02.04.2020
Pr. Dionatan Cardoso
Texto Básico: João 20-21
Texto Chave: João 19:20:29: “Jesus lhe disse: Você creu porque me viu? Bem-aventurados são os que não viram e creram”
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A narrativa bíblica ensina que Jesus morreu pelos nossos pecados e que Ele ressuscitou para que fôssemos justificados diante de Deus. Sem a morte e a ressurreição de Jesus, nossa fé seria nula e inútil, e a nossa pregação não teria valor algum. Esta lição é uma síntese da maior e mais amorosa mensagem que o homem pode ouvir - a ressurreição como prova do amor de Deus.
l. A Ressurreição de Cristo
(20:1-21:14)
1. Primeiros eventos (20.1-9)
Na sexta, a morte de Jesus na cruz havia sido consumada (19:28-37). No sábado, nada fizeram os discípulos, pois era dia sagrado para os judeus (Lc 23:56). No domingo bem cedo, as mulheres foram cuidar do corpo de Jesus (v.1). Tanto as mulheres quanto os discípulos constataram que o túmulo estava vazio(v.2-8). Eis a grande pergunta: O que significa o túmulo estar vazio? Havia duas possíveis respostas para essa pergunta, porém, somente uma era verdadeira. A primeira seria que outros discípulos teriam levado o corpo de Jesus - falsa (v.2); a segunda e verdadeira é que de fato Jesus ressuscitou dentre os mortos. Aleluia! A profecia foi cumprida! (v.9).
JOÃO PARA HOJE → “A grande diferença entre o cristianismo e as grandes religiões do mundo é que o túmulo de Jesus está vazio. Você pode visitar o túmulo de Buda. de Confúcio, de Maomé, de Alan Kardec, mas o túmulo de Jesus está vazio. Ele venceu a morte. Ele está vivo pelos séculos dos séculos." Hernandes D. Lopes.
2. Primeira aparição (20.10-18)
Mais uma vez notamos que os discípulos saem de cena (v-10), não compreenderam o ocorrido (v.9). No sepulcro, porém, permaneceu Maria, mulher que desejava ardentemente saber o paradeiro do Senhor Jesus (v.11). O que segue descreve o encontro entre Jesus ressurreto e Maria.
Maria Madalena (v.11) ficou à entrada do sepulcro tentando descobrir o que tinha acontecido. Foi então que ela viu dois anjos vestidos de branco (v.12). O apóstolo João claramente quer enfatizar o estado de espírito de Maria diante do sepulcro. Quatro vezes aparece a descrição do seu choro (v.11,13,15). A razão do choro é descrita no verso 13 – levaram o corpo de Jesus. A ausência do Mestre já havia provocado angústia nos discípulos antes mesmo da morte (14.1ss). E ainda provocou mais tristeza quando Jesus voltou para o Pai (At 1:10-11).
JOÃO PARA HOJE → As pessoas do passado e de hoje que não compreendem a morte e a ressurreição de Jesus estão fadadas ao choro e ao sofrimento. Paulo nos ensinou que a nossa esperança não pode ser limitada a esta vida (1Co 15:19). A ressurreição de Jesus é a premissa da nossa ressurreição (1Co 15:20). A história da redenção não pausou na morte, Cristo ressuscitou! Sua esperança está na vida eterna?
O verso 14 descreve a aparição de Jesus. Maria O viu, mas não O reconheceu. Ela conversou com Jesus, mas pensou estar falando com o jardineiro. Assim também são muitas pessoas: veem, mas não enxergam ou não entendem a verdade; escutam, mas não ouvem a verdade.
No verso 16, lemos que Jesus a chama pelo nome: "Jesus disse: Maria!" Uma pessoa só pode reconhecer Jesus se o próprio Senhor Se apresentar a ela. Rapidamente o choro de Maria se converteu em alegria súbita e adoração ao Mestre. O desejo de Maria era segurar Jesus e não O soltar mais (v. 17). Porém, em obediência ao Mestre, ela correu para os discípulos a fim de dizer: “Eu vi o Senhor!" (v.l8).
3. Outra aparição (20.19-23)
Depois de Se apresentar a Maria (20.10-18), Jesus apareceu aos discípulos. No entardecer do domingo, eles estavam reunidos e amedrontados. O medo extremo da perseguição dos judeus fez com que os discípulos se escondessem. O consolo de que eles precisavam veio pela aparição de Jesus (v.l9). Ao verem o Senhor, os discípulos foram tornados de grande alegria (v.20, cf. 16.22).
Três ações de Jesus para com os discípulos:
a. Comissão - Jesus deu uma missão (v.2l). Na oração do cenáculo, Jesus já havia indicado esse precioso momento (17.18). A missão de Cristo neste mundo foi confiada aos discípulos e também a nós - que grande privilégio! (Mt 28.16-20)
b. Capacitação - Jesus deu o poder (v.22). No início do evangelho, João descreve que Jesus foi guiado pelo Espírito Santo (1.32-34; 3.34). Depois ele diz que o Espírito não poderia ser dado aos discípulos antes da glorificação de Jesus (7.39). Neste momento havia chegada a hora de os discípulos receberem o Espírito como guia da vida deles (v.22). Posteriormente; a partir de Atos 1.8, o Espírito foi derramado progressivamente para os santos.
c. Compromisso - Jesus deu autoridade (v.23). Diante do arrependimento e da confissão, Jesus deu autoridade para os discípulos declararem o perdão de Deus.
4. Aparição a Tomé (20.24-29)
Após a ressurreição, Jesus apareceu à Maria (20.11-18) e a 10 discípulos (20.19-23). Porém, um aos discípulos, Tomé, não estava em nenhuma das ocasiões anteriores (v.24). Em algum momento oportuno, os dez discípulos contaram a Tomé que viram (v.25). O problema é que Tomé não acreditou na mensagem da ressurreição.
Algo curioso sobre Tomé – ele havia contemplado uma ressurreição (11:16ss). Mesmo sendo testemunha ocular de inúmeros milagres, Tomé não foi capaz de crer. Mesmo ouvindo das testemunhas oculares a respeito da ressurreição, Tomé não conseguiu acreditar. Tudo isso, porque sua fé estava balizada numa só coisa: sua própria visão e seus sentidos.
JOÃO PARA HOJE → Você faz parte desse grupo de pessoas que clamam ao céu para ver, sentir ou tocar em algo para poder crer? Reflita sobre o assunto, pois o plano de Deus é mais sábio que isso.
Uma semana depois, os discípulos estavam reunidos às portas trancadas, agora com a presença de Tomé (v.26). Outra vez Jesus apareceu visivelmente a eles e a Tome (v.26). Jesus, já conhecendo o coração de Tomé, deu provas da Sua ressurreição (v27). É imprescindível notar a compaixão de Jesus mesmo em face da incredulidade. Finalmente Tomé creu na ressurreição (v.28)! Jesus reprendeu a atitude incrédula de Tomé e ao mesmo tempo exortou a igreja a crer Nele (v.29).
JOÃO PARA HOJE → Não existe nada errado em crer por ter visto. O problema está em depositar a fé somente por ter visto algo. A necessidade de ver para crer é reprovada por
Deus. Você pode crer sem ver?
Seguindo o fluxo da narrativa, João conduz o leitor a crer em muitos outros mil que nem foram contados (v.30) e crer no Jesus dos milagres que não vimos. (v.31).
5. Aparição aos sete discípulos (21.1-14)
Pela terceira vez, João diz que Jesus apareceu aos Seus discípulos, agora a margem do mar da Galileia (v.1). Devemos notar que, dos doze discípulos originais, onze eram da Galileia; e Judas era da Judeia. Os discípulos estavam em casa, conheciam bem o lugar e dia a dia dali. Seguindo uma rotina normal, cerca de sete deles (v.2) decidiram pescar, porém, nada pegaram à noite toda (v.3). No momento de esgotamento e frustração, Jesus Se apresentou aos sete (v.4). É imprescindível notar a maneira como Jesus se direcionou a eles. É a única vez em todo o NT que Jesus chama os discípulos de filhos (v.5). Essa forma de tratamento marcou profundamente João (v.7; 1Jo 2:14). Jesus tratou os discípulos como um pai trata seus filhos. Nesse sentido, o pai não só se preocupa, mas trabalha para prover o sustento de seus filhos. Por meio de um grande milagre, jesus deu 153 grandes peixes e pão – que belo café da manhã (v.7-14). Não foi uma simples refeição, afinal foi o próprio Senhor Jesus quem a preparou.
II. INSTRUÇÕES FINAIS
(21.75-23)
Depois de tanta história, Pedro ficou novamente diante do Mestre Jesus. Observe que, nos versos 15 a 17, por três vezes Jesus perguntou a Pedro se ele O amava; por três vezes Pedro respondeu que amava Jesus. Entretanto, vemos que, na terceira vez que Jesus fez a pergunta, Pedro foi tornado pela tristeza. Provavelmente porque, ao perguntar por três vezes Jesus chamou a atenção de Pedro sobre o evento anterior quando este O negara por três vezes (l8.15ss). Note também que, ao final de cada pergunta Jesus ordenou que Pedro cuidasse de Suas ovelhas.
Na sequência, Jesus fez uma declaração direta a Pedro sobre o gênero de sua morte (v.18-19). Muito semelhante ao que dissera de Si mesmo (conforme 12.33). Segundo os textos de Clemente de Roma (96 d.C.) e Tertuliano (212 d.C.), Pedro foi morto em Roma, logo depois de sua esposa - ambos crucificados como criminosos. Fascinado ou amedrontado com a notícia de Jesus, Pedro perguntou sobre a morte de João (v.20-23), porém, Jesus informou que a resposta àquela questão Lhe era exclusiva, o que gerou uma crendice popular de que João seria imortal.
Os dois versos finais são uma espécie de pós-escrito. Possivelmente os dois últimos versos de João foram escritos por outro autor que não o próprio João - algo parecido com Deuteronômio 34 - Josué narra a morte de Moisés. Isso não é nenhum problema para a canonicidade do Evangelho.
Conclusão
Concluímos esta lição e a revista citando as palavras do apóstolo Paulo: "Pois o amor de Cristo nos constrange porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2Co 5.14-15 NVI).
Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br