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Leitura Diária


17.02.2020

Corações Aflitos

Pr. Dionatan Cardoso

 

 

Texto Básico: João 14

 

Texto Chave: João 14:6: “Jesus respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

 

Leia a Bíblia diariamente:

 

Dia

Texto

 Segunda

 João 14:1-3

 Terça

 João 14:4-7

 Quarta

 João 14:8-11

 Quinta

 João 14:12-21

 Sexta

 João 14:22-24

 Sábado

 João 14:25-31

 Domingo

 Mateus 6:25-34

 

 

O capítulo 14 de João demonstra a perturbação por parte dos discípulos ao saberem da iminente partida de Jesus Cristo, assim como revela o maior consolo que eles poderiam receber naquele momento, a saber, o Espírito Santo.

 

 

  I. O Dilema Geral  

  (14:1-3)  

 

As palavras de Cristo são consolo, estímulo e direção singular para os crentes. No cenário original do texto, parece que os discípulos de Jesus ficaram tristes pela iminência de Sua partida. Ficariam sem o Mestre dos mestres que tanto ensinava e ajudava cada um deles. Foi então que Jesus lançou palavras de vida aos Seus discípulos e também a nós, nos dias atuais.

 

Vejamos alvos práticos extraídos das palavras de Jesus:

 

1. Consolar corações perturbados (14:1)

A preocupação e o medo tomaram conta do coração dos discípulos. Por isso, Jesus disse: “Que o coração de vocês não fique angustiado...”. Outra tradução: “Que seu coração não fique ais perturbado”. Os discípulos deveriam descansar, pois não estavam sendo abandonados (Mt 28:20). Noutras palavras é como se Cristo dissesse: “continuem confiando em Deus; continuem confiando também em mim”. É interessante observar que Jesus, mesmo à espera da cruz, foi quem confortou os discípulos.

 

JOÃO PARA HOJE – Jesus disse: “Portanto, não se preocupem com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mt 6:34). Preocupação ou ansiedade é uma forma clara de você dizer a Deus que não confia plenamente Nele (Mt 6:25; Fp 4:6). Exercite sua fé diariamente e entregue ao Senhor cada uma de suas preocupações.

 

2. Estimular pessoas desmotivadas (14:2-3)

Jesus já havia Se referido à casa do Pai, mas apontando para o templo (2:16). Aqui, porém, a casa a que Ele Se referiu não é física, mas espiritual. Cristo motivou os discípulos com a esperança da salvação. A única forma de os discípulos desfrutarem da salvação é por meio da morte e da ressurreição. Cristo estimulou o coração dos discípulos fazendo algumas promessas: (1) promessa de provisão: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”; “vou preparar um lugar pra vocês”; (2) promessa de retorno: “E, quando for e preparar um lugar, voltarei...”; (3) promessa de proximidade: “os receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, vocês estejam também”.

 

JOÃO PARA HOJE → Jesus está nos motivando a viver tranquilos na esperança de que todas as Suas promessas serão cumpridas. A Bíblia diz: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10:23). Como você pode ser encorajado e animar outros com essa verdade?

 

 

  II. O Dilema de Tomé  

  (14:4-7)  

 

Cristo direcionou os Seus discípulos para o único caminho que leva ao Pai (v:4,7). A questão foi que os discípulos não compreenderam aquelas palavras (v:5); cf 13:36-37).

 

O questionamento de Tomé deu a Jesus oportunidade de expandir Seu ensino. A ideia era que o Mestre iria para o Pai; depois os discípulos O seguiriam, porque Ele é o caminho (1Tm 2:5). O verso 6 é central e apresenta três substantivos que regem a semântica textual: caminho, verdade e vida. Tomás de Kempis, no livro Imitação de Cristo, diz: “Não é possível andar fora do caminho, não é possível conhecer fora da verdade, não é possível viver fora da vida. Eu sou o caminho pelo qual vocês devem andar; a verdade em que vocês devem crer, a vida na qual vocês devem pôr sua esperança”.

 

JOÃO PARA HOJE → Você tem dúvidas, como Tomé? O que faz com elas? Ore ao Senhor e procure alguém que o ajude a caminhar com mais segurança.

 

 

  III. O Dilema de Felipe  

 (14:8-11) 

 

Na sequência, vemos que outro discípulo se manifestou, Filipe. Nessa ocasião, ele fez um pedido indevido a Jesus (v.8). Filipe pediu um tipo de visão de Deus, assim como Moisés havia pedido no passado (Êx 33:18-20). Mas isso nunca seria possível, como o próprio João já havia ensinado (1:18). A questão é que Jesus tinha acabado de falar sobre o assunto em resposta a Tomé (v.7). Jesus respondeu apontando a ignorância de Filipe e a visão do Pai (v.9-11). Conhecer o Filho significa conhecer o Pai; ver o Filho significa ver o Pai invisível. Não se trata de uma visão palpável ou sensível aos olhos humanos, mas apenas conhecê-Lo por meio de Sua Palavra.

 

JOÃO PARA HOJE → O testemunho bíblico é a ferramenta para vermos e conhecermos a Deus. A Bíblica está diante de nós aqui e agora. Você tem desfrutado desse benefício maravilhoso? Que grande conforto para corações confusos ou preocupados!

 

 

  IV. A Solução de Cristo  

 (14:12-21) 

 

1. Os discípulos como instrumentos para a obra (14:12-14)

Cristo afirmou que os discípulos também fariam obras como Ele fez. O que dizer do fato de Cristo afirmar que eles fariam obras maiores do que viram ser feitas (v.12)? Duas possibilidades.

 

a. Visão mais abrangente, defendida por Augustus Nicodemos. As obras maiores das quais Cristo falou continuariam sendo obras de Cristo, mas agora feitas por intermédio do Espírito Santo, que viria após a partida de Jesus (Jo 16:7). Ao mesmo tempo, devemos considerar que sinais são só uma parte do todo. A expressão “obras” é mais abrangente que “sinais”. Obras também podem incluir o que Jesus fez: pregar, ensinar, ministrar aos pobres e, claro, fazer milagres se for da vontade de Deus. E tudo isso, perceba, não seria feito apenas pelos doze, mas por todos os crentes.

 

b. Visão específica, defendida por William Hendriksen e F.F. Bruce. O pleno significado destas palavras não se encontra nos milagres realizados pelos apóstolos. A dimensão dos milagres de Cristo é absurdamente maior e melhor. Parece mais provável que Cristo estivesse Se referindo ao maior número de discípulos. Atos dos Apóstolos prova essa tese com o número de conversões no decorrer da história. Em poucas palavras: “maiores obras” significa mais conversões.

 

De qualquer maneira, estas palavras constituem um encorajamento à oração (v.13-14). É importante notar a relação entre as orações e as obras maiores do verso anterior. O que isso significa? Deus atenderá aos pedidos que foram feitos na íntima relação com Suas obras, ou seja, Deus não está para nós como um serviçal pronto a atender nossos desejos terrenos, mas se nos compreendermos Sua plena vontade, pediremos coisas alinhadas com os desígnios de Deus. Se assim o fizermos, Ele nos atenderá. Mas lembre-se: tudo segundo os critérios de Deus e tão somente Dele.

 

JOÃO PARA HOJE → Ao ouvir as orações que tem feito, você diria que elas refletem a vontade de Deus? Você tem buscado a vontade do Senhor e procurado agir de acordo com os desígnios Dele?

 

2. O Espírito Santo como ajudador para a execução da obra (14:15-21)

A promessa de Jesus revela o ministério do Espírito Santo como ajudador, proprietário do corpo e intérprete das diretrizes divinas. O vínculo principal do nosso amor para Cristo é a obediência (v.15,21,23; 15:14; 1Jo5:2-3). É nesse contexto de amor a Deus em obediência que é feita a promessa do Espírito Santo (v:16-17). Note que, no texto, João indica que já existia um ajudador, e que nos seria dado “outro”. O primeiro ajudador foi o próprio Senhor Jesus (1Jo 2:1); o segundo é o Espírito Santo.

 

O Espírito Santo também é companhia para não ficarmos órfãos (v:18). A ideia é de que órfãos estão privados do seu provedor natural – Jesus Cristo. Mas não ficaríamos só. Duas interpretações possíveis para o trecho “voltarei para junto de vocês”:

 

a. conforme o verso 3, Jesus estaria Se referindo ao Seu retorno futuro;

 

b. de acordo com o contexto, Jesus estaria Se referindo ao Espírito Santo. De uma ou de outra maneira, sempre teremos um ajudador (Mt 28-19-20).

 

Jesus estaria com aqueles que tivessem o Espírito Santo (v.19). A compreensão dos fatos espirituais se daria por meio da revelação do Espírito Santo, que consequentemente nos leva a plena obediência das orientações bíblicas (v.20-21). Foi-nos dada a possibilidade de enxergar com novas lentes: as verdades do amor.

 

JOÃO PARA HOJE → Com a ajuda do Espírito Santo, Deus nos capacita mais e mais a obedecer à Sua Palavra. Você lê e procura entender e praticar a Palavra?

 

 

  V. O Dilema de Judas  

 (14:22-26) 

 

Nesse trecho, o questionamento é de Judas, não o Iscariotes, sobre a manifestação ou a revelação de Cristo (v.22). Notem que outra vez mudou o interlocutor: Tomé (v.5); Filipe (v.8) e Judas (v.22). Na sequência, Jesus apontou dois tipos de pessoas: obedientes e desobedientes (v.23-24). O salvo é identificado pela obediência que implica em amor do Pai, enquanto o ímpio é identificado pela desobediência, portanto, sem o consolo e a instrução do Espírito Santo.

 

Em resposta a Judas, Jesus então declarou duas ênfases do ministério do Espírito Santo: (1) “ensinará a vocês todas as coisas” (dificuldade natural e incompreensão 2:22; 12:16); (2) “fará com que se lembrem de tudo o que eu lhes disse” (cf 1Co 2:14-16). Qualquer dilema poderia ser orientado e vencido por aqueles que fossem regidos pelo Espírito Santo.

 

JOÃO PARA HOJE“Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (v.23). O Espírito Santo nos ensina e nos faz lembrar da palavra do Senhor. Cabe a nós aprender e obedecer. Quanto você tem aprendido e obedecido?

 

 

  V. A Sentença de Cristo  

 (14:27-31) 

 

Jesus concluiu a seção demonstrando alegria e paz (cf. Cl 3:15; Fp 4:7) em contraste com a perturbação dos discípulos naquela ocasião (v. 27-29; cf 14:1). Na sequência, Jesus lembrou da necessidade de Seu sofrimento (v.30). Não havia nenhuma autoridade do diabo contra Jesus, ao contrário, ele é sujeito a Cristo. No entanto, Satanás feriria o calcanhar de Jesus (Gn 3:15) – figura da morte na cruz, mas teria sua cabeça esmagada – figura da vitória de Cristo sobre a morte na cruz (ressurreição). A morte de Jesus é a maior figura do amor de Cristo pelo Pai (v:31).

 

 

  Conclusão  

 

Aprendemos com a separação entre pessoas que se amam gera dilemas, Mas também vimos como as palavras de Cristo e o auxílio do Espírito Santo são suficientes para transformar corações aflitos em corações alegres e dispostos a servir até o final.

 

 

 

 

 

 Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

 

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