29.05.2017
Texto Básico: Gênesis 3:1-24
Versículo Chave: Gênesis 3:21: “Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.”
Leituras Diárias:
Segunda Feira - Cânticos 1:1-17
Terça Feira - Cânticos 2:1-17
Quarta Feira - Cânticos 3:1-11
Quinta Feira - Cânticos 4:1-16
Sexta Feira - Cânticos 5:1-16
Sábado - Cânticos 6:1-13
Domingo - Cânticos 7:1-8:14
Reflexão:
Você já se perguntou o motivo de tantas desavenças dentro de casa? Elas acontecem entre os cônjuges, entre pais e filhos, entre os irmãos. A resposta bíblica é: pecado. Desde que o pecado entrou na existência humana, todas as relações se tornaram deficientes. Casamentos são realizados sem a devida fundamentação, e o respeito que se deve ter, e, por conseguinte, se dissolvem com facilidade, engordando as estatísticas sobre o divórcio.
I. Culpa e Vergonha (Gn 2:25; 3:7-13)
Adão e Eva viviam bem no Éden, não devido às circunstâncias, mas porque tinham comunhão com Deus, Todo casamento que busca semelhante relacionamento é feliz de verdade. Mas quando a comunhão com Deus é interrompida, surgem sentimentos negativos.
1. Culpa - Culpa pode ser conseqüência imediata da desobediência. Nosso inimigo é astuto e nunca nos apresenta o amargor da culpa quando no tenta a pecar. Em Gênesis 3:6 lemos: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” Assim é o pecado à primeira vista “bom, agradável e desejável”. Contudo, seus efeitos são amargos.
Nossa sociedade extinguiu a culpa por determinados atos. E como ela fez isso? Banindo conceitos de pecado. O que antes era tido como pecado, hoje, é considerado opção de vida. Ignorar a culpa e a existência do pecado não significa ausência dos efeitos na vida do pecador. Prova disso é o aumento de casos de depressão, suicídio, divórcio, etc.
2. Vergonha - Antes de pecarem, Adão e Eva estavam nus na presença um do outro (e de Deus) e não sentiam vergonha (Gn 2:25). No momento em que desobedeceram, seus olhos foram abertos e tornaram-se conscientes da nudez. O ato de infração interferiu drasticamente na intimidade do casal com o Senhor – “Ouvi a ta voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi” (Gn 3:10). Quando Deus perguntou a Adão quem o fez saber que estava nu, ele culpou a mulher e o próprio Deus: “A mulher que me deste por esposa...” (Gn 3:12). A mulher, por sua vez, culpou a serpente (Gn 3:13). A sentença de Deus mostra a conseqüência do pecado em toda a criação.
II. Conseqüências para a Mulher (Gn 3:16)
1. Multiplicação dos Sofrimentos da Gravidez – Deus disse: “Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez...” (Gn 3:16). Ele multiplicou, não colocou algo novo na maternidade.
2. Conflitos com o Esposo – A expressão “o teu desejo será para o teu marido...” é muito importante para entendermos a razão de tantos conflitos entre marido e mulher. A preposição que aqui foi traduzida pó “para”, quer dizer literalmente “contra” – “o teu desejo será contra o desejo do ter marido”. A partir do momento em que a mulher deixou de se submeter à ordem de Deus de não comer do fruto do conhecimento do bem e do mal, ela passou a ter conflito com o seu marido.
III. Consequência para o Homem (Gn 3:17-19)
1. Confusão no Comando da Família (Gn 3:17) – Observe: “Visto que atendeste a voz de tua mulher”. Essas palavras revelam que, no momento em que Adão deixou de ouvir a Deus, desobedecendo à Sua ordem (Gn 3:16-17), ele deu ouvidos à sua esposa e se sujeitou a ela. Não é pecado o marido ouvir a mulher, mas é propósito de Deus que o marido seja o líder da família.
2. Confusão na Ordem Natural da Vida (Gn 3:17-19) – O trabalho honesto não é maldição, nem mesmo antes da queda ele era considerado algo ruim. E depois dela, não deve ser considerado um castigo. Contudo, depois da queda, o trabalho se tornou exaustivo, frustrante, tendo o homem que lidar com ervas daninhas (Gn 3:18), cansaço e fadiga por causa de um trabalho repetitivo (Gn 3:19).
3. Confrontação com sua Miséria (Gn 3:19) – “...até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornará”. Enquanto revolvia a terra com a enxada, Adão seria confrontado constantemente com a sua dura realidade: ele era pó e ao pó um dia tornaria.
IV. Esperança para o Casal (Gn 3:15, 20-21)
“Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5:20). Lá estava o casal diante de Deus, tomados de vergonha e medo, Sabiam da gravidade de seu pecado, pois não só desobedeceram a Deus como acreditaram na ilusão diabólica de que poderiam ser independentes de Deus e até mesmo serem iguais a Ele. Esqueceram-se de que eles não precisavam disso, pois, foram criados “a imagem e semelhança” (Gn 1:26) Dele. A oferta da serpente não passava de uma grosseira e mentirosa forma do que Deus já havia feito por eles.
Assim como Deus encheu de esperança o coração de Adão e Eva quando lhes mostrou Sua maravilhosa graça, hoje Ele continua dando esperança a tantos quantos O buscam. A esperança para os casais de hoje é a mesma desde o princípio: o próprio Senhor Deus.
Não se iluda. Assim como no passado outra voz entrou na vida do casal Adão e Eva, hoje também isso acontece na vida de casais, para confundi-los e desviá-los da voa de Deus e de Sua vontade. Não confie em seus recursos para resolver o problema do pecado, mas somente em Deus. Assim como as folhas de figueira de Adão e Eva não eram perenes, da mesma forma nossos recursos são uma afronta a Deus.
Não se desespere! A graça de Deus é real. Muitos casais optam por “soluções” que só criam mais problemas. Para todos os casais que confiam em Deus, há os benefícios de dar ouvidos somente à voz divina, em vez de dar ouvidos à do mundo. Por maio da Palavra, serão beneficiados também na compreensão mútua. Os problemas que surgem vão sendo resolvidos sob a orientação de Deus, transformando corações e revigorando o lar.
Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br