05.06.2017
Texto Básico: Gênesis 4:1-7
Versículo Chave: Gênesis 4:7: “Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”
Leituras Diárias:
Segunda Feira - Gênesis 4:1-7
Terça Feira - Gênesis 4:8-16
Quarta Feira - Gênesis 4:17-26
Quinta Feira - Mateus 23:13-36
Sexta Feira - 1João 3:11-12
Sábado - Judas 1:1-25
Domingo - Hebreus 11:4-7
Reflexão:
Se, por trás da serpente, era perceptível o diabo no capítulo 3, a carne e o mundo estão claramente presentes no capítulo 4. Eva tinha sido persuadida a pecar; Caim não aceitou ser dissuadido de seu pecado, nem sequer por Deus; também não o confessou, nem aceitou o castigo.
O pecado de Caim
Oferta significa dádiva feita para homenagear ou para fazer uma aliança. Abel “trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste”; e Caim, “do fruto da terra”. Deus Se agradou da oferta de Abel, mas rejeitou a de Caim. A razão dessa rejeição tem sido muito debatida. Há dois argumentos principais: (1) A ausência de sangue desqualificou a oferta de Caim. Mas a explicação, com certeza, não está na oferta com ausência de sangue, porque não há antecedentes históricos nem doutrinários que indiquem esse fato. (2) Abel trouxe das primícias, ao passo que Caim trouxe o fruto.
Cremos que a resposta para a rejeição da oferta de Caim está nele mesmo. Isto é, com que espírito e coração ele fez essa oferta ao Senhor? Provérbios 21:27 afirma: “O sacrifício dos perversos já é abominação; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna!” A NTLH traduziu: “Deus detesta os sacrifícios que os maus lhe oferecem, especialmente quando oferecem com más intenções”. Há vários textos no Antigo Testamento que comprovam fato de Deus olhar mais para o ofertante do que para a oferta (Sl. 50.9; 1Sm 13:8-15; Pv 15:8; Is 1:11)
A reação de Caim
Não esta claro como Deus demonstrou aceitação ou rejeição às ofertas, mas, evidentemente, foi algo público; e todos souberam do veredito. A desonra ou a vergonha pública trouxe ira a Caim, e ele ficou encolerizado. “Irou-se, pois, Caim, e descaiu-lhe o semblante” (Gn 4:5). Stigers traduziu: “Caim se enfureceu devido ao desgosto”.
A intervenção de Deus
Duas perguntas (Gn 4:6): No versículo 6 temos dois “porquês” de deus, mostrando Seu apelo para a razão, e Seu interesse pelo pecador Caim: “Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante?”
Uma oportunidade (Gn 4:7): “Se procederes bem, não é certo que serás aceito?” (Gn 4:7). “Aceito”, no hebraico, é literalmente “exaltado”, expressão que pode significar um semblante sorridente, contrariamente a um semblante carrancudo (Nm 6:26). E isso inclui a promessa de restauração da parte de Deus. É importante destacar que Deus não cita a oferta de Caim, mas a pessoa dele.
Um aviso (Gn 4:7): “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta: o seu deejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”.
“... eis que o pecado jaz à porta...”
“... por isso o pecado está na porta, à sua espera...” (NTLH)
“... Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo...” (NTLH). É a metáfora de um animal selvagem que precisa ser domado, Mas, infelizmente, Caim não deu ouvidos ao recado de Deus.
O Assassinato de Abel
Todas as oportunidades e todos os avisos de Deus não foram suficientes para evitar a tragédia em família: um irmão matou o outro.
Comparação, inveja, ira e desejo
A primeira história de irmãos que a Bíblia registra tem uma mistura de comparação, inveja, ira e desejo não controlado.
O pecado afetou o relacionamento de Caim e Abel. Em nossa vida não é diferente. O pecado também nos afeta e causa conflitos em nossos relacionamentos. Veja algumas dicas de como lidar com conflitos em família.
Comunique o conflito – A Bíblia não recomenda o silêncio quando há problemas ou pecados. “Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só, Se ele te ouvir ganhaste a teu irmão” (Mt: 18:15). O verbo “argüir” pode ser traduzido como “trazer a luz”, “expor”, “mostrar a falta ou erro”, “mostrar a razão dos fatos”, “convencer alguém de sua falta ou erro”.
Faça bom uso das diferenças – Se um irmão puder entender a posição do outro apenas como uma posição diferente – nem melhor nem pior – a vida familiar ficará mais fácil e também mais rica e simples a convivência. Há um provérbio indiano que diz: “Não critique um homem antes de andar um quilômetro com seus sapatos”. Tente aprender a vivenciar o conflito sob o ponto de vista da outra pessoa. Se as diversas opiniões sobre uma mesma questão são usadas de modo a enriquecer a percepção pessoal e a percepção sobre as partes, cada membro da família pode abandonar posições inflexíveis para assumir um posicionamento de compreensão mútua.
Faça diferença entre o essencial e o secundário – Secundário é o que tem menor importância em relação a outrem ou a outra coisa; algo de pouco valor, insignificante, inferior (Dicionário Aurélio). Daí a necessidade de se identificar e discernir os conflitos, porque, muitas vezes, a causa maior não passa de interesse pessoal ou coisa de pouca importância. Quantas vezes irmãos estão brigando pó algo hoje, que amanhã será jogado no lixo!
“O semblante de Caim revelou seu coração. Caim é o protótipo
do pensamento humano em oposição à revelação divina;
da vontade humana em oposição à vontade divina;
do orgulho humano em oposição à humildade que Deus requer;
do ódio humano em oposição ao amor divino;
da hostilidade humana em oposição à comunhão divina.”
Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br