31.08.2020

06/09/2020 - Jovens - Perguntas sobre mundo espiritual

Betty Bacon

 

 

Base Bíblica

Marcos 5:1-14

 

 

 

Para sua meditação diária:

Segunda-feira - João 4:19-24

Terça-feira - Salmo 73:25

Quarta-feira - 1Timóteo 4:1-5

Quinta-feira - 1João 4:1-3

Sexta-feira - Provérbios 16:1-3

Sábado - Provérbios 21:1

Domingo - Mateus 6:16-18

 

 

Introdução

 

O assunto desta lição é complicado, espinhoso e difícil. A vida real, novelas, livros e filmes estão repletos de coisas que mencionam e mexem com o mundo espiritual. Então, não podemos deixar de tratar desses assuntos mencionados nas quatro perguntas a seguir.

 

  I   – Será que os espíritos maus têm poder para prejudicar as pessoas?

Marcos 5:1-14

 

Esta é uma das histórias mais impressionantes da Bíblia sobre o poder dos espíritos maus. Ela confirma a realidade do poder de certos espíritos sobre a vida de muitas pessoas, como era o caso desse homem que morava nos sepulcros. Ele tinha uma força sobre-humana inexplicável e vivia se ferindo. Ainda hoje, existem pessoas que são dominadas e prejudicadas por esses espíritos maus. Tais pessoas envolvem-se com espíritos e acabam passando por um sofrimento terrível. Elas precisam da libertação que vem de Deus. Essa libertação só é possível pelo poder de Jesus Cristo.

 

Reflexão:
→ Por que há pessoas que não acreditam em espíritos maus?

→ Por que tantas pessoas procuram espíritos, se isso é tão perigoso?

→ Você acha que um espírito mau tem poder sobre a vida de um cristão? Por quê?

BÍBLIA DE ESTUDO ESPERANÇA, pergunta nº 180 referente a Marcos 5.1-14.

 

Você já resolveu qual deve ser o seu relacionamento com o mundo dos espíritos? Vamos ver o que está escrito na Bíblia.

Os espíritos existem e são criaturas do Deus Todo-Poderoso (Cl 1.15-16); são organizados em hierarquias e trabalham sistematicamente (Ef 3.10; 6.12); são seres morais, podendo escolher entre o bem e o mal. Alguns anjos escolheram o mal, rebelaram-se contra Deus e foram expulsos das posições de autoridade. Tornaram-se inimigos de Deus e do homem. O seu líder é Satanás (Lc 10.18).

Tanto espíritos bons quanto maus estão sujeitos a Deus e a Cristo (jó 1.12; Cl 2.13- 5).

 

l. Como podem os maus espíritos prejudicar as pessoas?

Muitos cristãos se perguntam, preocupados, se os maus espíritos podem prejudicar as pessoas. Maus espíritos podem passar a morar dentro delas e controlar todas as suas ações, mas não para o bem. A força física anormal do pobre geraseno em nada o ajudou, pois, "noite e dia ele andava gritando e cortando-se com pedras entre os sepulcros e nos colinas" (Mc 5.5 - NVI). O menino trazido a Jesus pelo pai em desespero sofria muito desde pequeno. Disse o pai: "esto com um espirito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. [...] Muitas vezes esse espírito o tem lançado no fogo e na água para matá-lo (Mc 9.17-18,22 - NVI). E isso acontece hoje também. As pessoas possessas, muitas vezes, se ferem e tentam suicídio. Existem doenças que são obras de espíritos maus, mas enfatizamos que não são todas! (Lc 13.16; l Tm 5.23).

Maus espíritos impedem que pessoas, nas quais estão instalados, recebam a palavra da salvação (Mt 13.19); atrapalham o entendimento da verdade (2Co 4.4; 1Tm 4.1; 1Jo 4.1-3). Até tentam convencer que Satanás e seus anjos não existem, como ensinavam os saduceus (At 23.8). Eles também podem induzir a todo tipo de corrupção e falsidade (Jo 13.27; At 5.3).

 

2. Por que é errado procurar contato com os espíritos?

Procurar contato com espíritos não é somente errado, mas é pecado grave. Deus proíbe terminantemente que nós os busquemos (Dt 18.10-12; Is 8.19-20; 1Cr 10.13- 4).

 

3. Será que os espíritos maus têm poder sobre a vida de um cristão?

Os espíritos maus não têm poder sobre a vida de um cristão. Vejamos.

a. Quem aceitou a Jesus como Senhor e Salvador está protegido. O Espirito Santo já tornou posse. Um espírito maligno não poderá entrar no templo do Espírito Santo.

b. E os despachos e feitiços? Balaão confessou a impossibilidade de lançar maldição sobre o povo de Deus, apesar do grande galardão que assim receberia. "Não há magia que posso contra Jacó, nem encantamento contra Israel" (Nm 23.23). Assim é também com o cristão, hoje.

c. Satanás não pode fazer nada contra o crente sem a permissão de Deus (Jó 1.12). O Senhor não só protege como também assegura a derrota do Maligno (1Jo 5.18). As investidas dele contra Jó trouxeram glória a Deus, além de conhecimento mais profundo sobre Deus ao patriarca.

 

 

  II   – Merecem os anjos ser venerados ou adorados?

Apocalipse 22:8-9

 

Adora a Deus! Foram estas as palavras do anjo que João dispôs-se a adorar. Nenhum ser venerado. Isso não tem aprovação divina. Foi por essa razão que o anjo não aceitou a atitude de João e afirmou ser apenas mais um servo de Deus. Por mais importante, bela e poderosa que seja uma criatura de Deus, tanto criatura da terra como céu, nunca deveremos venerá-la ou adorá-la, pois somente Deus, o Criador, é digno de adoração. Cometer esse erro é cair no pecado da idolatria.

 

Reflexão:
→ Será que devemos procurar contato com anjos e orientação dos mesmos? Não é melhor ir direto a Deus?

→ Você acha muita diferença entre adorar e venerar uma criatura?

→ Você concorda que isso é idolatria? Podemos considerar tal prática como pecado?

BÍBLIA DE ESTUDO ESPERANÇA, pergunta nº 187 referente a Apocalipse 22.8-9.

 

1. Os falsos profetas existem

Jesus disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores" (Mt 7.15). Isso quer dizer que há um padrão objetivo da verdade que devemos distinguir da falsidade. Devemos primar pela "sã doutrina” (Tt 2:1).

 

2. A Bíblia é a verdade contra os falsos profetas

Os falsos profetas se disfarçam de ovelhas, mas são heréticos destruidores. Eles podem estar dentro da igreja, no meio do rebanho (At 20.29-30). A Bíblia é o nosso padrão (ls 8.19-20). Devemos analisar tudo à luz da Palavra de Deus (At 17.11). Devemos nos acautelar (Fp 3.2).

 

3. A santidade nos separa da falsidade

A verdade nos santifica (Jo 17.17). É próprio dos falsos profetas apresentarem um "otimismo amoral". Eles falam que está tudo bem quando não está (Jr 6.14). Nosso estilo de vida deve ser focado na santidade, não na libertinagem. Fomos escolhidos por Deus em Cristo para uma vida irrepreensível (Ef 1.4).

 

 

  III   – Existe de fato o destino?

Isaías 65:11-12

 

Assim como acontecia na antiguidade, também hoje muitas pessoas acham que a vida é dominada pelo destino. No tempo de Isaías, havia até uma divindade, relacionada a certos astros, chamada Destino. Entre o próprio povo de Deus houve quem prestasse culto a essa divindade. Todavia, Deus não aceita esse procedimento. A Bíblia não ensina que a nossa vida é determinada por um destino inflexível. Milhares de pessoas vivem com medo e não sabem o que fazer porque alguém lhes disse que existe uma sina sobre a sua vida que não pode ser modificada. Isso não procede de Deus.

 

Reflexão:
→ Será que podemos melhorar a nossa vida por causa das nossas decisões carretas?
→ Pode existir alguma sina ou praga sobre a minha vida que Deus não possa mudar?

→ Será que acreditar no "destino" não é uma forma de fugir da responsabilidade da vida?

BÍBLIA DE ESTUDO ESPERANÇA, pergunta nº 177 referente a Isaías 65.11 -12.

 

1. A crença da personalização do fatalismo

Acreditar que nossa vida é dirigida pelo destino é querer personalizar a crença de que os acontecimentos de nosso viver foram fixados com antecedência pela sorte. Isso anula a razão e o ensino bíblico.

 

2. Nosso destino está nas mãos de Deus

A personalização do destino é um absurdo. O que compreendemos, a partir das Escrituras, é que o nosso destino como meta, alvo, finalidade, está nas mãos de Deus. Ele determinou todos os nossos dias (Sl 139-16). Dele procede toda decisão (Pv 16-33), mas isso não anula nossa responsabilidade pessoal (Rm 14.12). Reconhecer Deus em tudo é a única maneira segura e sábia de viver (Pv 3.5-7).

 

 

  IV   – Qual o significado do jejum?

Atos 13:1-3

 

O jejum é a renúncia voluntária aos alimentos por um motivo espiritual. Desde o Antigo Testamento, o jejum estava associado ao arrependimento e ao ato de humilhação diante de Deus (Joel 1:14; 2.12). Como vemos aqui em Atas, o jejum também foi praticado na igreja primitiva. Estava associado à oração (Lucas 2.37) e ao exorcismo (Mateus 17.21). Todavia. o jejum estava muitas vezes relacionado com alguma ocasião especial, como é o caso desse texto aqui. Apesar de ser também uma prática crista, o jejum não é enfatizado no Novo Testamento como algo capaz de resolver todos os problemas e dificuldades dos cristãos. O jejum pode e deve ser praticado, mas com bom senso, sem extremismos, pois o jejum não é a solução mágica de todos os problemas.

Reflexão:
→ Será que o jejum sempre e sinal de espiritualidade? Leia Lucas 18.12

→ Será que o jejum marcava sempre o comportamento dos primeiros cristãos? Leia Marcos 2.18-19

→ Existe diferença entre jejuar e ficar sem comer? Quando e que o jejum deve ser praticado?

BÍBLIA DE ESTUDO ESPERANÇA, pergunta nº 178 referente a Atos 13.1-3.

 

1. A barganha do jejum

E uma pena que o jejum seja usado como uma troca de favores entre o homem e Deus. Jejuar não me da nenhum mérito diante de Deus. Ele não reconhece o jejum feito com intenções egoístas (Is 58.1-5).

 

2. O devido lugar do jejum

Não devemos menosprezar o jejum, mas também não devemos exaltá-lo além daquilo que dizem as Escrituras. Quando o jejum se torna um fim em si mesmo, não tem valor algum contra o pecado (Cl 2.23). Jesus considerou que dar, orar e jejuar são partes da devoção cristã (Mt 6.2.5,16). Ele não falou do jejum como uma opção, nem como uma obrigação. Sendo o jejum uma prática cristã. Ele deu orientações sobre o exercício apropriado (Mt 6.16-1 8).

 

 

Conclusão

 

Você confia em objetos protetores do mal, como: talismã, figa, pé de coelho, ferradura, fitinha abençoada, sal grosso, incenso e coisas semelhantes? Desfaça-se deles (1Jo 5.21).

Não se deixe levar pela aparência de quem fala em nome de Deus. A igreja tem pastores, há crentes experientes no relacionamento com Deus que nos ajudam para não sermos levados por doutrinas estranhas aos ensinos da Bíblia (Ef 4.14).

"Deus não joga dados" (Albert Einstein). Ele fez tudo e controla tudo Ele não precisa de nada, pelo contrário, nos dá a vida, respiração e tudo mais. Nele, vivemos (At 17.24-28).

Esse é um tempo de jejum, pois o noivo nos foi tirado (Mt 9. 14-15). Ao praticar, cada um deve fazê-lo com a motivação correia e dentro de suas possibilidades físicas.

 

 

 

 

Fonte: Revista dos Jovens – Escola Bíblica – www.editoracristaevangelica.com.br