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Leitura Diária


05.11.2018

Culpa Humana e Graça de Deus

 

 

Texto Básico: Romanos 2:1-11

 

Texto Devocional: 2Coríntios 7:5-16

 

Texto Chave: 2Coríntios 7:10: “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.”

 

Leia a Bíblia diariamente:

 

Dia

Texto

Segunda

2Samuel 12:1-15

Terça

Mateus 18:23-35

Quarta

Lucas 22:54-62

Quinta

2Corintios 7:5-16

Sexta

João 8:1-11

Sábado

Atos 22:54-62

Domingo

Lamentações 3:22-39

 

A culpa é uma resposta pessoal emitida em função de uma falta própria ou de outrem.”

(M. L. Vasconcelos)

 

 

  Introdução  A culpa é responsável por grande parte do sofrimento humano. Converse com pessoas deprimidas, solitárias, angustiadas, membros de famílias violentas, homossexuais, alcoólatras, doentes terminais, pessoas que estão passando por crises conjugais ou qualquer outro tipo de problema, e você descobrirá que a culpa faz parte das dificuldades delas.

 

 

  I. Que é Culpa  

 

Foram identificados vários tipos de culpa, que podem ser agrupados em duas categorias fundamentais: culpa objetiva e culpa subjetiva.

 

  1. Culpa Objetiva  

 

É aquela que ocorre quando uma lei é quebrada e o transgressor é culpado, quer ele concorde com isso ou não. Foi o que aconteceu com Davi (2Sm 12:1-15). A culpa objetiva pode ser dividida em quatro tipos:

 

a. Culpa Legal – É a violação das leis da sociedade. Avançar um sinal vermelho no trânsito, por exemplo (Rm 13:1-2).

 

b. Culpa Teológica – É desobediência às leis de Deus. De acordo com as Escrituras, todos nós somos pecadores (Rm 3:23).

 

c. Culpa Pessoal – É a violação dos padrões pessoais e entrega aos apelos da própria consciência (Rm 14:22-23).

 

d. Culpa Social – É a quebra de uma regra que não está escrita, mas é socialmente aceita como válida (1Co 10:23).

 

 

  2. Culpa Subjetiva  

 

É o sentimento de pesar, remorso, vergonha e autocondenação que frequentemente surge quando fazemos ou pensamos alguma coisa que consideramos errada, ou deixamos de fazer algo que deveríamos ter feito. Foi o que aconteceu com Judas Iscariotes (Mt 27:3-5) e com Esaú (Hb 12:16-17).

 

Deus pode usar qualquer um dos tipos de culpa ou vários deles conjugados para nos levar ao arrependimento e às mudanças necessárias porque “a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento” (Rm 2:4).

 

Quando as pessoas falam sobre culpa, geralmente se referem à culpa subjetiva, mas a Bíblia não usa a palavra culpa nesse sentido. As três palavras gregas traduzidas como “culpa” ou “culpado” referem-se à culpa teológica. Nesse caso, parece haver pouca diferença entre culpa e pecado.

 

 

 

 

  II. Conceitos de Tristeza e de Perdão Divino  

 

Será que é possivel ajudar as pessoas a lidar com o seu pecado ou culpa objetiva sem gerar sentimentos de culpa perniciosos? Para responder a essa pergunta, vamos examinar os conceitos de tristeza (construtiva e destrutiva) e de perdão divino.

 

  1. Tristeza construtiva e tristeza destrutiva  

 

No texto de 2Coríntios 7:8-1, Paulo fz uma distinção entre a tristeza segundo o mundo (tristeza destrutiva, que parece equivalente à culpa subjetiva e que pos isso só leva à destruição) e a tristeza segundo Deus (tristeza construtiva, que equivale à culpa objetiva e que resulta em arrependimento e restauração).

 

  2. Perdão divino  

 

Este é um dos principais temas da Bíblia. Embora algumas passagens o mencionem sem discutir o arrependimento, outras sugerem que pelo menos duas condições precisam ser satisfeitas para que Deus perdoe: o arrependimento (At 3:19-20; 2Tm 2:4-25) e a disposição do pecador para perdoar (Mt 6:14-15; 18:21-22).

 

 

 

 

  III. Causas da Culpa  

 

 

 

 

 

 

Por que as pessoas se sentem culpadas? As razões podem ser muitas, como apresentamos a seguir:

 

  1. Experiências passadas e expectativas irreais  

 

Os conceitos individuais de certo e errado, bom ou mau, geralmente se formam na infância. Na maioria das vezes, são os pais que transmitem esses padrões. Às vezes esses conceitos vêm de líderes da igreja que acreditam que o homem pode viver sem pecar.

 

A melhor reação diante de padrões inatingíveis é a adoção de outros mais realistas. É claro que Deus espera que estejamos sempre nos esforçando para atingir o alvo da maturidade cristã (Fp 3:12-16). Ele desaprova o pecado e a desobediência, ams enviou o Seu Filho para que pudéssemos receber perdão e desfrutar de uma vida abundante livr de pecados e culpas (1Jo 2:1-2).

 

  2. Inferioridade e pressão socialmente  

 

É difícil saber se o senso de inferioridade gera sentimento de culpa, ou se é o sentimento de culpa que produz sensação de inferioridade. Vivemos num mundo que jaz no maligno, sofremos críticas e, por vezes, sem que percebamos, acabamos envolvidos inadvertidamente nesse tipo de pecado. Repreensões podem evocar sentimento de culpa, tanto na pessoa que critica quanto na que é criticada, e cada uma delas procura aliviar sua culpa como pode, criticando outras pessoas e se justificando. Isso foi o que aconteceu com o filho mais velhom no relato do filho pródigo (Lc 15:25-30.

 

  3. Mau desenvolvimento da consciência  

 

Muitas pessoas aprenderam a pensar de maeira rígica sobre o certo e o errado, estão convencidas de suas próprias imperfeições e incompetências, têm medo de fracassar ou ser castigadas e não conhecem direito o perfeito perdão de Deus. Sendo assim, embora estejam na nova aliança em que as leis foram escritas no coração, vivem como se estivessem na antiga aliança em que as leis foam escritas em pedras (2Co 3:2-3).

 

  4. Influências sobrenaturais  

 

A culpa objetiva teológica e os sentimentos de culpa subjetiva entraram na história da jumanidade a partir do pecado original (Gn 3:8-10); são instrumentos do Espírito Santo para nos convencer do pecado (Jo 16:8), mas podem ser usados contra nós pelo diabo (Jó 1:9-11 e Ap 12:10).

 

 

  IV. Efeitos da Culpa  

 

A culpa pode ter várias consequências. Infringir a lei pode levar à prisão e condenação, mesmo que a pessoa não se sinta culpada. A culpa social pode gerar críticas de outra pessoas. A culpa pessoal leva, muitas vezes, à autocrítica e à autocondenação.

 

A culpa teológica tem consequências ainda mais sérias. Deus , que é justo e santo, não faz vista grossa para o pecado. De acordo com a Bíblia, a punição para o pecado é a morte, embora Deus, por Sua graça, perdoe e dê a vida eterna quando depositamos nossa fé em Jesus, que morreu pelos nossos pecados (Rm 6:23).

 

As pessoas geralmente procuram aconeelhamento por causa de sentimentos de culpa. Esses sentimentos exercem influência de diversas maneiras.

 

  1. Pensamentos defensivos  

 

Esses se manifestam quando colocamos a culpa nos outros, negamos o erro cometido, afastamo-nos das pessoas, u procuramos boas razões ou desculpas para justificar nosss ações. Mas, agindo assim, corremos o resco de repetir esse “mecanismo” indefinidamente.

 

  2. Reações de autocondenação  

 

Sentimentos de culpa quase sempre geram ansiedade e sentimentos de inferioridade, inadequação, fraqueza, baixa autoestima, pessimismo e insegurança, que são meios da pessoa se condenar. Em alguns casos, ocorre autopunição e até mesmo propensão a acidentes. Frequentemente a pessoa tem ira reprimida. Essa foi a reação típica de Caim em Gênesis 4:13-14.

 

  3. Reações físicas  

 

O sentimento de culpa, como qualquer outra reação psicológica, pode gerar sintomas físicos; o corpo enfraquece e acaba entrando em colapso. Essa ocorrência se chama somatização. Se duradoura, pode tornar-se uma patologia. Davi testemunha isso no Salmo 32:3-4.

 

  4. Dor moral  

 

A for moral diz respeito a uma profunda angústia moral provocada no indivíduo pela compreensão de ter cometido atos com consequências reais e rerríveis, mesmo que investifdos de autoridade do estado. É o caso dos americanos vereranos de guerra do Vietnã, e outros tantos personagens correspondentes no Brasil. O apóstolo Paulo confessou esse tipo de culpa no processo de sua conversão e vocação (At 22:19-20).

 

  5. Arrependimento e perdão  

 

Graças a Deus, muitos de nós aprendemos a aceitar o fato de que somos pecadores, a confessar nossos pecados a Deus e aos outros, deixá-los e descansar, satisfeitos na certeza de que “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9).

 

 

  V. Tratamento Adequado para a Culpa  

(e os culpados)

 

É bom lembrar que o que Deus espera de nós não é a perfeição (Sl 103:14), mas sim uma tentativa sincera de fazer Sua vontade, conforme a entedemos, e da melhor maneira possível. O Deus compassivo também ama incondicionalmente e perdoará os nossos pecados sem exigir de nós expiação e penitência; isto não é mais necessário, porque “Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1Pe 3:18).

 

O que foi explanado até aqui é teologia básica. E é com essa atitude e a ajuda de Deus que podemos aceitar, amar e perdoar a nós mesmos e aos outros. Esse é o ponto de partida fundamental do tratamento cristão adequado para a culpa e para os que se sentem culpados. Sugerimos outros pontos importantes.

 

  1. Compreender e aceitar os culpados  

 

Pessoas que têm o sentimento de culpa frequentemente se condenam e esperam ser condenados pelos outros. Nossa tarefa não é condenar (Mt 7:1; Rm 12:19-20). E, vez disso, devemos nos aproximar dos outros com amor e vontade de ajudar; e, como o nosso Deus aceitar o pecador, apesar de não aceitarmos o seu pecado (Jo 9:1-11).

 

  2. Ajudar os pais a transmitir bons valores  

 

A prevenção dos sentimentos de culpa perniciosos começa com os pais. Por isso eles precisam aprender a inspirar em seus filhos o compromisso com a palavra de Deus e a discipliná-lso de uma forma que não mostre apenas as falhas, mas também inclua amor, incentivo e perdão (Ef 6:4; Cl 3:21; 2Tm 3:14-15).

 

  3. Ajudar as pessoas a envontrar bons valores  

 

Grupos religiosos autoritários podem tentar, provavelmente em vão, impor novamente as antigas convicções éticas que funcionaram no passado. Muitas vezes, isso leva à ocndenação dos que não se ajustam e inrensifica a culpa em pessoas que não seguem os padrões impostos. O que parece mais construtivo é permitir que as pessoas expressem sua confusão quanto aos valores, mas procurem, com ajuda de conselheiros cristãos, valores éticos provenientes da Bíblia e coerentes com seus ensinamentos (Tt 2:11-12).

 

  4. Ajudar os membros da igreja a compreender valores  

 

Os membros da igreja devem receber ajuda para entender os elevados padrões de Deus (Is 55:8-9). Todo crente deve entender que Deus compreende a nossa fraqueza em, quando caímos, Ele sempre es´ta pronto a nos perdoar graciosamente (Lm 3:22-23). É bom lembrar que há duas maneiras de aprender sobre o perdão: experimentá-lo e praticá-lo (Mt 18:32-33 e Ef 4:32).

 

 

  Conclusão  

 

Nem todos os sentimentos de culpa são ruins. Algumas vezes, eles nos levam a confessar o pecado e a agir de modo mais construtivo. Veja o exemplo do apóstolo Pedro antes e depois de Petencostes. No entanto, sentimentos de culpa são nocivos quando perduram sob a forma de influências paralisantes. São esses sentimentos de culpa perniciosos que queremos evitar e eliminar.

 

Nenhum de nós vai alcançar a perfeição nesta ou em outra área aqui na Terra. Apesar disso, somos aceitos por Deus, recebemos o perdão incondicional quando confessamos nossos pecados e temos a garantia de que, um dia, alcançaremos os padrões divinos por causa só que Cristo fez e está fazendo em nosso favor (Is 53:12 e Hb 7:25).

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

 

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