TV PIBCI

Leitura Diária


10.12.2019

Em Direção à Galileia

Pr. Dionatan Cardoso

 

 

Texto Básico: João 4

 

Texto Chave: João 4:42: “Agora não mais por causa do que você falou que nós cremos, mas porque nós mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.”

 

Leia a Bíblia diariamente:

 

Dia

Texto

 Segunda

 João 4:1-26

 Terça

 João 4:27-42

 Quarta

 Gênesis 33:17-20

 Quinta

 Josué 24:29-33

 Sexta

 Deuteronômio 8:1-10

 Sábado

 João 7:37-39

 Domingo

 1Coríntios 15:12-19

 

 

O capítulo 4 é uma descrição dos fatos ocorridos durante a viagem que Jesus e os discípulos fizeram saindo da Judeia e seguindo até a Galileia, percurso de aproximadamente 170 km. Para os dias atuais, uma viagem curta, mas naquele contexto, uma viagem que durava dias. A questão é que não era apenas um deslocamento geográfico, mas um plano de atuação de Jesus para anunciar a salvação.

 

 

  I. O Encontro com a Mulher Samaritana  

  (2:1-11)  

 

Após um tempo pregando e batizando na Judeia, Jesus e os discípulos seguiram para a Galileia por causa dos fariseus (v.1-3). Para essa viagem, havia duas rotas possíveis: (1) seguir pela Transjordânia – caminho mais longo e que passava por terras gentílicas; (2) passando por Samaria – caminho mais sinuoso, porém mais curto. Observe o que o texto diz: “E era-lhe necessário passar pela região de Samaria” (v.4). Os estudiosos acreditam que o uso do pronome pessoal “lhe”, referindo-se a Jesus, indica que a rota de Samaria foi intencional.

 

1. Quebra de Paradigmas (4:1-9)

Precisamos entender algumas coisas:

- no contexto do AT, Samaria era a capital do Reino do Norte;

- durante o período do cativeiro assírio, houve miscigenação dos judeus do Reino do Norte com os estrangeiros (2Rs 17:24-41);

- a partir de então, os samaritanos passaram a ser considerados como rebeldes políticos, impuros etnicamente e diante da religião judaica.

- por causa disso, eram proibidos de cultuar no templo judaico, assim construíram seu próprio templo no monte Gerezim.

 

Estando cansado da viagem, por volta do meio-dia, Jesus Se sentou perto de um poço (v.6). Naquele momento, aproximou-se uma samaritana e ouviu de Jesus “Dê-me um pouco de água” (v.7). Os discípulos tinham ido à cidade (v.8). Surpresa, a mulher perguntou: “Como, sendo o senhor um judeu, pede água a mim, que sou mulher samaritana?” (v.9). Jesus estava rompendo paradigmas. Não era costume um judeu conversar com uma mulher, muito menos uma samaritana. Destaquemos o fato de ela ir buscar água ao meio-dia. Isso revelou que era isolada das demais mulheres, provavelmente por causa dos muitos maridos que tivera (v.17-18). A maioria das mulheres costumava buscar água em horários de menor calor.

 

2. Mensagem de Salvação (4:10-19)

Aqui temos um dos cenários mais fascinantes da história: Jesus, sendo judeu, falando de Si para uma mulher samaritana. No início, Ele provoca uma reflexão sobre Sua identidade e autoridade: “Se você conhecesse o dom de Deus e quem é que está lhe pedindo água para beber, você pediria, e ele lhe daria água viva” (v. 10). Mas o que era “água viva” para aquela mulher? A mulher não entendeu porque na época chamavam água corrente/ lençóis de água, de água viva. Ela só consegui enxergar os suprimentos deste mundo. Quando Jesus falou de suprimentos espirituais, ela não entendeu.

 

Então, Jesus contrapôs o significado da água deste mundo com a água espiritual (v.13-14; 7:38-39). Falou da água da vida, com a qual ninguém mais terá sede de beber. A ideia é que em Cristo somos totalmente satisfeitos e, por isso, toda angústia (dese) é eliminada.

 

Agora observe que a mulher insistiu em pedir algo terreno (v. 15). Havia outras duas fontes mais próximas, porém ela foi na que ficava mais longe. Seu desejo era que Cristo provesse água terrena suficiente para não mais precisar voltar a nenhum poço e, com isso, isolar-se ainda mais.

 

Jesus continuou provocando reflexão na mulher ao perguntar sobre seu marido (v.16). A questão é que ela buscava satisfação em amantes – não tinha marido (v.17). Jesus apresentou conhecimento sobrenatural das coisas (v.17-18) e revelou a condição da vida dela. Somente neste momento vemos lampejos de compreensão espiritual por parte da mulher: “Agora eu sei que o senhor é um profeta!” (v.19).

 

3. Significado de Adoração (4:20-26)

A mulher mudou totalmente de assunto, pois não queria falar sobre sua vida, porém, revelou interesse em conversar um pouco mais com Jesus. Questionou sobre o lugar de adoração: no monte Gerizim, em Siquém, ou no monte Sião, em Jerusalém (v.20). Jesus acompanhou o raciocínio dela, pois havia oportunidade de ensino. A resposta de Jesus revela que a adoração verdadeira ocorre somente Nele (v.21), que a salvação vem por meio Dele (v.22),e o modo da adoração exige autenticidade por parte de quem adora (v.23-24). Os samaritanos tinham esperança messiânica (v.25). Então o pronunciamento aconteceu: “Eu sou o Messias, eu que estou falando com você” (v.26).

 

Quando os discípulos chegaram, estranharam a conversa entre Jesus e uma mulher (v.27), porém, não evidenciaram preconceito (v.27). A expressão “deixou o seu cântaro” (v.28) sinaliza que ela estava com pressa de voltar à cidade ou que deixou de valorizar as coisas deste mundo para anunciar o Messias (v.28-29).

 

 

  II. A Conversa com os Discípulos  

  (4:27-38)  

 

A conversa entre Jesus e a samaritana chegou ao fim. Porém, Ele ainda estava com sede e fome. Ali tinha água e comida à Sua disposição, mas Jesus recusou beber e comer naquele momento (v.31). Ele quis ensinar que no Reino existem prioridades (v.32); Dt 8:3). Assim como a mulher entendeu errado o sentido de água viva, os discípulos erraram o sentido de comida que é a vontade do Pai (v.33). Por isso, Jesus explicou o significado desse alimento espiritual (v.34).

 

Jesus continuou Seu ensino falando de algo conhecido na época – plantação e colheita (v.35). O que considerou é que há um tempo determinado para se colher um plantio. Afirmou que o tempo de colher frutos espirituais havia chegado (v.35-36).

 

 

  III. O Encontro com Outros Samaritanos  

  (4:39-42)  

 

Na sequência, o apóstolo João narra que outros samaritanos ouviram e creram em Cristo. O diálogo entre a samaritana e Jesus gerou grandes frutos (v.40-41). Aquele povo marginalizado pelos judeus gozava da presença do próprio Messias entre eles. A declaração do povo sintetiza a importância desse evento: “Agora não é mais por causa do que você falou que nós cremos, mas porque nós mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. (v.42).

 

 

  IV. O Encontro com o Oficial do Rei  

  (4:43-45)  

 

Jesus e Sua comitiva seguiram viagem (v.43). Na Galileia, foram recebidos por aqueles que tinham estado com eles em Jerusalém, por ocasião da Páscoa (v.45). Se analisarmos o Evangelho de João como literatura, veremos que João, nos versículos 46-54, completo o tema que começou em 2.1. O local é o mesmo, e Jesus novamente falou sobre fé.

 

Em Caná, um oficial, motivado pela doença do filho, foi ao encontro de Jesus (v.46-47). A partir desse momento é possível perceber uma série de lições sobre fé.

 

1. Despertamento (4:47)

O verso descreve o encontro entre aquele oficial desesperado e Jesus. Em toda aquela região, Jesus só tinha feito um único milagre: transformado água em vinho (2:1-11). De alguma maneira, aquele oficial despertou para a fé em Jesus mesmo não tendo visto milagres.

 

2. Desprendimento (4:48-49)

Jesus aproveitou aquela situação para ensinar sobre o valor da fé (v.48). O desespero do pai se intensificou com a possibilidade de não ser atendido (v.49), pois sua única preocupação era a cura do filho. O texto sugere desprendimento de sua alta posição por compaixão ao filho.

 

3. Declaração (4:50)

Ao longo de Seu ministério, Jesus operou milagres de muitas maneiras. Naquela ocasião, Ele decidiu apenas falar - “Vá, o seu filho vai viver” (v.50). O homem creu que a palavra de Jesus era verdadeira (v.50). O verbo que aparece no texto é pisteuo, que significa estar persuadido. Naquele momento, o filho foi livre da morte física, e o pai foi livre da morte espiritual.

 

4. Demonstração (4:51-53)

Antes de chegar ao seu destino, o oficial recebeu uma notícia fantástica (v.51). Aquele homem precisava confirmar no íntimo que o milagre viera de Cristo. Então, o veredicto foi dado (v.52). Tudo se encaixava perfeitamente (v.53). Aquele oficial se tornou discípulo de Jesus e persuadiu toda a sua família a crer em Jesus (v.53).

 

 

  Conclusão  

 

Verificamos que nenhum passo de Jesus foi dado de maneira aleatória. Os samaritanos e a família do oficial do rei foram alcançados por Jesus por causa de Sua estratégia ao longo do percurso. Que essa viagem tenha revelado ao seu coração quanto a fé em Cristo é importante e como devemos amar e buscar os perdidos!

 

 

 

 

 

 Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

 

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