03.06.2019
Texto Básico: 1Reis 1:32-40
Texto Devocional: 2Crônicas 1:1-3
Texto Chave: 2Crônicas 1:10: “Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que eu saiba conduzir-me à testa deste povo; pois quem poderia julgar a este grande povo?”
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1Reis 1:11-31 |
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1Reias 2:1-12 |
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1Reis 5:1-12 |
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2Crônicas 3:1-17 |
Domingo |
2Crônicas 7:11-22 |
Salomão, o filho mais jovem do rei Davi, teve o seu nascimento o nome preanunciados por Deus. Seu nome significa “pacífico”.
Ao nascer, o profeta Natã segurou-o nas mãos e chamou-o: Jedidias – o amado de Deus (2Sm 12:25). Em meio a ambiente tumultuado pela velhice do rei Davi, com a pressão do filho mais velho querendo se apossar do trono à revelia do pai, mais a preocupação dos conselheiros da corte, Davi convocou a assembleia e apresentou Salomão como seu legítimo sucessor (1Cr 28:1-8).
Em seguida deu-lhe instruções e o aconselhou a ser piedoso, temente e observador da lei de Deus, corajoso e enérgico. Assim, Davi o proclamou rei em todo o Israel (1Cr 28:9-10; 29:22-25; 1Rs 1:32-40).
I. Salomão e o Início do seu Governo .
1. Salomão Demonstrou Prudência e Cautela
Consciente da grande responsabilidade assumida, Salomão subiu aos sacerdotes em Gibeá, onde estava o tabernáculo, e ali promoveu grande culto de adoração a Deus. Por meio dos sacerdotes, consultou a Deus sobre a melhor maneira de governar, com acerto, o povo do Senhor.
Reconhecido e grato, fez sacrifícios e oferendas a Deus (2Cr 1:2-9).
2. Salomão Buscou Apoio, Participação e Unidade
A despeito de governo monárquico, foi simples e democrático. Serviu-se do ensejo para falar a toda a nação por meio dos líderes:
a. aos capitães de mil e de cem – o exército;
b. aos príncipes – gente influente do povo;
c. aos juízes – o poder judiciário;
d. aos chefes de família – os clãs.
Com essa tática, Salomão deu o recado a todos os segmentos populares.
II. Salomão e Seu Dom de Sabedoria .
Tudo que Salomão pediu em sua sincera oração a Deus foi que lhe desse o dom de sabedoria, para que governasse bem, sábia e justamente a seu povo. Tendo em vista a sua grandeza de alma e boas intenções, Deus lhe concedeu o que pediu (2Cr. 1:8-13). Deus o fez de gato um sapientíssimo conhecedor, tanto das coisas humanas como divinas, não sendo igualado nem antes, nem durante e nem depois dele (2Cr 1:11-12).
1. Testes Comprobatórios da Sabedoria de Salomão
a. Disputa entre mulheres (1Rs 3:16-28) – Duas mulheres disputavam entre si o mesmo bebê como filho. Não havendo testemunhas nem acordo entre elas, Salomão apelou para o sentimento maternal de ambas. Mandou que o guarda dividisse a criança em duas partes com a espada e desse um pedaço a cada uma das reclamantes. Uma delas aceitou pacificamente a decisão. A outra reagiu, desistindo do seu direito, para que tal não acontecesse ao menino. Diante disso, o rei ordenou que se desse a ela o menino vivo, concluindo que era a sua mãe.
b. Visita da Rainha de Sabá (2Cr 9:1-9) – As caravanas mercantes de especiarias que iam para o Ocidente passavam por Israel e voltavam relatando a fama e a grandeza do príncipe dos hebreus. A rainha da lendária Sabá (país situado no extremo sul da Arábia) resolveu tirar a limpo a história que até lhe parecia exagerada. Então, preparou uma caravana montada em camelos (na época, eram os navios do deserto) e foi levando presentes custosos e, talvez, uma agende de perguntas enigmáticas previamente preparada pelos seus conselheiros da corte, para testar a inteligência do rei Salomão.
Que surpresa! Salomão decifrou todos os enigmas com elegância e desenvoltura. Depois de vê-lo e ouvi-lo, confessou que o que ouvira a seu respeito em Sabá não era nem a metade do que constatou pessoalmente.
Assim a rainha voltou glorificando a Deus de Israel, elogiando e admirando muito o rei, sua corte, seu trono, sua mesa farta, até os trajes dos que serviam no palácio.
2. A Excelência da Sabedoria de Salomão
(1Rs 4:29-33)
Inteligência, sabedoria e conhecimento eram a sua tônica, pois eram como areia na praia do mar, e ele não tinha semelhante no mundo de então.
a. Poeta e Conselheiro: compositor de três mil provérbios e mil e cinco cânticos, sendo o Cântico dos Cânticos o melhor de seus cânticos (v.32).
b. Botânico: discorreu sobre as mais variadas plantas da terra (v.33).
c. Biólogo: discorreu sobre animais, aves, répteis e peixes (v.33).
D Diplomata Internacional: chamou a atenção do mundo inteiro. Todo o mundo se debruçava para ouvir os seus conselhos e desfrutar a sua sabedoria (v.23-24)
III. Salomão e Sua Prosperidade .
No pedido que Salomão fez a Deus não transparece nenhum interesse de ordem pessoal, tão somente visava o benefício nacional.
- Não pediu riquezas nem honras – nada de ambição.
- Não pediu a morte dos adversários do reino – nada de maldade.
- Não pediu longa vida para si – despreocupado ((2Cr 1:10)
Espontaneamente Deus disse a Salomão: “te darei riquezas, bens e honras, quais não teve nenhum rei antes de ti, e depois de ti não haverá teu igual” (2Cr 1:12).
1. Outo e prata eram abundantes em Jerusalém nos dias do rei Salomão, e bem assim as madeiras de lei trazidas de terras distantes (2Cr 1:15; 1Rs 10:11-12).
2. Carros e cavalos, em quantidade e qualidade, importados do Egito e da Cilícia. Mais de doze mil cavaleiros faziam parte do aparato de segurança real (2Cr 1:14).
3. Centro de atração: Salomão e seu reino eram verdadeiro centro de atração:
a arrecadação de impostos das caravanas mercantes (1Rs 10:14-15);
as riquezas e o luco da casa real e do seu trono (1Rs 10:18-20);
as riquezas dos utensílios da mesa do rei e da sua casa de campo. Observe como a prata nem tinha valor em face da exuberância do outo sob o poder de Salomão (1Rs 10:21-22).
Sendo Salomão o maior, o mais sábio e o mais rico, o mundo todo queria ouvi-lo e trazer-lhe presentes custosos, e assim o enriqueciam ano após ano (1Rs 10:23-25).
IV. Salomão e o Seu Fracasso Espiritual .
Depois de descrever toda a magnificência do rei Salomão, parece um paradoxo o título desta lição: “Salomão, rei com o coração vazio”. Até agora, em tudo se mostrou repleto e esplendoroso. Entretanto, Salomão terminou a sua vida em grande fracasso espiritual, decorrente de dois graves erros.
1. Poligamia e Sensualidade
Era comum selar alianças de paz entre países por meio de casamento entre reis e princesas. Certamente muitos dos casamentos de Salomão foram por força de alianças políticas.
A verdade é que o harém real chegou a ter setecentas esposas e trezentas concubinas (1Rs 11:3). Tal procedimento quebrava a ordem divina para um rei de Israel, pois lhe era proibido tanto multiplicar mulheres como importar cavalos do Egito (Dt 17:16-17; 1Rs 11:12).
2. Idolatria Inconsequente
A idolatria foi sempre o problema sério de Israel. Salomão também não escapou da armadilha, e as consequências foram funestas para sua família e para a nação, depois da sua morte (1Rs 11:4-13).
Salomão conhecia bem o Senhor e sabia que não deveria seguir outros deuses, porém não continuou fiel a Jeová até o fim (1Rs 9:1-7). Cada uma das mil mulheres do harém do rei trouxe do seu país o seu ídolo, com o direito de adorá-lo.
Levianamente, Salomão, já na velhice, deixou-se influenciar por elas, abandonou o Senhor e aderiu à adoração idólatra nos altos (1Rs 11:1-10). A poligamia e a idolatria de Salomão foram os cupins que corroeram a nação tanto espiritual como materialmente.
As mil mulheres, seus filhos, suas ajudantes, a construção e manutenção de centenas de altares e toda a orgia palaciana, tudo era sustentado com os impostos da nação (1Rs 4:20-23). Avalie os gastos!
Enfim, era de fato Salomão um rei com o coração vazio, espiritualmente. Sabiamente aconselho a muito, mas não atendeu os conselhos de Deus. Ao morrer, deixou os súditos insatisfeitos e um reino insustentável. Com a falta de tática de Roboão, seu filho sucessor, o reino do grande rei desmoronou (1Rs 12:1-19).
Conclusão - Quantas lições para nós! Até hoje Satanás usa a atração do sexo oposto para levar muitos crentes à destruição espiritual, e com isso à apostasia.
Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br