12.06.2017
Texto Básico: 2 Coríntios 10:3
Versículo Chave: Efésios 5:18: “...Enchei-vos do Espírito.”
Leituras Diárias:
Segunda Feira - Gálatas 5:16-21
Terça Feira - Mateus 15:18-19
Quarta Feira - Efésios 4:17-24
Quinta Feira - Efésios 4:25-32
Sexta Feira - Galátas 5:22-26
Sábado - Efésios 6:10-18
Domingo - Filipenses 2:12-16
Reflexão:
Viver de acordo com o padrão de Deus (Mt 5:16) implica enfrentar inimigos não só no mundo, mas também dentro da família,. Quantas vezes guardamos o pior de nós para nossos queridos, por supor que devem tolerar em amor nossos erros e nossos defeitos! É no relacionamento entre as pessoas mais queridas que se configura o placo da batalha espiritual, É preciso identificá-la e aprender a lidar com os inimigos que são despertados sempre que lidamos com os queridos de nossa famílias.
Diferenças geram competições
Diferenças entre famílias – O padrão de Deus não exclui as diferenças, mas elas podem se tornar um grande desafio para o casal ao iniciar sua família. Há muitos cônjuges que procuram impor ao outro os costumes que trazem do lar original, tentando repetir o que viram em seus pais.
O desafio aqui é abandonar a necessidade de ter poder e construir algo que supere as diferenças em direção a algo novo, próprio da nova família, fruto de acordos, principalmente da orientação de Deus, e submissão à ação de Seu Espírito, Tomemos o exemplo da viúva Rute, uma gentia de Moabe (Rt 1:7-17) que oprtou pela submissão ao Deus da família do marido, Movida pelo amor, superou as diferenças, cuidou da sogra e foi por isso honrada por Deus (Rt 2:11-12)!
A influência das diferenças pessoais – Além das diferenças entre as famílias de origem, há outros aspectos a serem considerados, que fazem com que cada um de nós reaja de forma diferente diante de situações semelhantes, Cada um de nós é único, por isso somos chamados “indivíduos”. É natural pensarmos que e melhor forma de agir diante das situações é a nossa. Mesmo entre os discípulos de Jesus houve quem desejasse ser o melhor do grupo (Lc 9:46-48).
Lidar com o diferente no outro é um grande desafio para nós, pois nos obriga a sair de nossa zona de conforto. Especialmente na família cristã, em que conflitos devem ser administrados de forma que glorifiquem a Deus, precisamos evitar a tentação de reagir com bravura, mas sem sabedoria, bem como de fugir quando é hora de enfrentar, que são tendências naturais de nossa natureza carnal (Pv.15:1). Equilibrar assertividade com ponderação não é tarefa impossível para o homem que se submete à ação do Espírito (Gl. 5:16-26).
Diferenças podem provocar conflitos entre gerações
Às vezes, há empatia maior entre os pais e um de seus filhos, seja por semelhança ou porque esse filho realizou algo que os pais não puderam fazer, o que não deve modelar a forma de agir para com eles. Na relação entre pais e filhos, é importante respeitar cada um dos filhos como indivíduo espiritual criado por Deus de forma singular (Sl 139:13-14). Cada um deve sentir-se amado e respeitado em sua forma de ser. Veja o que aconteceu com os gêmeos Esaú e Jacó, tão diferentes e amados de forma diferente por seus pais (Gn 25:27-28). O pai preferia Esaú, por ser caçador; a mãe preferia Jacó, por ser caseiro. Jacó, ciumento e invejoso, queria o direito à primogenitura do irmão (Gn 25:29-34), e consegui! Jacó o comprou por um prato de sopa de lentilhas! A necessidade material de Esaú falou mais alto que a herança espiritual, por isso é descrito como mundano. A desarmonia reinante resultou em conflitos e sofrimentos para todos. O que ia de pecaminoso no coração de cada filho foi estimulado pelas atitudes dos pais.
É preciso avaliar com sabedoria os motivos que nos levam a agir de determinada forma. O amor com que devemos amar nossos filhos não deve ser pautado pelo nosso coração enganoso, mas pelo amor de Deus, que a todos ama sem distinção (Jo 3:16).
As diferenças e seu extremo: o individualismo (Fp 2:4 e 1Co 13:4-5)
O fato de sermos diferentes nos obriga a viver em comunidade, por vezes, com certo desconforto, tronando-se um grande desafio buscar ser um corpo bem ajustado (Ef. 4:16). É preciso fazer concessões sem abrir mão de nossa individualidade. Aqui há outro inimigo que silenciosamente pode tomar conta de nós: o individualismo. Esse inimigo é fruto direto do pecado. Querer fazer tudo por nós, pelo nosso bem-estar, sem atentar para o outro, é expressão do desejo de autonomia e independência que tentaram o ser humano desde Eva (2Co 11:3). Querer resolver tudo pelas próprias mãos, fazer só o que passa pela própria cabeça e pensar sempre em si primeiro, como bem expressa a frase: “eu, depois eu, depois mau pouco, eu, e aí quem sabe, mais um pouquinho para mim, e depois talvez eu não pense tanto em mim por tanto tempo...”
É muito saudável deixar de responsabilizar os outros pelos nossos conflitos e analisar a nossa participação neles e, mesmo se não fomos nós os geradores da turbulência, analisar também a forma como lidamos com eles. Ó coração enganoso! Fica para os o alerta: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4:23).
Ao pensar nas relações familiares, temos de considerar muitos aspectos que influenciam na tomada de decisões, nas expectativas que um tem em relação ao outro nas necessidades e no modo de ser de cada um. E onde há diferenças, sem dúvida, há conflitos! Todos nós necessitamos de relacionamentos familiares seguros e estáveis, o que não significa ausência de conflitos, mas a capacidade de encontrar caminhos para a solução dos problemas.
Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br