18.05.2020

24/05/2020 - Adultos - Vencendo com o bem

Pr. Luiz César Nunes de Araújo

 

 

Texto Básico: Romanos 12:17-21

 

Texto Devocional: Mateus 5:38-48

 

Texto Chave: Romanos 12:17: “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens.”

 

Leia a Bíblia diariamente:

 

Dia	Texto
Segunda	Efésios 2:13-22
Terça	Mateus 5:38-48
Quarta	2Coríntios 5:18-21
Quinta	Mateus 18:15-20
Sexta	1Coríntios 13:1-13
Sábado	Efésios 4:1-31
Domingo	Romanos 12:1-8

 

Nos versículos do texto básico da nossa lição, o apóstolo Paulo intensifica seu esforço em ensinar aos romanos a maneira cristã de tratar as pessoas que estão fora da comunidade cristã. Ele está interessado no testemunho dado ao mundo pelos cristãos, mesmo em meio a sofrimentos. Se os cristãos apresentam o corpo a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável (Rm 12:l), apresentarão ao mundo um testemunho nobre - não um testemunho passivo, mas ativo, que demonstra claramente um comportamento comprometido com a salvação dos pecadores. As nossas obras testemunham tanto quanto a nossa pregação.

 

Vejamos algumas maneiras positivas de reagir diante da perseguição e do sofrimento.

 

  l. Pagando o mal com o bem   

  (Rm 12:17-21)  

"Abster-se do mal é serviço de um monge, lutar e vencer é tarefa de um crente.”

(Champlin)

 

O apóstolo Paulo está em perfeita sintonia com o Espírito de Cristo quando orienta os romanos a que reajam positivamente diante do mal. Pois Jesus, contrariando a lei dos anciãos, ordenou que os inimigos devem ser amados e receber a nossa oração (Mt 5:43-44). O amor cristão deve suplantar o mal e vencê-lo com o bem (v.2l). Jesus nos deu o exemplo de como cumprir essa ordem tão difícil. Na cruz, Ele orou apaixonadamente pelos que O matavam (Lc 23:33-34).

 

Estevão teve uma atitude parecida quando morria apedrejado (At 7:60), e isso impressionou o apóstolo Paulo quando ainda era perseguidor da igreja (At 8:1; 22:20). Era como "brasas vivas" incomodando a sua consciência (Rm 12:20). De fato, o amor não se ressente do mal (1Co 13:5).

 

As pessoas podem nos prejudicar, no entanto devemos suportar tudo pacientemente. Assim, o Senhor Jesus, Cabeça da igreja, terá toda a liberdade de juntar-Se aos Seus servos nos momentos de sofrimento (At 9:5).

O apóstolo ensina que dar pão e água ao inimigo é um testemunho contundente que provoca o seu espanto e o sensibiliza profundamente (Rm 12:20). Sua consciência é tocada., e ele fica inclinado à mudança de atitude e ao arrependimento. "O bem é um fogo mais quente que o mal" (Champlin).

 

Aplicação → Que as nossas atitudes sejam como um reflexo do caráter de Cristo, que garante vitórias diárias sobre o mal.

 

Devemos procurar levar uma vida reta, honesta e cheia de justiça, como se Cristo estivesse vivendo por nosso intermédio. Se mesmo vivendo assim vier-nos a adversidade, devemos enfrentá-la e vencê-la com um comportamento digno de filhos de Deus.

 

 

  Il. Buscando a paz com todos os homens  

  (Rm 12:18)  

 

"O crente deve fazer o máximo ao seu alcance para evitar despertar o ressentimento ou a ira

de quem quer que seja, mas igualmente não deve irar-se por sua vez,

mesmo quando lhe seja impossível não causar ofensa.”

(John Knox)

 

Os seguidores de Jesus são chamados à paz Eles têm a paz com Deus (Rm 5:1), paz interior (Fp 4:7), paz com os irmãos (Ef 2:15-16) e são chamados para fazerem a paz (Mt 5:9). A nós é dado o ministério da reconciliação (2Co 5:18).

"Os servos de Deus renunciam à violência e ao tumulto. O Reino de Cristo é reino de paz, e a Igreja de Cristo saúda com votos de paz. Os discípulos de Cristo preferem sofrer a machucar o outro, mantendo comunhão onde outros a rompem, renunciando à autoafirmação e suportando, em silêncio, o ódio e a injustiça. Assim vencem o mal pelo bem. A maior paz, porém, encontrarão ao enfrentar em paz os maldosos, dispondo-se a deles sofrer padecimentos" (Dietrich Bonhoeífer).

 

Contudo, muitas vezes, pessoas irritadas e combativas assumem o controle de ministérios, igrejas e denominações, e acham que estão fazendo bem à causa evangélica. Porém provocam divisões entre indivíduos e igrejas. A ordem bíblica é que lutemos pela paz até onde ela estiver ao alcance e possibilidade.

 

O Espírito Santo ajuda o cristão nessa tarefa, fazendo-o frutificar (Gl 5:22). É bom lembrar, no entanto, que muitas vezes para se obter a paz é preciso passar pelo processo de confronto, discussão e reconciliação, sem os quais a paz não teria sustentação (Mt 18:15-20). Nesse caso, a paz não dependeria somente de uma das partes. Fora isso, o crente deve fazer tudo quanto está ao alcance para preservar a paz, dentro e fora da igreja.

 

 

  IIl. Não buscando a vingança  

  (Rm 12:19)  

“Olho por olho, e o mundo acabará cego"

(Gandhi)

 

Romanos 12.18 orienta-nos a, se possível, viver em paz com todos os homens. Todavia, caso isso não seja possível, não estamos Liberados para nos vingar de ninguém!

 

O orgulho e o egoísmo tentam nos empurrar para a vingança contra quem nos causa males. Faz parte da natureza humana retribuir igual ou mais fortemente o mal praticado contra nós. Desde o início do mundo, os primeiros homens assim agiam (Gn 4:23). A lei de Cristo, no entanto, prescreve a alternativa à vingança (Mt 5:38-42). Não é mais "olho por olho", pois a justiça do amor, que foi cumprida inteiramente na cruz, deve ser o nosso padrão.

O apóstolo nos orienta a substituir a vingança pelo descanso em Deus, que retribui às pessoas os males que elas praticam (SI 37:1-11; Rm 12:17-20).

A "ira" descrita em Romanos 12:19 é uma referência clara à "ira de Deus", a quem cabe exclusivamente a vingança (Dt 32:35).

Observemos que a orientação de todo o parágrafo não é para que fiquemos desejando que Deus puna os que nos fazem mal, mas que o amor de Cristo, fazendo-nos amar até mesmo os inimigos, pois o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13:5,7). A vingança deve ser substituída por atitudes de serviço generoso prestado ao inimigo - esse é o preço que o discípulo de Cristo tem que pagar.

 

 

  Conclusão  

Esses versículos nos mostram o alto padrão da vida cristã autêntica. Notemos que não há nenhuma ordem aqui que Cristo não tenha cumprido. Ele é o nosso modelo. Olhando para Ele, obteremos os recursos espirituais para essa árdua tarefa. Oferecer o corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1) é uma experiência maravilhosa, que nos dará condições de colocar em prática o restante do parágrafo (Rm 12:2-21). Só quem se entrega completamente pode experimentar tal padrão de vida cristã. Somente olhando para os propósitos de Deus para a nossa vida é que seremos capazes de oferecer esse sacrifício de nós mesmos. É um grande desafio que cabe a nós aceitar.

 

 

 

 

 

 Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br