12.11.2018
Texto Básico: Isaías 53:1-12
Texto Devocional: Isaías 55:1-7
Texto Chave: Romanos 10:12: “Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.”
Leia a Bíblia diariamente:
Dia |
Texto |
Segunda |
Gênesis 12:1-9 |
Terça |
Romanos 10:16-21 |
Quarta |
Isaías 55:1-7 |
Quinta |
Salmos 96:1-13 |
Sexta |
Mateus 28:16-20 |
Sábado |
Salmos 100:1-5 |
Domingo |
Lucas 4:40-44 |
Introdução – Missões é fruto de preocupação divina para com o pecador. As mensagens dos salmos e dos profetas demonstram a intensa ação missionária de Deus buscando resgatar os que estão perdidos em delitos e pecados. Para tanto, Deus não poupou o próprio Filho da missão sacrificial, dando a preciosa vida no sacrifício do Calvário, em resgate de muitos (Jo 3:16; Is 53:7; Hb 10:9-10).
Deus se revela ao pecador. O pecador, por outro lado, passa a conhecer a pessoa santa, a vontade, os propósitos e os verdadeiros objetivos de Deus em relação à humanidade.
Embora esse maravilhoso plano de salvação em Cristo tenha ficado oculto por longos séculos, oportunamente nos foi revelado por meio dos salmos, dos profetas, do restante das Escrituras Sagradas e do próprio Filho de Deus (Ef 3:3-6; Lc 24:25-27; 44; Hb 1:1-2).
I. O Deus Missionário Se Revela nos Salmos
Verifiquemos o que está registrado em alguns dos salmos a esse respeito.
1. Salmo 2
1. Salmo 2
a. Salmo 2:1-5
Nesses primeiros cinco versos, podemos perceber a preocupação humana do salmista. Talvez coroado rei de Israel recentemente, Davi assumia uma nação dividida e dispersa com o fracasso e a recente morte do rei Saul, que o precedeu (1Sm 31; 2Sm 5:1-5); O rei e a nação poderiam estar cercados pelas ameaças das nações inimigas vizinhas, que fariam de tudo para que ele não reinasse (1Cr 18:19).
b. Salmo 2:6-9
O quadro é alterado peara uma nova visão: do reino temporal e terreno, o autor se volta para o reino espiritual, universal e eterno, com a presença de um domínio de justiça e paz. A referência é ao reinado messiânico de Cristo, autêntico Filho de Deus e legítimo herdeiro do reino, estabelecido pelo Pai, “no seu santo monte”, acima de todos os montes, em cumprimento da promessa profética, que diz: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (v.8).
Daí vem as bem-aventuranças para todos. São bênçãos que se destinam a Israel e a todos os povos:
- aos que trocarem a amotinação e a rebeldia pela humildade;
- aos que adotarem a prudência aceitando a advertência e os conselhos do Senhor;
- aos que servirem ao Rei com alegria, temor e tremor;
- aos que Nele se refugiarem sob o Seu conselho, proteção e direção.
c. Salmo 2:10-12
De acordo com esse salmo, todos os povos e nações, inclusive reis, príncipes, governantes e juízes da terra são objetos da graça do Senhor. É a fiel e abrangente visão e ação missionária de Deus.
2. Salmo 67
O Deus missionário abençoou Abraão, a fim de que ele, por sua vez, servisse de bênção aos gentios (Gn 12:3), pois o seu testemunho sobre a graça de Deus poderia levar também os gentios a adorar ao Senhor.
O Salmo pode ter sido canção inspirativa, usado em ocasião festiva em Israel. Todavia, no curso do seu enredo, num elevo espiritual, o salmista contemplou muito além da suposta festa; por meio dele, percebeu a revelação e a ação missionária de Deus.
a. Salmo 67:1-2
Reflete o compromisso e a promessa abraâmica – abençoar povos e nações além de Israel, por intermédio da fé (Gn 12:3; Gl 3:6-9).
b. Salmo 67:4-7
Revela o plano de Deus em trazer justiça, paz aos povos da Terra, o que poderá resultar numa explosão de temor, louvor e ação de graças por todos os povos (Is 9:6-7).
3. Salmo 96
Esse salmo é um dos mais belos hinos de ação de graças, inseridos no contexto do saltério, por sinal, muito cantado pela cristandade dos nossos dias. Fez parte do programa cerimonial por ocasião do traslado da Arca da Aliança da casa de Obede-Edom para Jerusalém (1Cr 15:25-28).
Em meio a cânticos, adoração e louvores o cortejo real seguia. Nesse espiritual e festivo clima, o salmo nos revela o grande interesse missionário de Deus não só para com Israel, mas para com todos os povos. Observe que a palavra “terra” aparece em vários versículos. Podemos perceber três estrofes no salmo 96, que são três convocações.
a. Primeira convocação
Cantem ao Senhor porque Ele é grande (v. 1-6).
b. Segunda convocação
Tributem ao senhor porque Ele é glorioso (v. 7-9).
c. Terceira convocação
Adorem ao Senhor porque Ele é justo (v. 10-13).
O salmo revela um zeloso Deus missionário, com visão, sentimento e abrangente amor para com todas as nações.
II. O Deus Missionário Age por Meio dos Proetas
Os profetas foram instrumentos de Deus, para interpretar a Sua vontade ao povo, predizer acontecimentos, ensinar e operar milagres.
O Deus do Profeta Isaías é Missionário
Isaías é classificado não só como um dos profetas maiores, mas o profeta do Antigo Testamento que mais escreveu, também chamado “o profeta evangélico da velha dispensação”. Observemos um pouco de sua mensagem.
A Encarnação do Messias
Em Isaías 7:14 temos a prometida ação missionária de Deus, por meio do milagroso nascimento virginal de Cristo, o primeiro e maior missionário vindo do coração do Pai para Se tornar Deus conosco (Mt 1:23; Fp 2:7).
A Palavra “Messias”
Messias é palavra hebraica e significa ‘ungido’. Jesus é o Messias prometido a Israel. Devido à vasta missão prevista no mundo, por inspiração, o Seu nome recebeu várias designações além de Emanuel, como: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. São nomes que atraem, animam, confortam, protegem e dão segurança (Is. 9:6-7).
O Ministério do Messias
Em Isaías 42:1-7 o profeta retrata o servo missionário, incumbido da tarefa que só o Messias poderia executar. Ele sentiu o cumprimento dessa profecia em Si mesmo, quando pregava na sinagoga de Nazaré (Lc 4:16-21; Is 42:6-7). Ali a atuação missionária do Messias ultrapassava os limites e fronteiras de Israel, destinada até os confins da terra (At 1:8).
A Crucificação do Messias
Por inspiração divina, o profeta anteviu o episódio do Gólgota. Percebeu que, para a realização da missão salvifica planejada na eternidade, o Filho passaria pelo crivo do sacrifício cruento, o inocente pagando pelo pecado dos outros, mas veria os frutos do Seu penoso trabalho e ficaria satisfeito (Is 53:10-120).
O Deus do Profeta Jeremias é Missionário
Num tempo de grande crise espiritual em Israel, o Deus missionário comissionou o profeta Jeremias, tanto para Israel como para as nações gentias (Jr 1:5). Colocou nos seus lábios poderosa e corajosa mensagem sem limites e sem fronteiras, para reinos e nações, para arruinar e destruir, mas também para plantar e edificar (Jr. 1:10).
Entre denúncias e advertências contra todo mal e apelos ao arrependimento, o profeta verberou também o duro julgamento de Deus a Israel e às nações, ao mesmo tempo em que consolava e anunciava esperança de restauração nacional para o povo escolhido de Deus e para todas as nações, posteriormente (Jr 7:2-3; 26:2-3).
Jeremias anunciou a remoção de coisas velhas, o estabelecimento de uma nova aliança no reino de justiça e paz do Messias, quando as leis serão escritas, não mais em pedra fria, mas no coração e na alma dos súditos. Trata-se do reino que brota do trono de Davi, cujas bênçãos se estenderão a todos os povos. (Jr 31:33-34; 33:14-17; Is 55:3-5; Hb 10:16).
O Deus do Profeta Jonas é Missionário
A ação missionária de Deus não tem volta. O pecado dos ninivitas atraiu o julgamento divino, e só o missionário Jesus, em campanha de três dias na grande cidade avisando, advertindo-os e chamando ao arrependimento, poderia livrá-los do perigo eminente.Para tão grande tarefa, Deus comissionou o profeta Jonas para levar o recado (Jn 1:1). Como judeu, Jonas não tinha nenhum interesse em livrar os ninivitas, povo mau, feroz e inimigo número um de Israel. Jonas procurou fugir de Deus e do dever, pelo caminho do mar, mas se deu muito mal. Havia se esquecido que também o mar está nas mãos de Deus (Sal 139:7-10).
Sob pressão da tempestade, dos marujos e de sua consciência, Jonas foi precipitado no mar, lançado ao profundo. Por providência de Deus, um grande peixe o engoliu. Humilhado e arrependido orou ao Senhor, e o peixe o vomitou na praia: “Isso procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos” (Sl 118:23; Jn 2:1-10).
Então Jonas, sem demora, cumpriu a sua missão, ainda que a contragosto. Ao fim da mensagem, que surpresa! Houve grande arrependimento e conversão em massa entre os ninivitas, inclusive o rei e seus auxiliares. A lição ficou muito clara: o deus missionário de Jonas e de Israel é missionário também entre os gentios (Jn 3:1-10; Is 55:5).
Conclusão - Muitos séculos depois, Pedro presenciou o cumprimento parcial da profecia de Joel, no Pentecostes, em Jerusalém (Jl 2:28-32; 3:9-12; At 2:17). \até então, dom do Espírito Sano era restrito a profetas, sacerdotes, reis e, esporadicamente, a outros indivíduos. Mas no Pentecostes houve um abundante derramamento do Espírito sobre a coletividade e indivíduos de várias nacionalidades presentes ao evento. Assim foi inaugurada a igreja, e com ela uma nova era para missões, evangelização e discipulado, pois, a partir dali, todo verdadeiro crente será cheio do Espírito Santo para testemunhar de Cristo (At 1:8).
Aí está a ação e a extensão do plano missionário de Deus que é revelado no livro de Salmos, age por meio dos profetas e prevê extensivas bênçãos a todos os povos no reino de Cristo (Is 11:1-10).
Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br