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Leitura Diária


14.08.2017

Equilíbrio Financeiro na Família

 

 

Texto Básico: 1Crônicas 29:10-19

Versículo Chave: Provérbios 30:9: “Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus.”

 

Leituras Diárias:

 

Segunda Feira - Provérbios 8:1-11

Terça Feira - 1Crônicas 29:1-21

Quarta Feira - 1Timóteo 6:3-10

Quinta Feira - Provérbios 8:12-21

Sexta Feira - Provérbios 6:1-11

Sábado - 1Timóteo 6:6-18

Domingo - Eclesiástes 5:8-20

 

 

Reflexão:

 

Ao longo da historia da humanidade, a irresponsabilidade com relação ao uso do dinheiro, aliada à ganância, cobiça, imprudência e insensatez, tem sido a causa do caos financeiro da família. A falta da visão correta de Deus como Aquele que sustenta e provê todas as coisas, assim como a inexistência de alvos definidos e tangíveis à família no âmbito das finanças, sem falar das concessões diante das tentações financeiras promovidas em especial pela mídia, são razões de desgraças generalizadas.

 

  1. A quem pertence o “meu” dinheiro?

 

Talvez nenhuma outra passagem bíblica seja mais contundente em responder a essa questão do que I Crônicas 29:10-14. Davi, num momento de plena inspiração divina, responde com propriedade a essa pergunta ao afirmar que tudo pertence a Deus, tudo vem de Deus, e a nós cabe apenas a boa mordomia de tudo quanto Ele nos dá, pois, ao Senhor pertence “... o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade...” (1Cr 29:11).

 

Deus é a fonte de toda riqueza – “Riquezas e glórias vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na Tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força” (1Cr 29:12). Ignorar essa verdade é insensatez, um verdadeiro desafio à soberania de Deus.

 

  1. Esta verdade precisa ser reconhecida

 

O primeiro passo para a bem-aventurança na área das finanças é o reconhecimento de que o nosso dinheiro, assim como tudo mais que temos, pertence ao Senhor: “... porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra” (1Cr 29:11).

 

  1. Reconhecer esta verdade é sinal de maturidade espiritual

 

Não é a velhice de Davi, aqui já septuagenário, que lhe dá a convicção de que Deus é a fonte de toda a riqueza. É a sua intimidade, suas experiências e suas audiências com Deus. Para Davi, todo o seu bem-estar vinha do Senhor. Ele entendia que o mesmo Deus que possui tudo, também livremente dá a cada um. É sinal de maturidade espiritual reconhecer que Deus é o proprietário de todos e de tudo, no céu e na terra, onde quer que se congreguem seres humanos.

 

  1. Esta verdade é demonstrada nas Escrituras

 

O autor de Provérbios descreve Deus, na Sua Sabedoria, como o doador de tudo quanto temos: “Tenho riquezas e honras, prosperidade e justiça... Eu ando no caminho da honestidade e sigo os passos da justiça, dando riquezas aos que me amam e enchendo as suas casas de tesouros” (Pv 8:18-21 NYLH).

 

  1. Como ganhamos o dinheiro?

 

Talvez ninguém tenha dedicado tantos escritos a esse tema quanto Salomão. São muitas as referências que enaltecem aquele que prospera diante da dignidade do seu trabalho, realizado com honestidade, esforço e diligência, em contraposição ao preguiçoso que cruza os braços e dorme e, enquanto dorme, cai sobre ele a desgraça como ladrão armado (Pv 6:6-11; 12:27).

 

  1. Trabalho digno

 

As palavras de ordem para aqueles que querem alcançar aprovação divina na busca da prosperidade são: dedicação, esforço e equilíbrio, para não cair nas tentações do exagero de colocar o trabalho acima de todos os demais valores da família, da igreja e da sociedade. Foi o caso de José, um mordomo exemplar, digno da confiança do seu senhor, servo por excelência na casa de Potifar: “O Senhor era com José, que veio a ser homem próspero...” (Gn 39:2).

 

  1. Motivação correta

 

O que Deus espera de cada um de nós é que façamos a nossa parte, dando o nosso melhor, com gratidão e satisfação no coração pelo que Ele nos proporcionou alcançar. O que ale para Deus é o nosso contentamento e a nossa submissão à Sua Soberania, depositando confiança nEle e não no fruto de nosso trabalho “Jamais confiei no ouro; ele nunca foi a base da minha segurança. Nunca me orgulhei de ter muitas riquezas, nem de ganhar muito dinheiro” (Jó 31:24-25 NTLH).

 

  1. Alvos definidos

 

Nossos alvos devem ser prioritariamente justos diante de Deus. Não podemos esperar a bênção dEle para objetivos que Lhe desagradem e contrariem Seus princípios. Pensar em ganhar dinheiro para esbanjar ou apenas para alimentar desejos do nosso ego não é próprio do cristão. A ânsia pela riqueza abre caminho para a especulação que invariavelmente resulta em desgraça. Sobre isso, Salomão adverte: “Aquele que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a penúria” (Pv 28:22).

 

  1. Como gastamos dinheiro?

 

Se a obtenção de recursos exige esforço, diligência, responsabilidade e pureza de consciência diante de Deus e dos homens, gastar esses recursos deve exigir cuidado ainda maior.

 

  1. Crises financeiras

 

Crises financeiras acompanham a vida humana como resultado do afastamento do homem de Deus e do Seu padrão. Portanto, a cobiça, que é o desejo desenfreado de possuir, também a inveja, o egoísmo e a compulsão ao consumismo, entre outros, são fatores de origem do caos financeiro. A conseqüência é total descontrole e problemas dele advindos. Consideremos três questões sobre esse assunto:

 

  1. De onde podem vir as crises?

 

O primeiro alerta é dado pelo apóstolo Paulo: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6:10). O amor ao dinheiro, também conhecido por avareza, estimula atitudes que vão gerar dívidas impagáveis, causando angústia, tormento e muito sofrimento á família.

 

  1. Como enfrentá-las e superá-las?

 

Crises provocadas pelo desequilíbrio financeiro não podem ser vistas como naturais ou aceitáveis para o ambiente da família cristã. Enfrentá-las e superá-las deve ser o alvo de todos. Portanto, consciente dos erros cometidos e depois de buscar a direção do Espírito Santo, a família precisa avaliar com rigor a situação, a fim de redirecionar suas receitas, visando à quitação dos compromissos assumidos.

 

  1. Como evitá-las?

 

Para não cair nas armadilhas tão bem engenhadas pela mídia, que apelam à cobiça e ao egoísmo das pessoas, nem se deixar seduzir pelo ambiente de convívio ou pelo rol de amizades, é importantíssimo aprender a viver contente com o que se tem. Aprender a viver de acordo com a sua realidade social e financeira sem querer ostentar um status que não se possui: ”Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Tm 6:8).

 

  1. Equilíbrio financeiro no lar

 

Com base numa perspectiva divina de priorização dos valores eternos e de contentamento com o que se tem, a família cristã alcançará condições de manter a estabilidade financeira sem prejuízo para seus membros. Esse cuidado impedirá o desequilíbrio que é o descontrole entre receita e despesa. Para manutenção do equilíbrio a ordem é vigiar.

 

  1. Vigiar para não ceder aos apelos do ego

 

O consumismo cego originado no “eu” precisa ser controlado. Muitos conflitos conjugais e familiares advêm dessa fraqueza humana: “Todos trabalham duro para ter o que comer, mas nunca ficam satisfeitos.” (Ec 6:7 NTLH).

 

  1. Vigiar para não cair nas teias do materialismo exacerbado do ter

 

Os lares cristãos precisam se orientar por decisões firmes sobre as prioridades da família e não fazer concessões aos apelos do sistema materialista da mídia que impera no mundo: “...se eu tiver mais do que necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus” (Pv 30:9 NTLH).

 

  1. Vigiar para não ceder à tentação de dar passos maiores que a perna

 

O equilíbrio financeiro impede que alguém caia na tentação de desenvolver um estilo de vida que não poderá manter: “O homem sensato tem o suficiente para viver na riqueza e na fartura, mas o insensato não, porque gasta tudo o que ganha” (Pv 21:20 NYLH).

 

  1. Investimento na Família

 

É imprescindível que as famílias tenham um plano definido que lhes permita estabelecer prioridades quanto ao futuro. A partir desse plano, um esforço conjunto deve ser feito visando alcançar os objetivos propostos. A título de exemplos desse investimento seguro, destacamos:

 

  • Provisão e manutenção das necessidades básicas do lar;

  • Reserva mensal para aquisição de imóvel;

  • Investimento na atualização profissional para manutenção no mercado de trabalho;

  • Formação e educação dos filhos;

  • Provisão para cuidados com a saúde;

  • Investimento no lazer e na melhoria da qualidade de vida da família.

 

No que diz respeito à vida financeira, é imperativo que as famílias tomem decisões seguras, fundamentadas em princípios bíblicos, cientes das prioridades, baseadas numa perspectiva divina e não no que é ditado pelo ambiente que as rodeia ou pelos apelos inescrupulosos da mídia. A família cristã não pode abrir mão do seu propósito de manter-se em posição de equilíbrio, assim evitando sofrimento e ameaças à estabilidade do lar. Tal estabilidade contribuirá para o progresso financeiro da família, livrando-a das armadilhas do dinheiro em suas tentativas ilusórias de induzi-la à extravagâncias.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Vida Cristã –Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

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