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Leitura Diária


19.09.2016

A Confirmação de Eliseu como Profeta

 

 

Texto Básico: 2Reis 2.15-22

 

Texto Devocional: 1Timóteo 4.6-16

 

Versículo-Chave: 2Reis 2.9: “Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito.”

 

Alvo da Lição: Despertar o aluno para o verdadeiro sentido da vocação profética e, ao mesmo tempo, fazer uma reflexão sobre um chamado de Deus para a sua vida.

 

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Elias recebeu instruções de Deus para ungir Eliseu como seu sucessor quando fosse levado ao céu (1Rs 19.16-21). Ao apanhar a capa de Elias que caíra sobre ele, Eliseu começou imediatamente o seu ministério dividindo as águas do Jordão (2Rs 2.8,14), confirmando seu caminho profético para continuar o serviço de Elias.

 

Mas o que é vocação? No livro Vocação - perspectivas bíblicas e teológicas, de Kléos Magalhães Lens César, da Ultimato Editora, encontramos as seguintes definições.

 

Aplicação: Você está preparado para receber a capa de algum profeta?

 

1. Definição linguística

 

A palavra vocação é generalizada como tendência, propensão ou inclinação para qualquer profissão ou ofício.

 

2. Definição histórica

 

Um modo exclusivo ou uma disposição para a vida sacerdotal e religiosa, atendendo a um chamado divino para uma dedicação total às coisas de Deus (Bastos de Ávila).

 

3. Definição teológica

 

É um chamado de Deus ao homem, para que ele primeiramente se torne parte do corpo de Cristo que é a igreja, e, em segundo lugar, participe da obra profética do plano da salvação ( J. Ribeiro).

 

Quando olhamos para a confirmação profética de Eliseu, compreendemos que o chamado de Deus é uma visão cognoscível, que vai se desvelando por meio de fatos marcantes na vida de quem está sendo chamado, de tal maneira que ele teme resistir. “O chamado profético é uma experiência transcendente com Deus, onde sua eminência envolve a vida do ser predestinado” (1Sm 1.19-28; Am 7.14-15; Lc 1.15-17; Jr 1.4-8; Is 6.1-8). Veja quatro aspectos da confirmação profética de Eliseu.

 

I. Começa com o respaldo de Elias como seu tutor

(2Rs 2.9-13)

 

Assim como a orientação do sacerdote Eli confirmou o chamado do jovem Samuel (1Sm 3.8-9), a de Paulo confirmou o chamado de Timóteo (1Tm 4.14) e a de Jesus confirmou o chamado de João Batista(Mt 11.7-10), o manto que Elias deixou cair para Eliseu após o arrebatamento confirmava sua vocação profética como sucessor de Elias com porção dobrada do seu espírito.

 

Apesar de muitas denominações eclesiásticas estabelecerem normas para ordenações ou reconhecimentos vocacionais, esse processo quase sempre se inicia pelo pai na fé ou tutor espiritual. Veja o caso de Paulo com Onésimo. “Solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas” (Fm 10).

 

Aplicação: O verdadeiro vocacionado sai pela porta da frente da igreja e nunca pelos fundos.

 

II. Demonstrado com um sinal da parte de Deus

(2Rs 2.13-14; 2Rs 4.9)

 

Existem algumas atitudes que têm demonstrado uma certa imaturidade em termos do reconhecimento de vocações, por exemplo.

 

1. Tradição familiar

 

Inegavelmente deve ser motivo de privilégio para os pais pastores ou missionários ouvir do filho o desejo de seguir sua carreira profética, mas na verdade não existe vocação familiar, uma vez que ela está no plano individual (Sl 22.10; Jz 13.1-5; Lc 1.26-28).

 

2. Romantismo eclesiástico

 

Essa paixão poderá levar a frustrações, uma vez que os dissabores quebram todas as ilusões no ministério, deixando apenas a “vocação” despida de fantasia (2Tm 1.15-17).

 

3. Insucesso profissional

 

Alguns consideram o insucesso profissional como uma forma divina de persuasão ao chamado profético, mas na verdade Deus não deseja o insucesso de Seus filhos (Sl 35.27). Grandes homens de Deus são desafiados a deixar grandes oportunidades e carreiras promissoras para se engajarem no sacerdócio integral (Ef 4.11-12).

 

4. Vestibulares teológicos

 

Eles podem levar a uma aprovação relativamente fácil, mas sem comprovação. Louis Berkhof diz que uma das manifestações do chamado divino é “a experiência de que Deus está pavimentando o caminho que leva à meta”. Quando as águas do Jordão se dividiram para Eliseu, foi o sinal de que ele precisava para confirmar que seu caminho estava pavimentado para a realização de grandes obras (Am 7.14-15; Jz 6.36-40; Rm 1.1; 15.1,16; 1Tm 2.7; 2Tm 1.11).

 

Aplicação: Você tem uma prova para o seu chamado?

 

III. Confirmado pela sua igreja

(2Rs 2.15-18)

 

A igreja à qual Eliseu ministrava era formada por seus discípulos com suas respectivas famílias (2Rs 2.15; 4.1-4). Apesar de haver naquela congregação 50 homens valentes, que demonstraram reverência e respeito à sua pessoa e à confirmação de milagres, seus discípulos nunca tinham ouvido falar numa trasladação profética. Depois de uma busca inútil contra a vontade de Eliseu, voltaram e confirmaram o discernimento de Deus em suas palavras “não vos disse que não fosseis?”

 

Apesar da falibilidade da igreja, é por intermédio dela que Deus chama aqueles que estão integrados ao Seu corpo. Já foi dito que a gestação de uma vocação se dá no ventre da igreja (corpo de Cristo) concebida pelo Espírito Santo, e o parto é o seu prazer em dar à luz um profeta (At 13.1-3; Jo 16.21; 1Tm 4.14).

 

IV. Visto na sua utilidade

(2Rs 2.19-22)

 

Ao tornar saudáveis as águas salobras, usando um prato de sal, Eliseu prova sua autoridade sobre a natureza, dando tranquilidade de provisões aos seus discípulos. Como profeta ele foi útil na vida das autoridades de sua época (2Rs 3.12-14), de uma viúva necessitada (2Rs 4.1-7), de uma família enlutada (2Rs 4.32-37), de um comandante leproso (2Rs 5.1-3,10), para quebrar um envenenamento coletivo (2Rs 4.40-41) e no fantasma da fome que reinou em Samaria (2Rs 6.24-30; 7.18).

 

V. Preservado em sua autoridade profética

(2Rs 2.23-25)

 

Segundo Russel P. Shedd, é possível que Eliseu estivesse sendo um motivo de controvérsias naquele momento, uma vez que não conseguia explicar a desaparição milagrosa do seu predecessor (Elias). Talvez pensassem que um homem dotado de poderes sobrenaturais como ele poderia dar fim às pessoas, contando histórias de trasladações. É possível tenham surgido os insultos dos rapazinhos, chamando-o de “calvo”, referindo-se a calvície usada por pessoas enlutadas. A morte desses jovens prova que a autoridade de Deus uma vez confirmada na vida de um profeta é coisa séria (1Cr 16.22; Sl 105.15).

 

Conclusão

 

Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus” (2Rs 4.9). O grande desafio que Eliseu nos deixa hoje é que a confirmação profética não se limita apenas à área eclesiástica; é muito mais abrangente. Podemos ser profetas na música como Davi, na arquitetura e engenharia como Bezalel e Aoliabe, na costura como Dorcas, nas entidades sociais como Joana, Suzana e suas companheiras, na política como José e Daniel, na medicina como Lucas, etc. Para isso, tudo que precisamos é da porção dobrada do espírito de Elias (At 9.39; Gn 41.44-46; Dn 2.47-49; Lc 8.1-3; Cl 4.14; Êx 31.1-6; Rm 10.13-15).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

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