26.11.2018
Texto Básico: Romanos 15:-14:21
Texto Devocional: Atos 22:6-15
Texto Chave: Romanos 15:18: “Porque não ousarei discorrer sobre coisa alguma, senão sobre aquelas que Cristo fez por meu intermédio, para conduzir os gentios à obediência, por palavra e por obras.”
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Texto |
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Atos 9:1-9 |
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2Coríntios 5:18-6:3 |
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Romanos 15:14-21 |
Introdução – Paulo, após sua surpreendente conversão, dedicou-se integralmente à sublime tarefa de pregar o evangelho, único meio de reconciliação da raça humana com Deus. Reconhecendo ter sido objeto de graça divina, justamente ele que se considerava o principal dos pecadores (1(Tm 1:15), procurou remir o tempo aproveitando todas as oportunidades para falar de Cristo.
Ele experimentou uma mudança radical: passou de feroz perseguidor dos cristãos a um dos principais expoentes do cristianismo. A conversão de Paulo operou nele uma completa transformação, que mudou o curso de sua vida: passou de algoz opositor a defensor e propagador do evangelho (At 26:19-20).
É impressionante o fervor missionário focado em sua vocação: proclamar o evangelho aos gentios (2Co 6:4-10). Seu exemplo deve ser imitado por todos nós, por causa de sua devoção a Deus e empenho em alcançar os perdidos com a mensagem do evangelho (1Co 11:1). Convido você a estudar esta lição com propósito de enriquecer sua vida e ministério, de modo a desenvolver uma brilhante carreira à semelhança do apóstolo missionário.
I. A Vocação Missionária de Paulo .
(At 26:12-18)
Durante o ministério terreno de Jesus, Paulo esteve do lado oposto. Por isso, não fez parte do seleto grupo privilegiado em conviver com o Mestre e ser moldado pelo maravilhoso ensino e cativante estilo de vida, caracterizado pela humildade e obediência ao Pai celestial.
Para compensar tão grande perda, Paulo foi alvo de manifestações graciosas de Deus, além de sua conversão e vocação (At 18:9-10; 23:11). Jesus lhe deu o privilégio de tornar-se apóstolo com a missão de evangelizar, especialmente os gentios (Rm 15:15-16).
1. Ministro
Paulo foi impactado por Jesus com uma visão extraordinária: uma resplandecente luz vinda do céu e uma voz, que o fizeram cair por terra e ficar cego. Ele reconheceu ser Jesus que intervinha em seu caminho e lhe falava, confrontando-o por perseguir os cristãos, mas também para operar nele condições de receber a vida eterna (At 9:3-6). Vejamos o resultado dessa ação de Jesus.
a. Experiência Marcante
O apóstolo teve plena convicção da aparição de Jesus, que marcou definitivamente sua vida (At 26:16). Ele teve consciência de ser perdoado, aceito na família de Deus e da missão de ser pregador do evangelho. Paulo trocou a cegueira espiritual por uma cegueira física momentânea, mas com vida abundante e eterna.
b. Chamada Divina
A origem da vocação de Paulo vem do próprio Senhor Jesus, que continuou dando-lhe novas instruções, fundamentais ao exercício de sua missão (At 26:16). Desde o início, o apóstolo soube que enfrentaria muitas perseguições e oposições, próprias de quem abraça a fé cristã e se torna fiel a Deus na comunhão e na pregação do evangelho.
2. Testemunha
Paulo, após sua experiência com Jesus, teve consciência do papel que lhe estava sendo proposto: testemunhar os poderosos feitos de Deus para resgatar o pecador, por meio da fé no sacrifício de Cristo.
Nada lhe dava mais prazer do que proclamar o evangelho da graça de Jesus. Tornou-se um ardoroso defensor da fé cristã. Sua principal paixão era falar do amor de Deus revelado em Jesus. Por isso, sofreu afrontas, perseguições, açoites e prisões, mas jamais negou a fé nem o compromisso de dar testemunho dela (2Co 5:5-9).
a. Coragem para Pregar
O destemor para cumprir sua missão estava centrado na promessa de livramento (At 26:17), que não o eximia de sofrer, mas lhe asseverava a proteção divina para cumprir cabalmente a sua tarefa.
b. Vaso de Bênçãos
Como foi transformado, Paulo deveria ser instrumento para alcançar outros (At 26:18). Então, seu papel era falar do evangelho aos pecadores com o objetivo de levá-los, por meio da ação do Espírito Santo e da mensagem pregada, a terem a mesma experiência de conversão que tivera, a fim de que saíssem das trevas (reino satânico) para a maravilhosa luz (reino de Deus). A boa nova do evangelho anunciada por Paulo assegurava aos gentios as promessas de perdão dos pecados e a participação das bênçãos divinas.
I II. A Consciência Missionária de Paulo .
Muito cedo, o apóstolo Paulo compreendeu que, na posição de embaixador de Cristo, não era suficiente apenas exercer o ministério, mas era preciso fazê-lo com inteireza de coração. Deus leva em conta não apenas o que fazemos, mas se importa muito com a motivação pela qual fazemos. Daí o zelo, o amor e o entusiasmo de Paulo na defesa da fé cristã e na obra missionária. Sua compreensão era de que Deus merecia o melhor que ele fosse capaz de fazer (1Co 9:22-23).
1. Ministério da Reconciliação
O fato de er sido reconciliado com Deus dava a Paulo motivação para ajudar outros a ter idêntica experiência (Cl 1:20-23). No exercício do ministério da reconciliação, ele declara o total interesse de Deus em salvar o pecador por meio da fé em Jesus. Significa que o próprio Deus, na pessoa de Jesus, se torna o agente reconciliador com o homem (2Co 5:18-19).
2. Embaixadores de Cristo
Apóstolo, a credencial usada em todo tempo por Paulo, quer dizer “enviado”. A expressão “embaixador de Cristo” tem o mesmo significado. Ele tem certeza do ministério e da autoridade divina de que fora revestido para proclamar, com ousadia, a mensagem de salvação aos que jazem nas trevas do pecado para se reconciliarem com Deus (2Co 5:20; Ef: 6:19-20).
III. A Estratégia Missionária de Paulo .
É interessante perceber as características do ministério de Paulo, pois, mesmo tendo transcorrido quase 2.000 anos, são perfeitamente válidas para aplicação ao exercício de relevante ministério nos dias atuais, em vista de sua profundidade e riqueza.
1. Planejamento (V.18) - “conduzir os gentios à obediência”
Paulo tinha como alvo levar os gentios à fé em Cristo e os salvos a obedecer a Deus, consequência natural e indispensável da fé salvadora e do discipulado cristão (Rm 1:5; 16:26).
a. Agente de Cristo - “aquelas que Cristo fez por meu intermédio”
Paulo se considera apenas um instrumento. Cristo age não “com” ele, mas, “por meio” dele (2Co 5:20; At 15:12). A obra sendo de Cristo, a glória também é Dele (Rm 15:17).
b. Doutrina e prática - “por palavra e por obras”
Temos mais facilidade para aprender vendo do que ouvindo. As palavras devem explicar as ações. Na vida cristã é fundamental aliar doutrina (verdade, valores e princípios) com prática. Não basta apenas a teoria, é preciso viver.
2. Poder (V.19) - “por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo”
Os três termos refletem o sobrenatural, que caracteriza a vinda de Jesus ao mundo e a chegada do reino de Deus (Lc 24:19). Além de serem credenciais apostólicas, eles identificam o ministério de Paulo com o de Jesus (2Co 12:12; Hb2:4). O Espírito Santo aplica a palavra de Deus (a espada – Ef 6:17) na mente, coração, consciência e vontade dos ouvintes. Cada conversão é um encontro de poder, no qual o Espírito, por meio do evangelho, resgata e regenera o pecador (1Co 2:4; 1Ts 1:5).
3. Pioneirismo (V.20-21)
Trata-se de um modesto relatório de 10 anos de apostolado, incluindo as longas viagens ministeriais, porém a sua riqueza está em trazer à luz a estratégia paulina de pregar para quem ainda não tinha ouvido o evangelho (v. 20), pois seu alvo era “não edificar sobre fundamento alheio” (v. 20). Ele havia dito que Deus chama diferentes discípulos para diferentes tarefas, concedendo-lhes diferentes dons a fim de capacitá-los para sua realização (Rm 12:3-8). No seu caso, o chamado e o dom de evangelista eram para campo pioneiro entre os gentios, deixando o pastoreio dos convertidos com outros.
Devemos refletir a glória de Deus andando como filhos da luz, exercendo influência sobre os perdidos como bom perfume de Cristo.
Conclusão .
Deus tem dado a cada um de nós um ministério, segundo o chamado e os dons recebidos do Espírito Santo. Paulo disse “Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de tornar cooperador com ele” (1Co 9:23). Seguindo a visão missionária desse apóstolo, cuja vida e ministério honraram e fortificaram a Deus (Gl 2:19-20), devemos viver integralmente o evangelho, ainda mais quando cremos que a volta de Jesus se aproxima (Lc 12:37-38). Precisamos dar liberdade ao Espírito Santo para agir em nós e por meio de nós com vistas a sermos frutíferos no alcance de vidas para Jesus, Missões exige de cada um de nós: orar, contribuir e ir.
Devemos refletir a glória de Deus andando como filhos da luz, exercendo influência sobre os perdidos como bom perfume de Cristo.
Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br