10.06.2019
Texto Básico: 2Crônicas 15:1-18
Texto Devocional: Salmo 24:1-10
Texto Chave: 2Crônicas 14:2: “Asa fez o que era bom e reto perante o Senhor, seu Deus.”
Leia a Bíblia diariamente:
Dia |
Texto |
Segunda |
2Crônicas 14:9-15 |
Terça |
2Crônicas 15:1-19 |
Quarta |
2Crônicas 16:1-6 |
Quinta |
2Crônicas 16:7-10 |
Sexta |
2Crônicas 16:11-14 |
Sábado |
Apocalipse 2:1-7 |
Domingo |
Salmo 1:1-6 |
Asa foi o terceiro rei de Judá depois da divisão do reino; seu reinado durou 41 anos (1Rs 15:9-24 e 2Cr 16:13). Ele foi criado debaixo de circunstâncias desfavoráveis para a produção de um monarca piedoso, sábio e zeloso. Seu pai era o rei Abias e sua avó, Maaca (2Cr 11:20), chamada de “rainha mãe” (2Cr 15:16), a quem Asa depôs desa dignidade por causa de sua idolatria e imoralidade.
Nota do revisor: É bom notar que Maaca era “rainha-mãe”, mas a Bíblia não diz que ela foi “destronada” porque esse título não lhe dava governo do país (regência). P rei já era Asa.
O que caracterizou o reino de Asa foi a grande e corajosa reforma que ele realizou em Judá. Por mais que o rei Abias tentasse consertar os desmandos do seu pai Roboão e sua mãe Maaca, pouca coisa conseguiu fazer, ficando a grande reforma a cargo de seu filho, que foi estimulado por esta mensagem que recebeu do Senhor por intermédio do profeta Azarias: “Mas sede fortes, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra terá recompensa” (2Cr. 15:7).
Toda e qualquer reforma exige lutas, coragem e muito trabalho; especialmente quando se trata de mexer com os sentimentos do povo. Foi exatamente o que aconteceu no reinado de Asa. Mas “ele fez o que era bom e reto perante o Senhor, seu Deus”.
Houve quatro reformas empreendidas pelo rei:
I. Reforma Espiritual
“Ouvindo, pois, Asa estas palavras e a profecia do profeta, filho de Odede, cobrou ânimo e lançou as abominações fora de toda a terra de Judá e de Benjamim, como também das cidades que tomara na região montanhosa de Efraim” (2Cr 15:8).
As abominações eram os atos carnais que se praticavam nos serviços religiosos do povo de Deus. Foi exatamente por aí que o rei começou o seu trabalho de reerguimento político e social de Judá. Paulo é incisivo quando, falando aos colossenses sobre a necessidade de uma mudança espiritual, usa o verbo “despojar” (Cl 3:8), que quer dizer: lançar fora as práticas que prejudicavam a vida social, política e espiritual de um povo.
II. Reforma Litúrgica
“E renovou o altar do Senhor, que estava diante do pórtico do Senhor” (2Cr 15:8). O altar sempre esteve relacionado com culto, com ato de adoração, com sacrifício. Onde se construía um altar era exigido respeito, reverência e ordem (Gn 8:20; 12:6-8; 22:9; Êx 17:15; 20:24-26; Js 8:30-31; Jz 6:2-26; 2Sm 24:18-25). O altar está ligado com o ofício do culto, isto é, com a liturgia. A liturgia não é simplesmente um programa escrito. Liturgia é a expressão da nossa fé; é a teologia em atos de adoração.
Quando Asa renovou o altar do Senhor, ele estava exigindo uma reforma no ofício do culto.
Quando Paulo, em 1Coríntios 14:40 dia: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem”, está mostrando que o ofício de um culto é um ato profundamente espiritual e não uma distração para o povo de Deus. O culto tem a ver coma proclamação das “virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9).
II. Reforma Ética
“O rei Asa depôs também a Maaca, sua mãe, da dignidade de rainha-mãe, porquanto ela havia feito a Aserá, uma abominável imagem; Asa destruiu-lhe a imagem, que, feita em pó, queimou no vale de Cedrom” (2Cr 15:16). O que Asa fez com a deposição de Maaca, que de fato era sua avó, foi a moralização do governo.
Foi uma reforma ética. O comportamento da família real, com o escandaloso nepotismo, estava desmoralizando o governo. Desde a divisão do reino, começando com Roboão, depois com Abias e até chegar a Asa, o que podemos observar é a quebra da ética no tratamento que se dava aos assuntos governamentais. Os interesses movidos pelo nepotismo eram mais pessoais do que nacionais. Foi exatamente com esse nepotismo que Asa acabou, quando depôs sua avó.
IV. Reforma Estética
“Trouxe à Casa de Deus as coisas consagradas por seu pai e as coisas que ele mesmo consagrara: prata, ouro e objetos de utilidade” (2Cr 15:18). O rei levou as suas reformas até mesmo à aparência estética do templo. Ele cuidou de tudo, devolvendo à “Casa do Senhor” os objetos que foram preparados e consagrados para ornamentar o santuário.
Parece que foi por causa desse descuido com a estética da Casa de Deus que o profeta Ageu se levantou (Ag 1:2-3). O rei Asa procurou um lugar para cada coisa e colocou cada coisa no seu lugar.
Conclusão - Refletindo sobre a vida do rei Asa, que “fez o que reto perante o Senhor, seu Deus”, e sobre sua grande obra como monarca no reino de Judá, destacamos aqui algumas lições que elas nos ensinam:
1. Uma reforma espiritual é uma volta aos sentimentos do primeiro amor.
2. Uma reforma litúrgica é a reparação dos desvios em nossos atos de adoração.
3. Uma reforma ética conduz à transparência em nossa conduta cristã, dentro e fora da igreja.
4. Uma reforma estética é olhar e refazer as coisas de Deus com bom gosto.
Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br