10.12.2018
Texto Básico: Atos 13:1-4
Texto Devocional: Filipenses 4:10-19
Texto Chave: Atos 13:2: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado.”
Leia a Bíblia diariamente:
Dia |
Texto |
Segunda |
Atos 13:1-2 |
Terça |
Atos 15:36-40 |
Quarta |
Atos 18:23-28 |
Quinta |
Filipenses 4:10-19 |
Sexta |
Colossenses 4:2-6; ITmóteo 2:1-4 |
Sábado |
Atos 14:21-28 |
Domingo |
Romanos 10:9-17 |
Introdução – Paixão por missões brota em resposta ao agir do Espírito Santo numa igreja local como resultado da percepção que cada membro tem da prioridade e urgência que Deus dá à obra missionária. Essa igreja tem alvos missionários específicos, investe em determinado campo e apoia missionários conhecidos que se correspondem com ela. A liderança, responsável por divulgar e manter a chama missionária, tem um programa bem estruturado e conhecido de todos para não haver descontinuidade no compromisso da igreja com os obreiros.
É comum membros de uma igreja local se sentirem confortáveis diante da Grande Comissão porque oram e contribuem para a obra missionária. Todavia fazer missões não é só sustentar obreiros no campo e orar por eles algumas vezes. Nem tão pouco se milita á realização de eventos com grande arrecadação financeira. Na verdade o “ide e pregai” (Mc 16:15) de Jesus tem uma abrangência bem maior.
Nesta lição vamos abordar aspectos práticos do agir de uma igreja já despertada para missões: “a cada um a sua obrigação” (Mc 13:34).
I. O Envio de Missionários .
(At 13:1-4)
A igreja de Antioquia é apresenta aqui como importante base de envio de missionários. Contudo devemos nos lembrar que naqueles dias a proclamação do evangelho acontecia naturalmente. Não havia um plano elaborado pelas igrejas já existentes: “os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra” (At 8:4). Assim o evangelho chegou à Antioquia, onde encontramos três marcas de uma igreja que envia missionários.
Adoração por Excelência (v.2)
O texto informa que eles prestavam culto a Deus, oravam e jejuavam. Visitavam a intimidade do Senhor, buscando comunhão com Ele, a fim de conhecer a Sua vontade.Esse serviço de alma é o que Deus espera da igreja em todos os tempos (Jo 4:24). Aqui está o alicerce para qualquer outra realização da igreja. Nesse contexto, o Espírito Santo falou mais especificamente àqueles cristãos sobre o projeto missionário de Deus.
Sensibilidade Espiritual (v.2)
Não por acaso Lucas informa que “havia profetas e mestres” naquela igreja. Podemos supor que o Espírito Santo falava por intermédio deles. Usar pessoas no cumprimento da Sua vontade é parte do método de Deus. Os profetas estavam convictos de que se tratava de uma ordem divina, portanto não hesitaram em comunicá-la à igreja, mesmo que isso significasse a perda de colaboradores ilustres como Barnabé e Saulo. Esse primeiro envio de missionários não foi fruto de exaustivas reuniões deliberativas dos líderes da igreja de Antioquia, mas da sensibilidade deles à voz do Espírito Santo (cf. o exemplo de Filipe em Atos 8:26).
Obediência Incondicional (v.3)
Pela determinação do Espírito Santo, Barnabé e Saulo não estavam mais nos planos de Deus para aquela igreja local. Foram chamados para uma missão específica: “para a obra a que os tenho chamado”. (v.2). A obediência antecede qualquer ação que alguém possa desenvolver na igreja. Portanto, cabia à igreja obedecer ainda que nenhum detalhe maior fosse revelado naquele instante.
A visão missionária nasce na adoração e na oração de uma igreja atenta à voz do Espírito e pronta para obedecer. É assim na sua igreja?
II. O Sustento Missionário .
(Fp 4:10-19)
Líderes com visão missionária atuam na igreja como agentes motivadores, que vão influenciar os membros a assumir compromissos de fé, por meio de contribuições mensais para atender aos projetos e sustento de missionários.
A participação financeira é uma das formas de aproximação da igreja com o obreiro. Igreja operosa em missões se sente presente no preparo da terra, no lançar das sementes e na colheita. O sustento financeiro para missões resulta em bênçãos também para a igreja local.
Privilégio
Igreja missionária é aquela que não perde a oportunidade de cuidar dos seus missionários (cf v.10).
Parceria
Paulo reconhecia que a associação entre igreja e missionário é algo bom (cf v.14-15).
Responsabilidade
A igreja missionário é consciente e cumpre sua obrigação no envio do sustento financeiro (cf v.18).
III. A Intercessão pelos Missionários .
(Ef 6:17:20)
A oração é sustentáculo e mola propulsora das atividades missionárias da igreja que caminha na unção do Espírito Santo: “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito” (v.18). A oração destrói barreiras que Satanás levanta, tanto na igreja como no campo, e coopera com Deus e com Seu Filho Jesus Cristo na gloriosa tarefa de tirar as pessoas das trevas, transportando-as para Sua maravilhosa luz (1Pe 2:9; Cl 1:13). A oração é uma ferramenta indispensável, pois a igreja missionária está numa grande batalha espiritual; vencê-la, depende de muito jejum e oração (Mc 9:29). Vejamos como a oração da igreja deve ser.
Perseverante – “... em todo tempo... com perseverança...” (v.18)
Um missionário em pleno exercício da sua vocação se torna um grande inimigo de Satanás. Os ataques são constantes. Satanás ao dá trégua nas tentativas de impedir o avanço do evangelho. Além de conferências missionárias e cultos mensais, a igreja deve promover reuniões de oração periódicas, em dias da semana e também estimular os irmãos à intercessão diária e perseverante pelos missionários.
Pessoal – Orai “...também por mim...” (v.19)
A igreja deve orar nominalmente pelos missionários, intercedendo pela saúde física, emocional, espiritual e familiar de cada um deles; pela adaptação deles ao campo de trabalho, não poucas vezes em lugares distantes, isolados, perigosos e sem recursos. Quando a igreja ora assim, está demonstrando interesse pelo dia a dia do missionário.
Pelo Sucesso da Missão – “...para que me seja dada... a palavra, para com intrepidez...” (v.19)
Paulo queria cumprir seu ministério de forma poderosa, alcançando êxito. Para isso a igreja deveria orar pelo sucesso da missão: “para que Deus nos abra a porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo” (Cl 4:3). A oração da igreja prepara o ambiente, abre portas para o missionário e traz a unção do Espírito que o capacita com a autoidade da Palavra que anuncia.
Pela oração, a igreja coloca os missionários nas mãos do Mantenedor, o que é infinitamente maior do que simplesmente prover-lhes o mantimento. Não há outro meio que promova maior interação entre igreja e missionário do que a oração perseverante.
IV. O Relatório dos Missionários .
(At 14:25-28)
Relatórios fazem parte da vida do missionário. Ele sabe que as experiências vividas no campo não podem ser guardadas; são tremendas, edificam, fortalecem a fé e, por isso mesmo, devem ser compartilhadas com a igreja que o enviou: os momentos difíceis, os milagres do agir de Deus, a certeza de que a oração da igreja o sustenta. Ouvir o relatórios missionários é benéfico sob vários aspectos.
É Recompensador para a Igreja
A igreja que cerrou fileiras na intercessão e no sustento do missionário pode, nesse momento, provar das alegrias da colheita e do agir soberano de Deus. Não há nada mais gratificante no serviço do reino do que ouvir testemunhos de quem experimentou o cuidado de Deus. Que abençoada reunião missionária a igreja de Antioquia celebrou naquele dia! (v.27)
Demonstra o Interesse na Igreja pelo Missionário e seu Trabalho
Tentamos imaginar a alegria de Paulo e barnabé ao retornarem à igreja de Antioquia relatando “quantas coisas fizera Deus com eles” (v.27). Como seria frustrante se não houvesse interesse dos irmãos em ouvi-los! Também o relatório financeiro do missionário deve estar inserido nesse contesto.
É Motivador para a Igreja e o Missionário
Lucas registra que eles “permaneceram não pouco tempo com os discípulos” (v.28). Podemos supor que houve grande admiração e júbilo por parte da igreja. A vocação de Barnabé e Paulo, associada ao entusiasmo da igreja com a primeira viagem, motivaram novas empreitadas (At 15:36 – 2ª viagem; 18:23 – 3ª viagem).
V. Descanso e Retorno dos Missionários ao Trabalho .
(Mc 6:30-32; Hb 4:10)
Distante de casa, do conforto da cidade e da comunhão com a igreja que o enviou, o missionário no campo está o tempo todo em serviço: “porque eles não tinham tempo nem para comer” (Mc 6:31). Depois de um determinado período, o descanso é imperativo! Mais uma vez a igreja precisa fazer a sua parte.
Ser Consciente da Necessidade do Descanso
O trabalho do missionário é quase ininterrupto; ele atua não só na evangelização, mas também, no social, na saúde e nas questões familiares que surgem no campo. Num contexto assim, o descaso é fundamental para que as energias sejam recobradas. Talvez seja a ocasião para algum tratamento médico ou outra necessidade.
Promover esse Descanso
A igreja deve promover esse descanso, oferecendo ao missionário e à sua família um programa de férias e recuperação física, emocional e espiritual. O apoio aqui é importante por se tratar da readaptação do missionário com a sua cultura a de origem.
Cuidar do Retorno do Missionário ao Campo
Depois de um período de descanso, de alguma formação complementar e visita às igrejas locais, o missionário tem de retornar ao campo seguro de que a sua igreja continua com ele. É bom que conheça o grau de comprometimento que os irmãos que o enviam estão assumindo. A igreja deve cuidar para não colocar sobre os ombros do missionário cargas maiores do que ele pode suportar.
Conclusão .- Uma igreja missionária envia, sustenta, intercede e promove uma constante interação com o missionário no campo. Está sempre atenta às necessidades que surgem e as supre com responsabilidade e contentamento por poder cumprir sua parte na missão.
Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br