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Leitura Diária


13.07.2020

19/07/2020 - Adultos - Respeitando a propriedade alheia

Pr. João Batista Cavalcante

 

 

Texto Básico: Êxodo 20:15; Deuteronômio 5:19

 

Texto Devocional: Mateus 6:24-34

 

Texto Chave: Mateus 6:33: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”

 

Leia a Bíblia diariamente:

 

Dia

Texto

 Segunda

 Êxodo 22:1-15

 Terça 

 Levítico 19:35-37

 Quarta 

 Deuteronômio 25:13-16

 Quinta

 Gálatas 6:6-10

 Sexta

 Efésios 6:5-9

 Sábado

 Mateus 3:6-12

 Domingo

 2Reis 4:1-7

 

 

Entre os diversos fatores que chamam a nossa atenção para o tema da propriedade, dois deles parecem destacar-se.

 

Primeiro, está ligado ao fato de estarmos vivendo tempos de incrível relativismo ético, mesmo entre os crentes - as pessoas dão pouca importância à ideia de obediência aos preceitos bíblicos e têm facilidade em praticar atos pecaminosos.

 

Segundo, está ligado à extraordinária discussão sobre a propriedade, a concentração de riquezas, a disseminação da miséria e a falta de justiça social.

 

Quando o tema “não furtarás” deveria ser um dos rudimentos do dever cristão, acabou por tomar-se nesses últimos anos motivo de debate e dúvidas. Muitos chegam a não conseguir definir com clareza o que pode ser chamado furto, e outros questionam quando devemos ou não respeitar o direito à propriedade.

 

Há necessidade de um retomo ao tema com seriedade e temor do Senhor, para que não sejamos simplistas demais e nem acabemos por demonstrar em obras uma atitude incoerente com aquilo que a Bíblia ensina, mesmo professando crer em todo o ensino bíblico.

 

  l. Vamos entender o mandamento  

 

"Não furtar significa não possuir coisa alguma que não tenha sido obtida por meios lícitos e honestos... a subtração oculta do alheio, contra a vontade do seu legítimo dono" (Reifler, A Ética dos Dez Mandamentos, p.181). A marca que diferencia o farto de outras formas de roubo é seu caráter furtivo, de ser algo feito escondido, sem que a pessoa prejudicada esteja consciente do que está acontecendo no momento do ato faltoso.

 

Três das principais passagens que falam acerca do furto na lei mosaica são: Êxodo 22:1-15, Levítico 19:35-37 e Deuteronômio 25:13-16. Além do castigo destinado à pessoa que furtasse, a lei também previa a restituição do bem furtado ou do valor correspondente, sendo que em alguns casos havia previsão de restituição em dobro (Ex 22:4), ou de  quatro vezes mais (Êx 22:1), ou previsão da venda do que se furtou para assegurar ao legítimo proprietário o retorno do seu bem. O caso de Acã (Js 7:15) foi exemplo de como Deus não tolerava o furto no meio do Seu povo. Jeremias qualifica o furto como abominação mesmo (Jr 7:9-10).

 

O mandamento "não furtarás” é encontrado repetidas vezes no Novo Testamento e sua validade é evidente (Lc 3:13,14; Mt 15:19; Rm 2.21; 13.9; ICo 5:10; Ef 4:15, e Ap 9:21).Por outro lado, há diversas passagens bíblicas no Novo Testamento onde a avareza é condenada, bem como o apego aos bens deste mundo a ponto de ver o próximo necessitado e não se dispor a ajudá-lo (Lc 12:15; IJo 3:17).

 

 

  Il. O mandamento contém advertências positivas  

 

Dificilmente se pode pensar numa ofensa maior a qualquer um dos nossos irmãos do que dizer que ele é um ladrão. Jamais admitimos que tenhamos furtado alguém, mas devemos refletir sobre a questão, para que conscientemente tornemos posições sensatas e sérias perante o Senhor. Há algumas preocupações que devemos entender.

 

1. Ser honestos no pagamento dos impostos

Como podemos considerar o fato de crentes não recolherem seus impostos devidamente - não é isso uma forma de furto?

 

2. Agir com honestidade nos relacionamentos comerciais

Paulo sugere que a honestidade nos negócios corresponde ao contrário da prática do furto (Tt 2:10), e que devemos ter uma vida sem dívidas, exceto no amor que devemos uns aos outros (Rm 13:8).

 

Lamentavelmente temos conhecido muitos crentes, membros de igrejas evangélicas, que estão endividados. Temos de reconhecer que podem existir casos em que a dívida é resultado de algo fora do controle da pessoa (doença, acidente, lamentável engano na condução dos negócios). Exemplo disso está na história da viúva ajudada por Eliseu (2Rs 4:1-7). Do outro lado, jamais podemos esquecer o nosso dever de sermos irrepreensíveis, e de darmos fiel testemunho como crentes em Cristo.

 

3. Entregar nossos dízimos com fidelidade

A não entrega dos dízimos é chamada na Bíblia de furto contra o Senhor (Ml 3:6-12).

 

4. Ser carretos com pessoas que trabalham para nós

Os crentes não podem estar entre aqueles envolvidos com a exploração do trabalho alheio. Irmãos que são empresários, os que ocupam posição de chefia, aqueles que têm funcionários que trabalham em suas casas, e assim por diante, devem ser pessoas honestas, cumprir os deveres trabalhistas, ajudar os empregados a viver uma vida digna e tratá-los muito bem, porque o Senhor do funcionário é o mesmo Senhor do patrão (Ef 6:9).

 

5. Ser firmes contra as possibilidades de corrupção

Esse é um cuidado que precisa ser tornado por muitos de nossos irmãos. O nome do Senhor tem sido blasfemado entre os não crentes (veja Romanos 2.24 e pense em como esse versículo pode aplicar-se aos crentes hoje) devido a crentes que recebem ou dão propina, conseguem favores indevidos em repartições públicas por meio de entrega de dinheiro ou presentes.

 

6. Usar nossos bens e recursos com sabedoria

Estando ou não envolvidos em política partidária, os crentes têm o dever de exercer seu direito de cidadania a serviço de uma sociedade mais justa e numa luta cristã e ética contra a miséria (Gl 6:9-10; ITm 5:8).

 

Segundo a Bíblia, essa disposição deve começar pêlos da família da fé, mas evidentemente deve chegar a todos que estão ao nosso redor, independente de sua origem ou formação. O exemplo do bom samaritano ainda hoje deve ecoar em nossa mente cristã, chamando-nos ao dever solidário e consciente para com aqueles que passam por dificuldades.

 


  IIl. Ajudes importantes para o cumprimento do mandamento  

 

Naturalmente, todos entendemos o ato do furto em si como algo inaceitável e contrário a todo o comportamento cristão, mas também interessa-nos aqui mencionar possíveis questões que estão na base, antecedem o ato de furtar, inclusive nas formas de corrupção, sonegação, etc.

 

1. O desenvolvimento de uma aceitação madura da soberania de Deus é ponto básico para os momentos difíceis pêlos quais passamos eventualmente ou vemos outros passarem. Temos de cuidar para que nossa revolta contra o direito de propriedade, contra a concentração de riqueza, ou contra crises que estão além de nosso controle e nos afetam duramente, não sejam motivo para pensarmos que o Senhor perdeu o controle da situação, ou que Ele não Se importa. Êxodo 3.7 lembra que o Senhor vê a aflição do Seu povo. A Bíblia diz que Ele cuida do órfão e da viúva, e que o juiz de toda a terra fará justiça.

 

2. A confiança na providência de Deus, sabendo que Ele, que é bom Pai, dá boas coisas aos Seus filhos e vai nos dar o que necessitamos, precisa tornar-se ponto básico em nossa crença (Mt 6:33; Jo 14:13,14; Fp 4:19).

 

3. O trabalho honesto é a maneira bíblica de substituir a atividade pecaminosa do furto (Ef 4:28; Cl 4:1).

 

4. A assistência ao necessitado precisa fazer parte da agenda de nossas igrejas e dos crentes individualmente (2Ts 3.10). Vejamos ainda ITessalonicenses 4:9-11 e ITimóteo 5:8.

 

                                               

  Conclusão  


Vamos concluir nossa lição com a preocupação especial com dois problemas éticos bem brasileiros. O primeiro é a ideia de que "o importante é sempre tirar vantagem”. O segundo é o problema do "jeitinho brasileiro".

 

Como crentes temos de desejar sabedoria espiritual e não a "esperteza" típica do mundo. Quando preciso, será melhor "perder o mundo inteiro", mas salvar a alma. Sempre valerá a pena perder, abrir mão de oportunidades aparentes, mas manter nosso compromisso com o Senhor.

 

O texto de Mateus 4, que fala sobre a tentação de Cristo, serve para o final desta inimigo muitas vezes nos mostra "os reinos do mundo”, mas o preço que ele cobra é que o adoremos, prostrados diante de seu poder. Que o Senhor nos livre de possuir qualquer coisa que seja adquirida mediante prática de pecado!

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Vida Cristã – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br

 

 

 

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