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Leitura Diária


30.04.2019

Gideão, O Malhador de Trigo

 

 

Texto Básico: Juízes 6:1-8:27

 

Texto Devocional: Juízes 2:6-23

 

Texto Chave: Juízes 6:14: “Então, se virou o Senhor para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu?”.

 

Leia a Bíblia diariamente:

 

Dia

Texto

Segunda

Juízes 6:11-24

Terça

Juízes 6:25-40

Quarta

Juízes 7:1-9

Quinta

Juízes 7:10-25

Sexta

Josué 1:1-91

Sábado

Salmos 20:1-9

Domingo

Salmos 2:1-12

 

 

Entre a posse da terra e o estabelecimento da monarquia, Israel viveu um tempo transitório, chamado “o período dos juízes”. Neste período, o estado não era organizado e não tinham rei; razão por que cada um cuidava e fazia o que bem lhe parecia (Jz 17:6). Em vista disso, Deus ordenou juízes entre o povo para assisti-lo e promover a defesa nacional.

 

Pela ordem, Gideão foi o sexto dos juízes. Era de família camponesa da aldeia de Ofra, filho de Joás, da tribo de Manassés.

 

Gideão elevou-se rapidamente da condição de agricultor general de exército e a juiz do povo de Deus (Jz 2:16; 13:1-5).

 

 

  I. Gideão Chamado por Deus  .

 

Na história do povo de Deus vemos que os homens trabalhadores e ocupados sempre estiveram na mira de Deus. Pedro estava pescando; Amós estava no campo atrás da malhada; e Levi, na coletoria.

 

Com Gideão também não foi diferente, ele estava muito ocupado quando Deus o chamou para uma urgente e diferente missão.

 

1. Os Tempos Difíceis de Gideão

(Jz 6:1-10)

Quarenta anos se passaram desde a abençoada liderança da juíza Débora. A nova geração se esqueceu dos feitos de Deus e Dele se afastou, e os midianitas, seus velhos inimigos, voltaram a oprimi-la

 

Desciam em bandos e os amedrontavam. Saqueavam tudo que podiam. Caim sobre os cereais, os rebanhos e os jumentos, e os hebreus ficavam cada vez mais enfraquecidos.

 

2. As Qualidades de Gideão

(Jz 6:11-14)

A missão do profeta foi recordar ao povo o que Deus fez a Israel, no passado. A missão do anjo foi, por meio de Gideão, a de encorajar Israel a perseguir com firmeza o inimigo opressor.

 

De Gideão, percebemos que era:

 

- trabalhador: malhava trigo no campo para manter a família (v.11);

- precavido: escondia o produto da vista dos saqueadores (v.11);

- humilde: “a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai” (v. 154);

- prudente: verificou tudo primeiro sobre o que viu e ouviu (v.17);

- sincero e temente: antes quis adorar e ofertar ao Senhor (v. 18-24).

 

3. A Comissão de Gideão

(Jz 6:14)

Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu?” Era essa a situação nacional. A ação era necessária e urgente, e o chamado é uma ordem divina; não para ser discutida, mas cumprida.

 

 

  II. Gideão Destrói o Altar de Baal  .

 

A adoração a Baal, divindade fenícia, foi sempre uma tentação para os hebreus, e o problema se agravou ao extremo nos dias do rei Acabe, quando o profeta Elias entrou em cena e escaramuçou a idolatria de Baal. Até porque este relacionamento idólatra obstruía a adoração e a comunhão com Deus (Jz 6:25; 1Rs 18:2).

 

1. A Necessidade da Desobstrução do Canal de Benção

(Jz 6:10-11)

Deus Se propôs a abençoar e libertar Israel, mas ordenou que primeiro fosse posta em ordem a casa do próprio líder. Havia romaria a Baal na casa da família de Gideão, um mau exemplo.

 

2. A Resposta Com Sacrifício de Sangue, Fogo e Suor

(Jz 6:25-27)

Gideão, numa operação relâmpago, cumpriu três importantes exigências divinas como preparo espiritual para o sucesso da sua missão.

 

a. Tomou um boi de sete anos do seu pais e mais dez homens, e com eles derrubou o altar e cortou o bosque da romaria de Baal. E, assim, limpou da sua propriedade a idolatria reinante (v.25).

 

b. Substituiu o altar de Baal por outro dedicado a Jeová. Tomou também o segundo boi de seu pais e o sacrificou ao Senhor, dispondo as suas partes sobre o novo altar (v.26).

c. Com a lenha cortada no bosque, queimou o holocausto em adoração e honra ao Deus eterno (v.26-27).

 

3. A Prudência e a Preocupação de Gideão

(Jz 6:28-40)

Temendo tumulto popular, Gideão teve o cuidado de fazer tudo numa só noite (v.27). No dia seguinte, quando o povo percebeu irritou-se e quis até matá-los. Mas Joás ficou do lado do filho e, a seu modo, acalmou os ânimos dos exaltados (v.31).

 

Restaurado o culto e a comunhão com Jeová, o Espírito santo caiu sobre Gideão, que corajosamente reuniu o povo e tocou a trombeta para a batalha.

 

Gideão aplicou ainda o teste do velo perante Deus e ficou plenamente convicto de que poderia partir mesmo para o desfecho da missão (v.32-40).

 

  III. Os Trezentos de Gideão  .

 

O inimigo enchia todo o vale e era como areia na praia do mar (Jz 7:12). Mas, como o Senhor já havia prometido, se Israel for fiel, cinco israelitas perseguirão a cem, e cem perseguirão a dez mil, e um perseguirá a mil (Lv 26:3-8; Js 23:10).

 

1. Soldados Selecionados por Deus

(Jz 7:2-7)

De trinta e dois mil, permaneceram dez mil e ainda destes que Deus fez descer à fonte de Harode, só os que juntaram água nas mãos e lamberam sem se abaixarem, segurando as armas, foram escolhidos. Estes foram apenas trezentos.

 

2. A Estratégia do Ataque aos Midianitas

(Jz 7:8-22)

Dividiu os trezentos em três grupos, deu-lhes nas mãos trombetas, cântaros vazios e tochas. À noite, se dispuseram em torno do arraial inimigo. Muito bem orientado em como usar os instrumentos de que dispunham, em altas horas da noite, Gideão deu o sinal, e todos tocaram as trombetas, quebraram os cântaros, seguraram as tochas e gritaram com grande voz (v.8-18).

 

Nas trevas, os inimigos assustaram, entraram em pânico, feriram-se entre si e fugiram apavorados, deixando atrás grandes despojos. Assim, a batalha foi ganha sem usarem as espadas, mas pelo braço do Senhor (v.19-22).

 

 

  IV. Gideão Leva o Povo a Pecar  .

 

A vitória foi brilhante. O povo ficou eufórico e convidou Gideão para reinar sobre eles, e da sua família formar uma dinastia, doravante. Gideão não aceitou o honroso convite, pois entendeu que fora chamado para libertar e não para reinar (8:22-23).

 

1. O Memorial de Ouro que Não deu Certo

Apelando Gideão para que todos lhe trouxessem o ouro despojado dos midianitas, foi atendido de bom grado. Reuniram nada menos do que mil e setecentos siclos de ouro, com o qual Gideão mandou fundir estola sacerdotal, que erigiu na praça de Ofra, sua cidade, como possível memorial às futuras gerações sobre a espetacular vitória ganha sobre os midianitas (8:27-27).

 

2. De Monumento à Idolatria

Até aí, Gideão sempre havia consultado a Deus em tudo que ia fazer, mas na questão da estola não o fez, agindo sozinho. Por isso, não deu certo.

 

A estola é a túnica externa do paramento sacerdotal. Traz nas orlas as duas pedras de ônix, contendo os nomes dos doze filhos de Israel (Êx 28:8-10). Estavam também nela o Urim e o Tumim, luz e perfeição, por meio dos quais o sumo sacerdote consultava ao Senhor sobre assuntos públicos, de interesse nacional (Lv 8:8; Nm 27:21; 1Sm 28:6).

 

Para o povo hebreu, já tendente à idolatria, era muito fácil transformar o memorial de ouro, em forma de estola, em objeto de adoração, tendo em vista o símbolo e o hitórico da estola sacerdotal. Foi o que aconteceu.

 

Possivelmente, Gideão não esperava que isso viesse a servir de laço até mesmo para a sua própria família (8:27).

 

Entendo que Gideão recusou ser rei inclusive porque não era da vontade de Deus que ele fosse, mas não entendo que ele recusou a liderança, pois foi líder como juiz. Muito menos por covardia.

 

Então discordo desse trecho e de sua implicação para o leitor, e recomendo a exclusão de ambos.

 

Contudo, não cremos que Gideão tenha contribuído intencionalmente para o povo pecar, foi apenas um descuido. Até porque, neste particular, Gideão não consultou a Deus, como fazia anteriormente.

 

O fato de Israel ter transformado a estola em objeto de idolatria deve ter causado a Gideão muita tristeza nos seus últimos dias, uma vez que aquilo foi um laço para ele próprio e para a sua casa.

 

Não foi Gideão apenas um homem valente e corajoso, mas, principalmente, de fé extraordinária, submisso e obediente a Deus.

 

O importante é que seu nome está gravado na galeria dos heróis da fé, na Carta aos Hebreus, e dele testifica o Espírito Santo: “E que mais direi ainda? Certamente que me faltará o tempo necessário para referir a respeito de Gideão… que por meio da fé… praticou a justiça… obteve promessas… escapou ao fio da espada… da fraqueza tirou força… fez-se poderoso na batalha… pôs em fuga exércitos estrangeiros” (Hb 11:32-34; Jz 7:19-22).

 

 

  Conclusão   - Gideão não era homem especial. Era trabalhador como a maioria de nós, uma pessoa simples, mas que, ao ouvir o chamado de Deus, obedeceu, e Deus fez grandes coisas por meio dele. Assim como Gideão, enquanto buscarmos a orientação de Deus, Ele nos ajudará a consagrar a nossa vida, nossa casa e ate mesmo as pessoas ao nosso redor. Quando agiu sem consultar a Deus, Gideão levou todo o povo a pecar.

 

A forma de seguirmos firmes nos caminhos do Senhor, seja em nosso trabalho, em nossa família ou onde quer que for, é buscando a vontade de Deus e obedecendo a ela. Só assim poderemos fazer coisas “maiores do que estas” (Jo 14:12 NVI).

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

 

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