15.05.2017

Dois Que São Um, Casamento Sob a Ótica de Deus

 

 

Texto Básico: Gênesis 2: 20-24

Versículo Chave: Hebreus 13:4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.”

 

Leituras Diárias:

 

Segunda Feira - Hebreus 13:4

Terça Feira - Deuteronômio 10:12-13

Quarta Feira - Marcos 6:17-18

Quinta Feira - 1Coríntios 6:15-20

Sexta Feira - Ezequiel 16:4-14

Sábado - Efésios 5:22-31

Domingo - Provérbios 6:27-29

 

 

Reflexão:

 

Apesar da existência de diversas propostas secularistas sobre a origem do casamento, para os que creem na Bíblia, essa importante instituição divina começou com os primeiros humanos a habitarem o planeta – Adão e Eva. O nosso objetivo é mostrar que é o matrimônio de acordo com a ótica de Deus, revelada em Sua Palavra.

 

1. O que é casamento, a perspectiva bíblica

 

Para Deus, o casamento se legitima por um processo e não apenas pó um evento. Esse processo tem três partes: o deixar, o juntar e o relacionar-se sexualmente (Gênesis 2:24)

 

1. Deixar – Moisés conclui, ao final do relato do capítulo 2, que a formação de uma nova família inclui deixar a família de origem para formar a sua família. Adão não experimentou esse fato, já que foi o primeiro homem. Mas Moisés fez essa observação aos que aprenderiam a respeito do valor da mulher e do casamento ao lerem a história de nossos primeiros pais.

 

2. Unir – O homem que decidiu responsavelmente deixar sua família deve se unir à mulher escolhida (Gn. 2:24). Essa união é o permanecer juntos para viverem desligados das famílias originais por escolha pessoal. Isso não significa desprezar a família de origem, nem que pais não podem apoiar e ajudar filhos casados, e vice-versa. A ideia bíblica é que o novo casal deve cuidar de si mutuamente, assumindo a responsabilidade por seu amadurecimento e obediência à Palavra no papel de marido e mulher.

 

3. Ser uma só carne – A terceira parte desse processo é tornar-se uma só carne, isto é, o relacionamento sexual. Note que a intimidade física é a última parte do processo e totalmente reservada para o casal que tem o compromisso de deixar a família e unir-se em casamento. O matrimônio é sagrado, um pacto, uma aliança feita diante de Deus.

 

2. Casamento, projeto de Deus

 

O casamento é uma das decisões mais importantes na vida do ser humano, e dele dependem muitas outras. O casamento não foi uma descoberta humana, mas um projeto divino; estava no plano original de Deus, desde o princípio.

 

1. O casamento, intenção original (Gn 1:27-28) – Deus planejou um casal e o designou para povoar a terra. A existência do pecado não fez Deus mudar a maneira da procriação. O processo seria o mesmo desde o princípio: há o relacionamento sexual, a fecundação, a gestação e o nascimento. O matrimônio é, e sempre foi, da mesma maneira um projeto divino como parte da criação do mundo.

 

2. O casamento, alvo nobre e saudável (Gn 2:24) – O casamento deve ser alvo de todo homem. Essa foi a intenção final de Deus quando criou homem e mulher. Nas narrativas de Gênesis, podemos notar quando Deus usa atributos didáticos para fazer com que Adão sinta que lhe falta algo. Note a sequência de fatos:

 

• Deus mostra sua intenção de não deixar o homem só (Gn 2:18);

• Deus ordena que Adão nomeie os animais (Gn 2:19);

• Adão passa a nomeá-los, percebendo que somente ele vivia só (Gn 2:20);

• Deus forma então a mulher (Gn 2:21-22);

• Deus a apresenta a Adão (Gn 2:23).

 

3. O casamento, estratégia de Deus (Gn 2:18) – A criação do homem e da mulher ocorreu em dias diferentes. Deus não errou e tentou consertar. Ele poderia tê-los feito de uma única vez, ou simplesmente revelado que fez o homem e a mulher. No entanto, os detalhes da narrativa nos orientam a conhecer o que havia na mente de Deus. A menção é que não seria bom que o homem vivesse só. Deus nunca foi favorável a homens vivendo solitários. Ele não intencionou desenvolver Seu reino com homens isolados, e sim por meio de famílias e comunidades (Gn 12:3).

 

3. O propósito de Deus para o sexo – Até aqui levantamos os fundamentos do processo em que o casamento ocorre e a importância que ele tem para Deus, que é o criador e o legislador do matrimônio e da família. Nesta parte da lição, devemos entender o papel que o sexo tem nisso tudo.

 

1. Para produzir a vida (Gn 1:28) – Em primeira instância, mas não significa uma ordem de importância, está a procriação. Deus ordenou que crescessem e se multiplicassem, e isso viria por meio do relacionamento sexual. O sexo não é uma invenção após o pecado, mas o plano original de Deus. O sexo é a forma bíblica pela qual se deve gerar filhos. Foi assim que Deus planejou e sustentou a existência dos seres humanos até aqui.

 

2. Para conhecimento e a intimidade do casal (Gn 4:1) – O relacionamento sexual também foi designado por Deus para que o casal se conheça intimamente. Para que haja conhecimento, intimidade física e emocional no relacionamento, o casal precisa desenvolver uma boa comunicação. Esposo e esposa devem falar do que gostam e do que não gostam. É preciso dedicar tempo de qualidade para desfrutar desse propósito estabelecido por Deus.

 

3. Para o prazer e a satisfação do casal (Pv 5:18-19) – Deus deu o sexo para que o homem procriasse e pudesse desenvolver relacionamento amoroso e profundo com sua esposa. E fez de tal forma que fosse prazeroso. Assim, o sexo no casamento é também para satisfação prazerosas do casal. Numa breve leitura do livro de Cantares, você notará que sexo é para a satisfação conjugal.

 

Aprendemos que o casamento, na perspectiva bíblica, é um lindo projeto de Deus para a humanidade. Deixar pai e mãe, unir-se ao cônjuge e tornar-se uma só carne possibilitam não apenas a procriação da espécie como também relacionamento saudável e prazeroso entre um homem e uma mulher. Devemos louvar a Deus pela bênção de construir uma família segundo os Seus propósitos.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br