24.10.2016
Texto Básico: 2Reis 7.1-15
Texto Devocional: Mateus 28.16-20
Versículo-Chave: 2Reis 7.9: “Então, disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do rei.”
Alvo da Lição: Conscientizar o aluno dos perigos que ele pode enfrentar caso retenha somente para si a mensagem do evangelho.
Leia a Bíblia diariamente:
Este estudo é baseado no ministério de Eliseu em Samaria. Narra-se a história de quatro leprosos que fizeram uma descoberta surpreendente e ficaram compelidos a compartilhar o que acharam com tantas pessoas quanto fosse possível. Imaginemos aqui a necessidade desesperada das multidões famintas de salvação ao nosso redor. Leia 2Reis 7.1-15 e se familiarize com a história.
Samaria foi sitiada pelo exército sírio, e dentro da cidade estavam acontecendo coisas terríveis (veja 2Rs 6.24-31). As pessoas enfrentavam fome, doença e morte.
Fora da cidade estavam quatro leprosos, também passando fome. Se eles permanecessem fora da cidade, morreriam; se se aproximassem do acampamento dos sírios também seriam mortos. Como é preferível morrer por ter tomado uma atitude a morrer por não tomar atitude alguma, resolveram entrar no acampamento. Para surpresa deles, “eis que lá não havia ninguém “, veja verso 5. O lugar estava deserto, e eles encontraram bastante comida, roupas, prata e ouro… satisfazendo, assim, a fome e o frio.
Essa história é um grande desafio a nós que descobrimos Cristo, o Pão da Vida, e estamos rodeados por centenas de almas famintas, agonizantes, que estão em perigo de condenação (Ap 20.12-15). Deixe-nos focalizar sua atenção nas palavras dos quatro leprosos registradas no verso 9. Observe.
I. O privilégio que desfrutamos
“Este dia é dia de boas-novas” disseram os leprosos, e seguramente você pode dizer o mesmo. Diariamente durante 2.000 anos é um dia de boas-novas, inclusive hoje – leia os seguintes textos. Lucas 2.10-11; João 3.16; 2Coríntios 6.2; Gálatas 4.4; 1Timóteo 1.15; e Hebreus 3.7. Nós estamos vivendo o Dia da Graça, quando pecadores podem estar seguros de acolhimento se vierem ao Salvador (Jo 6.37); quando Deus espera habitar no coração de homens e mulheres indistintamente (Ap 3.20; 22.17). A maioria das pessoas está por aí sofrendo, perecendo, morrendo (Jo 3.16) dentro de nossas cidades, sem Deus e sem esperança. Enquanto nós, pela graça de Deus, fomos salvos. Esse é o privilégio que nós desfrutamos.
II. O pecado que cometemos
“Não fazemos bem”, disseram os leprosos, “este é um dia de boas notícias” (v.9). Esta é a situação de muitos irmãos que estão cometendo o pecado do silêncio! Faz dois mil anos que Jesus veio ao mundo, e ainda há milhões de pessoas que nunca ouviram falar do amor de Deus. Sentimo-nos culpados quando refletimos no fato de que poucos em nossa igreja realmente se preocupam em proclamar às pessoas onde encontraram a nova vida, fazem tão pouco pela salvação delas, mas, mesmo assim, celebram semana após semana a sua salvação. Esse é o pecado que nós cometemos.
Aplicação: Por nosso silêncio, pecamos contra o Deus que nos deu o ministério da reconciliação.
Por nosso silêncio, pecamos também contra aqueles para quem Cristo morreu e que precisam desesperadamente de salvação (1Jo 2.2).
Por nosso silêncio, condenamos a nós mesmos e nos expomos a um perigo terrível do qual os quatro leprosos nos fazem lembrar.
III. O perigo que enfrentamos
“Não fazemos bem”, disseram os leprosos, “se esperarmos … seremos tidos por culpados”. Qual é o nosso problema, por que nos calamos? Quando celebramos nossa paz, significa que perdemos o medo das pessoas ao redor de nós; se nós não formos a elas, elas certamente morrerão … espiritualmente (Rm 6.23). Leia Ezequiel 33.7-9. Davi tinha isso em mente quando orou ao Senhor. “Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores” (Sl 51.14-15). Ele reconheceu a culpa que recai na alma de quem se mantém calado quando deveria falar. A esse perigo também se referiu o apóstolo Paulo em 1Coríntios 3.11-15. O pecado de silêncio resultará em perda inevitável dos galardões de Cristo. Como nós falhamos quando o assunto é evangelismo pessoal! Este é o perigo que enfrentamos! O que, então, pode ser feito para mudar definitivamente isso?
IV. A postura que devemos assumir
É indicado na última parte, nos versos 9-11.
1. Deve haver determinação
Escute esses quatro homens. “Agora, pois, vamos e o anunciemos”. Se um crente ganhou dez almas para Cristo este ano e inspirou esses dez também a ganharem dez no próximo ano, e estes cem que ganharam dez, fizerem isto a cada ano, o resultado será que no sétimo ano, dez milhões de pessoas terão sido salvas.
2. Deve haver unidade
“Vamos” disseram os leprosos. Havia quatro deles, e tudo o que faziam, eles faziam juntos. Um homem pode fazer muitas coisas sozinho, agora imagine uma igreja inteira dedicada a testemunhar sobre a salvação das almas! Observe Marcos 2.1-15 (especialmente o v.3).
3. Deve haver sacrifício
Note que a palavra no versículo 9 é “ir”, e não “ficar”! (Mt 28.19). Este “ide” envolve sacrifício. Se os índios vão ouvir o evangelho, então devemos estar preparados para ir e anunciar-lhes, e para isso teremos de abrir mão do conforto de casa, bons salários, etc. Quem está preparado?
4. Deve haver ministração
Note a palavra “anunciar” no verso 9. “Anunciar” significa abordar alguém e expor-lhe com autoridade e unção o plano da salvação. Por que é tão difícil falar sobre nosso melhor Amigo e tudo o que Ele tem feito por nós? Você obedeceria Marcos 5.19 hoje? – “Jesus ordenou-lhe. Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti”.
5. Deve haver urgência
Os leprosos disseram, “se esperarmos … seremos tidos por culpados”. O tempo é curto. O perdido está morrendo. Jesus está voltando. As chances estão a cada dia menores (Jo 9.4). Veja o que acontecerá quando o povo de Deus estiver disposto a ir e contar (2Rs 7.9-12).
a. os quatro leprosos contaram a um porteiro da casa do rei;
b. o porteiro contou aos outros porteiros;
c. os porteiros contaram ao rei;
d. o rei contou à cidade;
e. e, assim, a bênção se espalhou a todos.
Conclusão
Que desafio para nós é essa história simples dos quatro leprosos! De fato, “Este dia é dia de boas-novas”, por isso não devemos – e não podemos ficar calados. Com o exemplo dos quatro leprosos, lembramo-nos do exemplo dos primeiros apóstolos. “Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo” (At 5.40-42). Que sigamos esses exemplos!
Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br