24.08.2020

30/08/2020 - Jovens - Perguntas sobre mística

Antônio Francisco da Silva

 

 

Base Bíblica

Salmo 91:1-16

 

 

 

 

Para sua meditação diária:

Segunda-feira - João 4:19-24

Terça-feira - Salmo 73:25

Quarta-feira - 1Timóteo 4:1-5

Quinta-feira - 1João 4:1-3

Sexta-feira - Provérbios 16:1-3

Sábado - Provérbios 21:1

Domingo - Mateus 6:16-18

 

 

Introdução

 

A revista ISTOÉ, em sua edição 2021 30/julho/2008, trouxe uma estatística interessante, intitulada "A fé da rapaziada". Segundo a matéria, o Brasil possui a terceira população jovem mais religiosa do mundo. Pelo menos 95% dos brasileiros entre 18 c 29 anos declaram que seguem uma religião. Esse índice coloca o País entre os mais religiosos do planeta - estamos atrás apenas da Nigéria e da Guatemala. Os jovens brasileiros estão entre os que mais oram. 74% declararam fazê- lo diversas vezes ao dia, embora um terço deles tenha admitido que não vive totalmente de acordo com os preceitos da religião.

Esses dados mostram o interesse de nossa juventude pelo mundo espiritual. Mas não podemos confundir o sobrenatural com o divino, nem a fé crista com credulidade.

 

 

  I   – Que objeto pode proteger-me dos maus fluídos?

2Reis 18:1-4

 

Quantas pessoas vivem com medo de más influências espirituais! Com a intenção de buscar proteção, usam todo tipo de objeto. Será que devemos agir assim? No tempo do rei Ezequias, houve práticas semelhantes. Além de confiar em ídolos, o povo começou a venerar e a confiar numa serpente de bronze. Essa serpente fora feita por Moisés sem qualquer propósito de veneração, mas agora ela tinha se tornado um talismã espiritual de muitos. Por isso, o rei Ezequias mandou destruí-la, pois ela não tinha poder nenhum e havia se tornado um objeto de superstição e de crendice. Só Deus pode proteger alguém do mal. Nenhum objeto místico pode trazer proteção a ninguém.

 

Reflexão:
→ Você acha que a ignorância favorece essas crendices?

→ Será que existe gente de má fé, que explora a credulidade de pessoas simples?
→ Como vive uma pessoa cheia de crendices? Tem ela de fato segurança?

BÍBLIA DE ESTUDO ESPERANÇA, pergunta nº 170 referente a 2Reis 18.1-4.

 

1. Nenhum objeto pode nos proteger do mal

Tudo pertence a Deus (SI 24. l),Suas obras são grandes e admiráveis (SI 111.2), jamais devemos adorar e servir a criatura em lugar do Criador (Rm 1.25). Qualquer objeto que mereça a nossa fé se torna um ídolo e falso deus. A Bíblia diz que Deus não dá Sua honra a objetos de culto (Is 42.8). Ele abomina qualquer objeto de fé. Em vez de proteger, eles amaldiçoam. Qualquer objeto usado para proteção do mal deve ser eliminado (Dt 7.25-26).

 

2. A fé em Jesus dispensa qualquer objeto de proteção

"O justo vivera por fé" (Rm 1.17). Quando vivemos pela fé em Jesus, não dependemos de qualquer objeto que possamos ver para nos proteger do mal (2Co 5.7). O Espírito Santo que habita no crente o guia a toda a verdade (Jo 16.13). Não precisamos de objetos protetores contra o mal. Quem tem Jesus analisa tudo e sabe discernir todas as coisas, porque pensa como Cristo (1Co 2.14-16). Se Jesus é seu Salvador e Senhor, deixe de lado os "objetos protetores", confie em Deus. Ele guarda você, e o Maligno não pode lhe tocar (1Ts 1.9; 1Jo 5.18).

 

 

  II   – Existem falsos profetas?

Jeremias 14:13-15

 

No tempo do profeta Jeremias Deus havia anunciado a invasão dos babilônios em Judá. Muitos não acreditaram na Palavra do Senhor que se cumpriu mais tarde. Nesse tempo, surgiram vários falsos profetas que falavam o que as pessoas queriam ouvir. De igual modo, hoje existem também muitos falsos profetas. É muito importante conhecer a Palavra de Deus e estar firme na verdade de Cristo para não ser enganado por um falso profeta.

 

Você sabia que os falsos profetas

→ Não foram enviados por Deus. Jeremias 14.14 (nunca os enviei).

→ Falam de seu próprio coração. Jeremias 23.J6

→ Falam por interesse financeiro. Miquéias 3.5

→ Sabem enganar os outros. Mateus 7. 15

→ Serão muitos no fim dos tempos. Mateus 24.11

→ Farão milagres e sinais extraordinários. Marcos 13.22

BÍBLIA DE ESTUDO ESPERANÇA, pergunta nº 173 referente a Jeremias 14.13-15

 

1. Os falsos profetas existem

Jesus disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores" (Mt 7.15). Isso quer dizer que há um padrão objetivo da verdade que devemos distinguir da falsidade. Devemos primar pela "sã doutrina” (Tt 2:1).

 

2. A Bíblia é a verdade contra os falsos profetas

Os falsos profetas se disfarçam de ovelhas, mas são heréticos destruidores. Eles podem estar dentro da igreja, no meio do rebanho (At 20.29-30). A Bíblia é o nosso padrão (ls 8.19-20). Devemos analisar tudo à luz da Palavra de Deus (At 17.11). Devemos nos acautelar (Fp 3.2).

 

3. A santidade nos separa da falsidade

A verdade nos santifica (Jo 17.17). É próprio dos falsos profetas apresentarem um "otimismo amoral". Eles falam que está tudo bem quando não está (Jr 6.14). Nosso estilo de vida deve ser focado na santidade, não na libertinagem. Fomos escolhidos por Deus em Cristo para uma vida irrepreensível (Ef 1.4).

 

 

  III   – Existe de fato o destino?

Isaías 65:11-12

 

Assim como acontecia na antiguidade, também hoje muitas pessoas acham que a vida é dominada pelo destino. No tempo de Isaías, havia até uma divindade, relacionada a certos astros, chamada Destino. Entre o próprio povo de Deus houve quem prestasse culto a essa divindade. Todavia, Deus não aceita esse procedimento. A Bíblia não ensina que a nossa vida é determinada por um destino inflexível. Milhares de pessoas vivem com medo e não sabem o que fazer porque alguém lhes disse que existe uma sina sobre a sua vida que não pode ser modificada. Isso não procede de Deus.

 

Reflexão:
→ Será que podemos melhorar a nossa vida por causa das nossas decisões carretas?
→ Pode existir alguma sina ou praga sobre a minha vida que Deus não possa mudar?

→ Será que acreditar no "destino" não é uma forma de fugir da responsabilidade da vida?

BÍBLIA DE ESTUDO ESPERANÇA, pergunta nº 177 referente a Isaías 65.11 -12.

 

1. A crença da personalização do fatalismo

Acreditar que nossa vida é dirigida pelo destino é querer personalizar a crença de que os acontecimentos de nosso viver foram fixados com antecedência pela sorte. Isso anula a razão e o ensino bíblico.

 

2. Nosso destino está nas mãos de Deus

A personalização do destino é um absurdo. O que compreendemos, a partir das Escrituras, é que o nosso destino como meta, alvo, finalidade, está nas mãos de Deus. Ele determinou todos os nossos dias (Sl 139-16). Dele procede toda decisão (Pv 16-33), mas isso não anula nossa responsabilidade pessoal (Rm 14.12). Reconhecer Deus em tudo é a única maneira segura e sábia de viver (Pv 3.5-7).

 

 

  IV   – Qual o significado do jejum?

Atos 13:1-3

 

O jejum é a renúncia voluntária aos alimentos por um motivo espiritual. Desde o Antigo Testamento, o jejum estava associado ao arrependimento e ao ato de humilhação diante de Deus (Joel 1:14; 2.12). Como vemos aqui em Atas, o jejum também foi praticado na igreja primitiva. Estava associado à oração (Lucas 2.37) e ao exorcismo (Mateus 17.21). Todavia. o jejum estava muitas vezes relacionado com alguma ocasião especial, como é o caso desse texto aqui. Apesar de ser também uma prática crista, o jejum não é enfatizado no Novo Testamento como algo capaz de resolver todos os problemas e dificuldades dos cristãos. O jejum pode e deve ser praticado, mas com bom senso, sem extremismos, pois o jejum não é a solução mágica de todos os problemas.

Reflexão:
→ Será que o jejum sempre e sinal de espiritualidade? Leia Lucas 18.12

→ Será que o jejum marcava sempre o comportamento dos primeiros cristãos? Leia Marcos 2.18-19

→ Existe diferença entre jejuar e ficar sem comer? Quando e que o jejum deve ser praticado?

BÍBLIA DE ESTUDO ESPERANÇA, pergunta nº 178 referente a Atos 13.1-3.

 

1. A barganha do jejum

E uma pena que o jejum seja usado como uma troca de favores entre o homem e Deus. Jejuar não me da nenhum mérito diante de Deus. Ele não reconhece o jejum feito com intenções egoístas (Is 58.1-5).

 

2. O devido lugar do jejum

Não devemos menosprezar o jejum, mas também não devemos exaltá-lo além daquilo que dizem as Escrituras. Quando o jejum se torna um fim em si mesmo, não tem valor algum contra o pecado (Cl 2.23). Jesus considerou que dar, orar e jejuar são partes da devoção cristã (Mt 6.2.5,16). Ele não falou do jejum como uma opção, nem como uma obrigação. Sendo o jejum uma prática cristã. Ele deu orientações sobre o exercício apropriado (Mt 6.16-1 8).

 

 

Conclusão

 

Você confia em objetos protetores do mal, como: talismã, figa, pé de coelho, ferradura, fitinha abençoada, sal grosso, incenso e coisas semelhantes? Desfaça-se deles (1Jo 5.21).

Não se deixe levar pela aparência de quem fala em nome de Deus. A igreja tem pastores, há crentes experientes no relacionamento com Deus que nos ajudam para não sermos levados por doutrinas estranhas aos ensinos da Bíblia (Ef 4.14).

"Deus não joga dados" (Albert Einstein). Ele fez tudo e controla tudo Ele não precisa de nada, pelo contrário, nos dá a vida, respiração e tudo mais. Nele, vivemos (At 17.24-28).

Esse é um tempo de jejum, pois o noivo nos foi tirado (Mt 9. 14-15). Ao praticar, cada um deve fazê-lo com a motivação correia e dentro de suas possibilidades físicas.

 

 

 

 

Fonte: Revista dos Jovens – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br