TV PIBCI

Leitura Diária


04.02.2020

Autoridade Sobre a Vida e a Morte

Pr. Dionatan Cardoso

 

 

Texto Básico: João 11-12

 

Texto Chave: João 11:42: “Eu sei que sempre me ouves, mas falei isso por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.”

 

Leia a Bíblia diariamente:

 

Dia

Texto

 Segunda

 João 11:1-16

 Terça

 João 11:17-35

 Quarta

 João 11:36-46

 Quinta

 João 11:47-57

 Sexta

 João 12:1-19

 Sábado

 João 12:20-43

 Domingo

 João 12:44-50

 

 

Os capítulos 11 e 12 permitem uma reflexão séria e oportuna no que se refere ais dilemas naturais da vida e da morte, e demonstram a compaixão de Deus por aqueles que sofrem o luto. Entretanto, a principal mensagem é que deus tem autoridade sobre a vida e a morte, tanto física como espiritual.

 

 

  I. Jesus, o Doador da Vida  

  (11:1-44)  

 

 

1. Pano de Fundo (11:1-5)

A passagem trata do dilema de uma família amada por Jesus que morava em Betânia (v.5). Um de seus membros, Lázaro, ficou doente (v.1) e faleceu (v.14). O drama se desenvolveu com o recado das irmãs de Lázaro (v.3) que transmitia o desejo de que Jesus o curasse. Aquele evento revelaria a glória de Deus e a vitória de Cristo sobre a morte (v.4).

 

2. Os Discípulos são Provados (11:6-16)

Observem que Jesus aguardou dois dias antes de ir a Lázaro (v.6). Tente imaginar o grau de ansiedade que a atitude Dele gerou (v.21-22). Depois, Jesus chamou os discípulos, e seguiram para a Judeia (v.7). Os discípulos foram testados quando Jesus os chamou para retornar a uma região de perseguição (v.8-16). Algumas metáforas do texto são: “dia” - simbolizava o tempo do ministério de Jesus na terra; “sono” - para afirmar a morte de Lázaro.

 

3. A Família é Provada (11:17-33)

Jesus chegou a Betânia onde a família morava (v.17), pois era comum as pessoas se locomoverem para consolar enlutados (v.18-19). Marta rapidamente foi ao encontro do Mestre, enquanto Maria permaneceu em casa (v.20). Marta não almejava a ressurreição imediata do irmão, e sim o consolo de Cristo (v.21-24). Jesus usou uma espécie de dualismo para afirmar a Sua autoridade (v.25-26). Isso significa que Ele é o Senhor e Doador da vida física e da vida espiritual. Marta encontrou o consolo que procurava (v.27).

 

Maria se encontrou com Jesus logo em seguida (v.28-31). Num lindo ato de adoração, ela se prostrou diante de Jesus aos prantos (v.32). O choro de Maria levou Jesus à comoção, não pela morte de Lázaro, mas pelo efeito devastador que o pecado tem sobre os homens (v.33-37).

 

4. O Milagre é Realizado (11:34-44)

Conforme as palavras de Marta, não havia mais sentido nem expectativa em querer ver de perto um corpo em estado de putrefação já há quatro dias (v.38-39). Porém, todos testemunharam o grande milagre da ressurreição (v.40-44). Imagine as pessoas testemunhando com os próprios olhos aquele milagre e tendo que reconhecer que Jesus é Senhor e Doador da vida!

 

JOÃO PARA HOJE → Sabemos que Deus Se compadece de nós em nosso sofrimento. Quando sofremos, precisamos entender que existe um Deus e que Ele não é alheio a nós. Precisamos também crer que Ele age de acordo com a Sua sabedoria e o que Ele faz é o melhor!

 

 

  II. Jesus em Risco de Morte  

 (11:45-57) 

 

A reação de alguns dos religiosos judeus por causa o milagre da ressurreição de Lázaro revelou certa ironia: Jesus é o Doador da vida, mas por causa da ressurreição, Ele provocou risco de morte para Si mesmo (v.45-46). Observe que os religiosos não negaram a veracidade do milagre (v.47), mas ficaram preocupados em perder a posição diante dos romanos (v.48). O próprio Caifás teve que reconhecer a singularidade de Jesus, porém propôs uma alternativa injusta: a morte (v.49-50).

 

Então, vemos todo risco de morte que Cristo foi submetido por ressuscitar Lázaro (v.53). Esta foi a razão de Jesus parar de andar de modo público (v.54). Não significa que Jesus estava com medo, mas simplesmente que Sua prisão e consequente morte aconteceriam no tempo certo. Porém, os religiosos continuariam a persegui-Lo intensamente (v.55-57).

 

JOÃO PARA HOJE → Como o orgulho cega! Mesmo tendo visto o poder de Cristo para dar vida a quem tinha morrido, alguns se recusaram a crer. O orgulhoso endurece o coração e prefere permanecer no erro a admitir a verdade de Deus.

 

 

  III. Jesus, a Família de Lázaro e as Multidões  

  (12:1-19)  

 

A relação de Jesus com esta família ia além do milagre da ressurreição (v.1-3). Todos os membros da família, de alguma maneira, serviram a Jesus: (1) “Marta servia” - trabalhava para que Jesus tivesse com alimento e hospedagem; (2) “Lázaro estava à mesa com ele” - papel do anfitrião [provavelmente proferindo gratidão]; (3) “Maria ungiu” - demonstrou honra a Jesus.

 

Agora observe o cenário oposto (v.4-8). João menciona a fala de Judas Iscariotes. Inicialmente aquelas palavras pareciam piedosas, mas indicavam um caráter reprovado. Judas não tinha intenção de fazer caridade. O que ocorria era que os apóstolos, às vezes, recebiam ofertas para manutenção do grupo, e Judas era o tesoureiro. Judas se aproveitava de sua posição e pegava parte do dinheiro. Não foi à toa que ele, por dinheiro, traiu Jesus (1Tm 6:10).

 

A ressurreição de Lázaro despertou a atenção de muitas pessoas, incluindo dos opositores de Jesus (v.9-11). Sem dúvida, eles foram até Lázaro porque queriam averiguar os fatos sobre a ressurreição. Mas os religiosos que pretendiam matar Jesus resolveram matar Lázaro também. Talvez porque matando Lázaro “desfariam” ou “esconderiam” o milagre de Jesus.

 

A sequência da narrativa mostra a entrada de Jesus em Jerusalém e o início do Seu sofrimento (v.12-19; cf Zc 9:9). Por causa da profecia, os judeus criaram uma grande expectativa sobre Jesus. Gritaram: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel!” (v.13). Mas pouco tempo depois gritaram ainda mais forte: “...Crucifique-o!...” (19:15). Ha duas multidões distintas aqui: (1) aqueles que tinham testemunhado a ressurreição de Lázaro (11:45), e (2) os peregrinos que tinham ido a Jerusalém com antecedência e agora saíam com ramos de palmeiras para encontrar Jesus (12:12). A primeira multidão era a grande responsável pela aproximação da segunda multidão.

 

JOÃO PARA HOJE → Essa história nos mostra que, mesmo que façamos o bem ao próximo, é possível que soframos consequências negativas. Mas isso não pode nos impedir de sempre fazer o bem. Você tem essa convicção? Está disposto a isso?

 

 

  V. Jesus Prediz Sua Morte  

  (12:20-50)  

 

Enquanto os judeus esperavam um discurso “revolucionário”, Jesus falou de morte. A morte física de Cristo é o caminho à vida espiritual do homem (v.20-26). Como escreve J. C. Ryle: “Nosso Senhor desejava que soubessem que Ele viera para carregar uma cruz e não para usar uma coroa. Ele não viera para desfrutar de uma vida de honra, tranquila e magnificente, mas para sofrer uma vergonhosa e triste morte. O reino que Ele viera estabelecer começara com uma crucificação e não com uma coroação… A paixão e a morte de Cristo resultariam em uma imensa colheita de benefícios para toda a humanidade”.

 

JOÃO PARA HOJE → Aquele que deseja ser salvo precisa se dispor a morrer para si mesmo. É necessário mortificar seu amor ao mundo e a si mesmo para viver vida plena em Cristo. Quem decide pelo amor ao mundo não tem o amor do Pai! (1Jo 2:15-17) “Se alguém me serve, siga-me...” (v.26). Qual a sua decisão?

 

A morte de Cristo é o modelo para o homem glorificar a Deus (v.27-29). Embora Cristo sofresse a angústia da dor física, Ele sabia perfeitamente para que viera. Significava ser preso, amarrado, esbofeteado, chicoteado, ridicularizado, crucificado e morto. A maneira mais plena de glorificar a Deus é obedecendo às Suas ordens (cf. 14:21).

 

Não podemos perder de vista que a morte de Cristo é a punição pelos pecados de todos nós (v.30-36) em substituição por nossa condenação (Rm 3:25-26). Ao anunciar o gênero de Sua morte, Cristo declarou salvação aos eleitos e condenação aos ímpios.

 

Esse foi o último discurso de Cristo direcionado às multidões, depois Ele só falou aos discípulos. Na seção que vai dos versos 37-50, João apresentou uma síntese de tudo que ensinou nos capítulos de 1 a 12. Não é exagero dizer que aqui temos o plano da salvação dito em “palavras curtas”.

 

Quatro sentenças que resumem o teor do ensino de João, o apóstolo.

 

1. A Profunda Incredulidade do Coração Humano (12:37-41)

Cometemos um grande erro ao supor que contemplar milagres converte pecadores. O verso 37 revela quão profunda é a incredulidade que habita o coração do homem sem Cristo. Pela exclusiva autoridade e ação de Deus, tais pessoas tiveram o entendimento cegado. O texto de Romanos 11:7-25 explica melhor essa tensa compreensão do controle de Deus. Não nos compete compreender plenamente este mistério, mas tão somente crer.

 

2. A Necessidade de Renúncia dos Privilégios do Mundo (12:42-43)

Esses versos relatam que alguns líderes judeus “acreditaram” em tudo que viram em Cristo. Não era uma crença para a salvação, pois não tinham coragem de confessar a fé em Jesus. Segundo J.C. Ryle, “esses homens estavam convencidos de que Jesus era o Messias. A consciência, a mente e o raciocínio deles os obrigavam a admitir, em oculto, que ninguém poderia realizar aqueles milagres se Deus não tivesse com Ele e que Jesus de Nazaré era o Cristo de Deus. Mas eles não tiveram coragem de confessar isso. Não se arriscaram a enfrentar o ridículo e, talvez, a perseguição envolvida em tal confissão. Desta maneira, covardemente ficaram quietos e guardaram consigo mesmos as suas convicções.”

 

3. O Único Jeito de Sair das Trevas é por maio da Luz (12:44-46)

Jesus reafirma o que já havia dito nos versos 35-36, Ele é a luz que livra o homem das trevas. Só é possível enxergar em meio a trevas quem tem a luz – a saber Jesus Cristo.

 

4. A Certeza de que o Mundo será Julgado por Deus (12:47-50)

João Revela que o propósito de Cristo aqui na terra foi a salvação (3:17-18). Contudo Jesus também proferiu palavras que apontam o julgamento de Deus. Não há dúvida de que um dia a ordem será restabelecida. E nesse dia todos os inimigos da cruz – anjos e pessoas – serão presos por toda a eternidade. Os salvos também serão julgados, mas apenas para confirmar a salvação.

 

 

  Conclusão  

 

Aprendemos quão grande são o poder e a autoridade de Jesus. Em Suas mãos está a morte e a vida; a salvação e a vida eterna. Seu grande amor por nós Se revela em Sua disposição de sofrer e morrer em nosso lugar. Ao tomarmos consciência desse grande poder, encontraremos paz e segurança em Seu amor e cuidado por nós.

 

 

 

 

 

 Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

 

Comentários


(28) 3522-0419

Avenida Beira Rio, 93 - Guandu - Cachoeiro de Itapemirim - ES

© Primeira Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim. Todos os direitos reservados.

 

Produção / Cadetudo Soluções Web