31.07.2017
Texto Básico: Salmo 141:3
Versículo Chave: Salmo 19:14: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu.”
Leituras Diárias:
Segunda Feira - Gênesis 1:1:31
Terça Feira - 1Pedro 2:21-25
Quarta Feira - João 4:7-30
Quinta Feira - Romanos 3:10-18
Sexta Feira - 1Pedro 3:9
Sábado - Mateus 15:1-20
Domingo - Salmos 120:1-7
Reflexão:
Se lembrarmos como as palavras de Deus tomaram a forma de decretos poderosos que causaram eventos, e até mesmo trouxeram coisas à existência (Gn 1:3), e do número de vezes que aparece em Gênesis a expressão “E disse Deus”, poderemos valorizar a importância que tem para o cristão a questão de comunicar-se bem. Por exemplo, Deus criou o mundo pela Sua palavra e Se relacionava com Adão por meio de conversa.
Comunicação em Jesus
Vivemos mergulhados em um mundo comunicativo. Jesus, ao afirmar: “Felipe, quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14:9), demonstra que Deus Pai Se revela, Se expressa e Se comunica na pessoa do Filho. Por sua vez, Jesus, a Palavra encarnada, o Verbo feito carne, comunicou-Se com os homens de Sua época de forma exemplar para cada um de nós.
Falar no local e no momento apropriados;
Dar atenção ao interlocutor;
Comunicar-se dialogicamente;
Saber ouvir;
Respeitar a natureza do interlocutor;
Começar uma conversa de forma proveitosa;
Fazer perguntas;
Ser claro;
Comunicar-se com todos;
Ser objetivo;
Ser prático.
Enfim, Jesus aproveitava todas as condições favoráveis para ensinar a Verdade, não só por meio de palavras, mas pelo próprio exemplo. Diante de nossa condição de pecadores, tudo isso seria impossível para nós se não tivéssemos sido regenerados mediante o sacrifício de Cristo na cruz. A boca fala do que está cheio o coração (Mt 12:34-35). Se estamos amargurados, com certeza, nossas palavras estarão cheias de dor e desesperança. Se inquietos, nossas palavras provavelmente serão apressadas e confusas. Se em paz, nossa fala será mansa e prudente. Assim, para que haja uma comunicação saudável na família, é preciso que o coração esteja em Cristo, de forma que sejamos capazes de orar como o salmista: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e meu redentor” (Sl 19:14).
Comunicação entre marido e mulher
Quando ruídos afetam o comunicação
Quando pessoas convivem sob o mesmo teto, necessariamente se comunicam, seja por palavras, seja por meio de comportamento ou ações. E como é complicado o processo de comunicação! Ocorre que todo nosso comportamento é direcionado pela percepção que temos do mundo e das pessoas, o que é possível em função da comunicação. Quando olho para o meu cônjuge, o que vejo nele? O que ele me comunica? O que percebo? Como interpreto o que vi? Não há comunicação neutra. É preciso validar o que se entendeu, com perguntas como: “Foi isso que você quis dizer?”, e ponderar a situação de modo a recuperar a qualidade na comunicação (Pv 4:23-27).
Quando as emoções ditam o tom
É provável que, quando somos frustrados ou acontecem coisas que nos aborrecem, sejamos tentados a usar palavras torpes, seja para mostrar quão bravos estamos, ou mesmo para ferir aquele que nos irritou. E pior, há pessoas que não param de falar até que toda a raiva tenha se esgotado, Enquanto isso, o familiar que ouve é esmagado como que por um rolo compressor emocional: “a palavra que causa dor faz subir a ira” (Pv 15:1). Já imaginaram as conseqüências disso? Com certeza o adoecimento físico ou psíquico ocorrerá (Pv. 18:21).
Comunicação entre pais e filhos
Monólogo ou diálogo
Não é só pelo ouvir que aprendemos, como se o que ouvíssemos fosse impresso automaticamente em nossa mente, nós interpretamos, compreendemos, carregamos de afeto o que ouvimos, e temos a extrema necessidade de expressar o resultado de nosso processo, de forma a validá-lo de acordo com o real. Esse é o papel dos pais: serem mediadores do processo de construção do pensamento dos filhos. No entanto, é comum ouvir relatos de conflitos entre pais e filhos nos quais o pai propõe uma conversa ao filho e, na verdade, o que ocorre é um monólogo dos pais, que o filho ouve de início, mas ao qual, depois, acaba se ensurdecendo, pois não lhe é dada a oportunidade de se expressar.
Comunicando afetos
Como reagimos às diversas situações da vida? Quando um filho nos abraça, e nós nos sentimos bem com isso, devemos expressar nossos sentimentos por palavras ou gestos amorosos (Pv 16:24).
Dando exemplo
A imitação é uma das mais eficientes formas de aprendizagem. O que nossos filhos vêem em nós comunica a eles um mundo de referências sobre a vida, e se ficamos ao sabor de nossa carne, o que comunicamos carecerá de integridade e santidade. No exercício da paternidade, somos particularmente desafiados a submetermo-nos a Cristo. Devemos perguntar: minhas palavras e ações edificam? Atendem à necessidade de meus filhos (Ef 4:29)?
Vimos como, mesmo amando nossos familiares, podemos criar situações conflitivas pela forma como nos comunicamos (Tg 3:10). É preciso sabedoria para conduzir uma boa comunicação. Para que possamos evitar palavras torpes que expressem ira, cólera e malícia, é preciso que tenhamos pensamentos altos (Cl 3:2-8), lavando todo o nosso pensamento cativo à obediência de Cristo (2Co 10:5). Sejamos prontos para ouvir, tardios para falar, tardios para nos irar (Tg 1:19) e glorifiquemos a Deus por meio de nossa comunicação em família (1Pe 4:11).
Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br