

I. Fonte de pecado e crueldade

(1Rs 21.1-4)

 

Os desejos de nosso coração podem tornar-se fonte de pecado e crueldade. Não é pecado ter planos e sonhos – desejos para ser realizados. Na verdade, os sonhos são evidências de que há vida e há futuro. Quando sonhamos de modo saudável, estamos na verdade fazendo uma declaração de fé, acreditando no futuro e esperando no cuidado constante de nosso Deus.

 

Do outro lado, nossos desejos demonstram exatamente nossa escala de valores e nossa proximidade ou distância dos desejos do nosso Deus. Por essa razão, temos de tomar cuidados constantes com o que desejamos, avaliando e trabalhando para que se aproxime mais e mais da vontade do nosso Deus. No livro de Tiago, aprendemos que podemos “pedir mal, para esbanjar em nossos deleites” e que devemos “sujeitar-nos a Deus” (Tg 4.1-7).

 

Olhando para o texto base de nossa lição, vemos situações claras em que nossos desejos ficam em desacordo com o coração de Deus. Devemos aprender com essas situações para a proteção de nosso coração e de nossa vida cristã.

 

1. Quando temos muito, mas não estamos satisfeitos

(1Rs 21.1-2)

 

Acabe possuía terrenos melhores do que aquele que agora cobiçava, mas seu coração pecaminoso lhe fazia desejar exatamente o que o outro possuía.

 

Para reflexão em sala – Vale a pena lembrar a história desastrada de Davi com Bate-Seba (2Sm 11 e 12) e o mandamento bíblico. “Não cobiçarás” (Êx 20.17).

 

2. Quando nossos desejos são maiores do que princípios importantes

(1Rs 21.3)

 

Exatamente para evitar um sistema em que os ricos ficariam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres foi que o Senhor estabeleceu princípios na Lei de Moisés para evitar que uma herança passasse de uma família para outra (veja Nm 36.7-9). Entre esses princípios estava uma grande reforma agrária que devia acontecer de tempos em tempos (estudos adicionais sobre o ano do jubileu em Lv 25). Nabote se lembra desses princípios e decide não “tirar vantagem” da oportunidade e zelar pela herança de seus pais. Acabe já não mais tinha escrúpulos e colocava seus desejos acima de princípios.

 

Para reflexão em sala – Vale a pena lembrar quais são os princípios de que abrimos mão quando nossos sonhos de consumo se tornam grandes dentro de nós.

 

3. Quando nossos desejos nos dominam de modo absoluto

(1Rs 21.4)

 

Acabe ficou literalmente “doente de vontade” de possuir aquilo que pertencia a outro. Veja como o desejo foi mais forte que o homem, e Acabe se entregou ao desejo de seu coração. A palavra do Senhor a Caim cabe bem nesse momento. “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn 4.7). Aqui “o seu desejo” refere-se ao desejo dominador do pecado, que “jaz à porta”.

 

Nossos desastres espirituais geralmente acontecem em momentos como esses. Sobre tudo o que se deve guardar, devemos guardar o nosso coração, para que não pequemos contra o Senhor. A lição desse texto precisa fazer parte de nossa vida como cristãos.

 

II. Usado pelo inimigo

(1Rs 21.5-16)

 

Os desejos de nosso coração podem ser usados pelo inimigo de forma perniciosa e maligna. Veja alguns passos tão comuns que são dados na direção do pecado.

 

1. “Caindo na conversa” do inimigo

(1Rs 21.5-7)

 

Por favor, leia Tiago 1.13-15. Nele observamos que a cobiça do coração humano é ninho confortável para a geração do pecado e da morte. A concupiscência dos olhos, inimiga perigosa do crente, produz a cobiça e abre caminho para o inimigo. Foi assim com Acabe – assim é também conosco tantas vezes! No caso de Acabe, sua esposa, uma mulher maligna e perigosa, foi o instrumento usado para convencê-lo da viabilidade de realização dos desejos pecaminosos. Ainda que o instrumento possa ser variado, certamente Satanás encontrará alternativas para tentar nos “enredar” e nos envolver em alguma prática pecaminosa.

 

2. Permitindo que o inimigo decida e atue em nosso lugar

(1Rs 21.8-14)

 

O que acontece a Acabe a partir desse momento (1Rs 21.7) é realmente lamentável! Geralmente damos a esse fato o nome de “alienação” – um louco é “alienado mental”. Acabe deixa de ter o controle de sua vida e a entrega a Jezabel – e ela usa esse controle sem qualquer escrúpulo! Sua ação tem aparência de legalidade (1Rs 21.8-10), cheira religiosidade (1Rs 21.10-12), tem apoio do povo (1Rs 21.13), e inclui mentira, maquinação e engano de toda sorte.

 

Quantas vezes você e eu já fizemos uma análise de algum de nossos erros e fizemos essa pergunta. “Como eu pude fazer isso?” Sabemos que nossa atitude foi estranha - maligna mesmo, mas somos responsáveis pelo ocorrido! Ainda que quiséssemos culpar “a serpente que me enganou”. O fato é que é nosso dever viver uma vida santa, não dando lugar ao inimigo. Na linguagem bíblica. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

 

3. Usufruindo dos prazeres resultantes do pecado

(1Rs 21.15-16)

 

A face mais lamentável de todo o processo de queda de Acabe é que, talvez por sua formação religiosa, ele não tenha tido coragem de “fazer certas coisas”, mas se deleitava com seus resultados. A ideia é conhecida. “eu não faria isso jamais, mas se você fizer eu vou achar muito bom!” Novamente na linguagem bíblica, Moisés preferiu ser mal-tratado junto ao povo de Deus, “a usufruir prazeres transitórios do pecado” (Hb 11.25).Não adianta culpar Satanás, se na verdade estamos nos deliciando com os resultados do pecado. As perguntas que ficam para mim e para você são: Quantas vezes nos deleitamos em coisas sabidamente mundanas? De que maneira podemos nos proteger dessa prática tão perigosa? Será que podemos juntos, o grupo de estudo em escola bíblica, encontrar atitudes bíblicas que nos ajudem a prevenir esses pecados?

 

III. Conhecidos e julgados por Deus

(1Rs 21.17-29)

 

Os desejos de nosso coração são conhecidos e julgados por Deus, que não tolera o pecado, ainda que ame o pecador.

 

1. Ele sabe todas as coisas

(1Rs 21.17-18)

 

Diversos versículos desse texto são iniciados com a palavra “então”(1Rs[21.4,7,8,14,17), sempre anunciando uma nova ação. No versículo 17, o texto é especialmente interessante porque anuncia uma ação de Deus. Deus resolve intervir e atua no meio daquela situação. O fato de o Senhor permitir que certas coisas ruins aconteçam não significa que Ele está fora do processo. Ele sabe de todas as coisas e atua segundo Sua soberania no tempo por Ele mesmo determinado.

 

O Senhor sabe quando somos injustiçados, à semelhança de Nabote. O Senhor sabe também quais são os desejos do nosso coração, e de que maneira lidamos com esses desejos mais profundos. No Seu tempo, Ele vai agir!

 

2. Ele não tolera o pecado

(1Rs 21.19-26)

 

A dura profecia anunciada por Elias apresenta um retrato da maneira como Deus encara o pecado. Para Acabe, parecia que as coisas já estavam decididas, mas Deus não via do mesmo modo. Ele é o Deus santo que não tolera a injustiça. Ele é quem defende os fracos e os oprimidos, o órfão e a viúva. Ele é o vingador contra toda forma de pecado. A Bíblia não deixa sombra de dúvida. “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31).

 

3. Ele se interessa por nossa restauração e mudança de atitude

(1Rs 21.27-29)

 

Os versos finais do nosso texto são surpreendentes, primeiro pelo arrependimento de Acabe, depois pela benevolência de Deus. Sempre devemos lembrar que o Espírito Santo de Deus nos convence do pecado visando arrependimento e restauração. O problema não está em quão pecador alguém possa ser, mas se de fato há uma experiência de arrependimento.

 

Podemos lembrar-nos do incidente entre Jonas e os ninivitas (Jn 4) quando vemos a reação de Deus diante do arrependimento de Acabe. Deus usa de misericórdia! Devemos conhecer a natureza de Deus – Ele é longânimo e pronto para perdoar aqueles que se humilham diante de Seu julgamento. Quando estamos em pecado, é muito bom saber que o caminho continua o mesmo: confessar o pecado, arrepender-se de verdade, e mudar de vida.

 

Conclusão

 

Conhecemos hoje um pouco mais acerca de Acabe. O que chama a atenção nesse estudo é que a história dele se parece muito com certos momentos em nossa vida. Todos devemos nos cuidar nessa difícil área de controlar nossos desejos pecaminosos e procurar uma vida de santidade na presença de Deus. Além de estudar a história de Acabe, devemos louvar a Deus por Sua retidão, justiça e amor – qualidades de Deus tão presentes no texto da palavra de Deus.

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

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